sábado, 12 de fevereiro de 2011

SRES CASTELO (BATATAIS/SP)

Em que dia “cai” o carnaval?
O domingo de carnaval cairá sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa. O domingo de Páscoa é o primeiro domingo após o 14º dia de lua nova ou ainda o primeiro domingo após a lua cheia, posterior ao equinócio da primavera. Por exemplo, se o 14ºdia da lua nova ou da lua cheia posterior ao equinócio da primavera cair no dia 21 de março e for sábado, o domingo de Páscoa será no dia 22 de março. Entretanto, se a primavera lua cheia, isto é, o 14º dia após o equinócio da primavera for 29 dias depois do dia 21 de março, o domingo de Páscoa só poderá ser 25 de abril,isto é, o mais tarde possível. Como o primeiro dia da lua nova, antes de 21 de março se situa necessariamente, entre 08 de março e 05 de abril, a Páscoa só pode cair entre 22 de março e 25 de abril. A terça-feira de carnaval, portanto, cairá sempre entre 2 de fevereiro e 9 de março.
Como surgiu o carnaval?
Uma das versões dá conta que para homenagear o Deus Saturno, havia uma festa na Roma antiga chamada “Saturnais”. As pessoas saíram às ruas para dançar. Carros (chamados de carrum navalis por serem semelhantes aos navios) levavam homens nus em desfile. Muitos dizem que pode ter saído daí a expressão “carnavale”.
Principais figuras carnavalescas
Os personagens pierrô, arlequim e colombina são fundamentais em qualquer baile de fantasias. Surgiram com a Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVII para difundir a Comédia dell”Arte, forma teatral com tipos regionais e textos improvisados. O pierrô é um personagem sentimental, ingênuo e apaixonado pela colombina. O arlequim é rival de pierrô; ambos querem o amor de colombina. É um palhaço farsante e cômico que veste um traje feito a partir de retalhos triangulares de várias cores.
O entrudo
O carnaval brasileiro é descendente do “entrudo” português.
No século XVII, munidos de baldes e latas d’agua os foliões se divertiam molhando a todos. Possivelmente até Dom Pedro II se divertia jogando água nos nobres. A festa, que durava três dias, acontecia aqui antes do inicio da Quaresma. As brincadeiras foram se tornando mais agressivas com o tempo e os “brinquedos” utilizados passaram a ser água suja, farinha, talco, limões, laranjas e ovos. Atirados em quem estivesse na rua, lambuzavam as roupas de todos. Não demorou para que surgisse uma lei que proibia o entrudo. Em 1854, foi determinado que a partir daquela data o entrudo tinha de “ser seco para não estragaras roupas mais custosas e cuidadas e não provocar desordens e confusão”. Surge, então, o entrudo a seco: o Carnaval.
Rei Momo
O Rei Momo é uma figura que personifica o carnaval brasileiro. O personagem foi inspirado no bufo, ator de proveniência portuguesa que representava pequenas comédias teatrais que tanto divertiam os nobres. Na Mitologia Grega, Momo era o Deus da galhofa e do delírio tão irreverente que acabou expulso do Olimpo (morada dos deuses). Na Roma antiga, o mais belo dos soldados era coroado Rei Momo e tratado como um verdadeiro senhor, comendo, bebendo e se divertindo à exaustão. Mas, quando a festa acabava... ele era levado ao altar de Saturno e sacrificado.
Dia do samba
O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data em que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.
Carnavais de Batatais
Por volta de 1920, havia o desfile carnavalesco denominado “corso”. Era constituído por automóveis enfeitados que circulavam pela Praça Cônego Joaquim Alves. Por esse tempo, associações como o Clube 14 de Março, Sociedade Italiana, Operária e Clube de Cultura Física realizaram bailes de carnaval. O brilho dessas festas desapareceu ante os reflexos da crise de 1929.
Mas, no inicio dos anos 1930, o carnaval de rua adquiriu alguma organização, quando o bloco Vitória-Régia – da comunidade negra local –, passou a fazer seus desfiles pelo centro da cidade. Essa iniciativa incentivou sociedades e clubes locais, que passaram a organizar seus “cordões” de forma esmerada, dando maior entusiasmos aos festejos de Momo .
Nesse período, surge o bloco Abafando a Tristeza, fundado por Alexandre Stella, em 1936. Em 1955, a Sociedade Princesa Isabel forma a primeira escola de samba da cidade, que foi a principal atração do carnaval de rua durante toda a década de 1960.
Novas escolas e blocos surgem nos anos 1970 e 1980, como Febem, Stella, Castelo, Riachuelo, Acadêmicos do Samba, Me, Funil, Duros, Regaço, Unidos do Morro, Jumil, Barulho, Suvaco de Cobra, Lar da Infância, Xaquaiado e Mocidade Alegre.
