quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CARNAVAL CARIOCA

Beija-Flor, Mocidade e Imperatriz têm histórias contadas no livro 'As 3 irmãs'


JORNAL DO BRASIL
No começo da era moderna  do carnaval carioca, apenas quatro grandes escolas disputavam o título: Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano. Mas a brincadeira mudou a partir de 1976, quando três irmãs penetras também assumiram a posição de protagonistas da festa: Beija-Flor de Nilópolis, Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel. Este é o mote do livro As Três Irmãs – Como um Trio de Penetras “Arrombou a Festa”, de autoria de Alan Diniz, Alexandre Medeiros e Fábio Fabato, publicado pela editoraNovaTerra. O lançamento acontece dia 17 de janeiro, na Lapa.
Nos últimos 36 carnavais, as penetras somaram 25 títulos (em 1980, Beija-Flor e Imperatriz empataram no primeiro lugar, o que gera dupla contagem) e inovações para todos os gostos. Quantos imaginariam que a Imperatriz já foi cenário de novela? Ou então que a Beija-Flor batizou a Mocidade? E a hoje famosa “Paradinha”? Sabiam que a patente está “depositada” em Padre Miguel?
Na intimidade, dizem que são “co-imãs”, termo comumente utilizado na folia, mas já travaram duelos épicos. Foi a Imperatriz quem tirou o primeiro lugar do eterno Cristo Mendigo da Beija-Flor. Foi a Mocidade quem impediu um tricampeonato da Imperatriz e um tetra do povo de Nilópolis. E por aí vai...
Com prefácio de Sérgio Cabral, o livro é formado por 35 crônicas ilustradas, dez para cada agremiação, e cinco textos que misturam passagens comuns a elas. Não faltam referências a nomes consagrados da Avenida, como Fernando Pinto, Neguinho da Beija-Flor e Joãosinho Trinta. João, aliás, faleceu uma semana após a finalização da obra, última homenagem em vida a ele, que é considerado o maior carnavalesco de todos os tempos.
Na capa, as irmãs são representadas por caricaturas da cantora Elza Soares, da destaque Pinah e da carnavalesca Rosa Magalhães, figuras de importância para cada uma das retratadas.
O jornalista Alan Diniz é o responsável pelos textos da Azul-e-branco de Nilópolis. Pelos lados da Imperatriz, o pesquisador Alexandre Medeiros, que já foi vice-presidente cultural da escola, assina as histórias. E o jornalista Fábio Fabato, comentarista da Band nos últimos dois carnavais e ex-vice-presidente cultural da Mocidade, apresenta os causos dos bambas da Zona Oeste do Rio