Em 1981, o desfile do carnaval foi transferido para 9 de Julho, com grande participação da população e inicio da vinda de turistas para conhecer a festa na cidade. No inicio dos anos 1990, porém, a falta de recursos levou à paralisação dos desfiles, que foram retomados em novo endereço:
Após passar pelas avenidas 14 de Março e Moacir dias de Moraes, em 2005 os desfile passaram a ser no realizados no sambódromo Carlos Henrique Candido Alves, que fica dentro do Parque de Exposições Antônio Carlos Prado Batista.
Blocos e Cordões
1927
Vulcano
Vida apertada
1928
As Floristas
As Melindrosas
As Valentinas
As Românticas ao Luar
Apachenettes
As garotas
Maria Antonieta
Modistas Parisienses
1934
Diz Que Vai Ma Não Vai
Foi E quase Voltou
Os Tristes Alegres
Carecas e cabeludos
Typo 7
Vitória Regia
Associação Operária
1935
Centro de Cultura Física
Sabina Deixa Mordê Teu Beiço
Sapé Queimado
Num Chove Morena
Num Pisa Nu Meu Pé
Plebe E Garganta
Quem Picura Acha
Mole Que Bato No Teu Colo
Oia O Grilo
Pisa Nele
Grileiros Do Tomba Carro
Da Fuzarca
Cortada Na Censura
Dimer Jacker
Granadeiros
Meninos Levados
Reis Do Carnaval
Cadê Tristezas
Os Futuristas
Os Russos
1936
Abafando A Tristeza
Flor De Maio
Anos 70-80
Bloco Do Me
Bloco Do Funil
Bloco Dos Duros
Bloco Do Regaço
Bloco Unidos Do Morro
Bloco Da Jumil
Bloco Do Barulho
Bloco Suvaco De Cobra
Bloco Do Lar Da Infância
Bloco Da Mocidade Alegre
Bloco Do Xaquaiado
Bloco Tempero Da Coisa
Bloco Dos Corinthianos
Bloco Baroel
Bloco Sun Bar e Love
Bloco Da Saudade

ESCOLAS DE SAMBA
Várias foram às agremiações que por vários anos vieram a contribuir para o crescimento do nosso carnaval de rua:
- Sociedade Recreativa Princesa Isabel
- Escola de Samba Stella
-Sociedade Recreativa Escola de Samba Castelo
- Grêmio Recreativo Escola de Samba Riachuelo
- Escola de Samba da EU-14 Febem
- Escola de Samba Jumil
- Grêmio Recreativo Acadêmicos do Samba
- Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Morro
- Grêmio Recreativo Escola de Samba Império do Samba
- Grêmio Recreativo Escola de Samba Baroel
- Associação Cultural Recreativa Escola de Samba Unidos da Liberdade.
Cronologia do Carnaval
O Carnaval, das origens imemoriais a suas primeiras manifestações no Brasil
Cronologia do Carnaval A.C.
4000
Criação do Calendário Egípcio, o mais antigo do mundo
Descoberta da agricultura
Início das festas agrárias dos povos primitivos.
Cultos agrários - tentativa de afastar demônios - homens e mulheres com corpos e caras pintadas, saiam em bandos num cortejo gritando loucamente.
605 a 527
Outras versões sobre a origem da Carnaval são as Festas do Paganismo -Boi Ápis e Isis ou mesmo os Bacanais de Roma, onde havia total liberdade e todos pareciam enlouquecer
Reinado de Pisistrato
Culto a Dioniso
186 - Bacanais em Roma geram desordem e escândalos - o Senado Romano as reprime.
Cronologia do Carnaval D.C.
590 - Gregório l regulamentou as datas do Carnaval - criou a expressão "Domenica ad carne levandas". No calendário litúrgico, marca o infcio da Quaresma.
1464 - Papa Paulo II incentiva Carnaval em Veneza
1582 - Gregório XIII reformula Calendário Juliano
1723 - Entrudo - precursor do carnaval no Brasil - trazido pelos portugueses
No final do século IXX, na Europa, o Carnaval quase desapareceu, restando apenas o de Nice na França, famoso por seus desfiles de cabeções e muita música,
1825 - Início dos Bailes Carnavalescos - Rio de Janeiro Carnaval no Brasil -Música importada
• Valsas, Quadrilhas, Polcas e Mazurcas
1850 - Surgimento do Zé-pereira
Por volta de 1885 surgem os primeiros Cordões e as primeiras músicas
• Saia as ruas o Cordão Flor de São Lourenço
1889 - Chiquinha Gonzaga compõe o "Abre-Alas" O Cordão Rosa de Ouro
1907 - Sociedade Carnavalesca Ameno Resedá Primeira Sociedade formal de Carnaval que introduz vários instrumentos de orquestra - flauta, clarinete e pistons.
1916 – Gravação e registro do primeiro samba -
Pelo Telefone é considerado o primeiro samba a ser gravado na Brasil segundo os registros da Biblioteca Nacional. O samba de Ernesto Joaquim Maria dos Santos (Donga), João Baiana e Mauro de Almeida foi registrado em novembro de 1916 como sendo de autoria de Donga.
Composição famosa e controversa, que por ter sido o primeiro samba gravado na história musical do Brasil, e por ter sido concebido em uma casa famosa, daqueles tempos, a casa da Tia Ciata. Por ter sido um grande sucesso e devido ao fato de ter nascido em uma roda de samba, de improvisações e criações conjuntas, vários foram os compositores que reivindicaram a autoria da composição.
1925 - Deixa Falar - primeira escola carnavalesca - Estácio de Sá (em frente a Escola Normal).
Origem do nome escola de Samba. História
O Samba em São Paulo
• Batuques, Jongos e Umbigadas dançadas nas festas dos Santos Padroeiros
• Entrudo - Brancos e Negros brincavam durante o Carnaval? Manifestações que ficaram conhecidas como Préstitos.
• Ruas São Bento, Direita e XV de Novembro - onde se realizavam os desfiles no final do século passado.
• O advento da indústria automobilística os desfiles passam a ser motorizados.
• Zé Soldado (Jabaquara), Tia Olímpia (Barra Funda) e a Casa da Madrinha Eunice (Lavapés) - foram os primeiros grupos que surgiram no início do século.
• Corso na Avenida Paulista - Barões do Café
• 1914 - 1° Cordão Carnavalesco de São Paulo – Grupo Barra Funda.
• 1935 - Escola de Samba Primeira de São Paulo
Década de 30 - Lavapés, Vai-Vai, Unidos do Peruche, Nené de Vila Matilde, Mocidade Alegre e outras.
• 1967 - Criada a Federação de Escolas de Samba, Blocos e Cordões Carnavalescos
• Década de 70 - Rosas de Ouro, Barroca Zona Sul, Pérola Negra, Gaviões da Fiel, X9 Paulistana e outras.
• O Carnaval Paulistano é hoje organizado pela LIGA das Escolas de Samba de São Paulo, juntamente com a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo.
Curiosidades
• Ala das Baianas era formada por homen
• Famoso Tablado - 1952 à 1956 foi a primeira passarela do Samba com 60 metros de extensão e 1 metro de altura, na Avenida Presidente Vargas.
BLOCOS
Em época remota havia manifestação carnavalesca com a participação de grupos denominada Blocos e/ou Cordões, que deram origem às Escolas de Samba.
No final do século passado, e já nos primeiros anos deste, com fim da tradição do "Zé Pereira", os Cordões e os Blocos Carnavalescos, tiveram extraordinária importância. Eram agrupamentos de foliões oriundos das camadas mais humildes da população que, fantasiados ou não, acompanhados de um ritmo alegre, percorriam as ruas das cidades.
Os Blocos desfilavam com um contingente de pouco mais de vinte componentes e levaram vários instrumentos como: pandeiro, chocalho, trombone, flautim, etc.
O sucesso destes grupos foi conquistando um número cada vez maior de adeptos, com o passar dos anos, gradativamente foram surgindo categorias de Blocos, com as seguintes denominações:
BLOCO CARICATO
São Blocos que apenas fazem críticas humorísticas (caricaturas) de um momento político, ou de uma situação qualquer. A sua finalidade é apenas divertir o público presente. Antigamente costumavam vestir-se com uma "Mortalha" e pintar o rosto. O Bloco Caricato é julgado pela originalidade, empolgação e caricatura criada. Não raro, trazem a música em forma de "Paródia".
BLOCO DE EMBALO
Como o próprio nome diz, é um Bloco de pessoas fantasiadas, trazendo bastante empolgação. As fantasias mantêm uma uniformidade de modelo e cores, pois não é desenvolvido um Enredo, apenas um Tema.
BLOCO DE ENREDO
Há a obrigatoriedade do Enredo, havendo, desta maneira, uma variedade de fantasias sendo facultativa apresentação de ala das Baianas. A diferença entre Bloco e Escola de Samba é que o Bloco tem a Porta Estandarte e a Escola de Samba, a porta-bandeira e seu mestre-sala. A comissão de Frente também é dispensável.
COMO OBSERVAR E JUSTIFICAR O JULGAMENTO:
BLOCO CARICATO
a) Não apresentou nenhuma criatividade em relação à caricatura proposta.
b) Não apresentou originalidade no desenvolvimento da proposta.
BLOCO DE EMBALO
a) apresentou-se sem espontaneidade.
b) Faltou empolgação em seus componentes.
BLOCO DE ENREDO
a) semelhante ao julgamento das escolas de samba devem ser usadas às mesmas justificativas apresentadas nos quesitos: letra do samba, melodia, bateria, fantasia, alegoria, evolução e harmonia.
Obs: em todas as categorias deve-se observar os mesmos critérios adotados para as escolas de samba.
"Qualquer nota deverá ser justificada"
Este trabalho foi desenvolvido pela Comissão de revisão e reavaliação do Critério de Julgamento da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, do Departamento de Carnaval da UESP – União das Escolas de Samba Paulistanas e Coordenação Cultural da FESEC - Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de São Paulo.


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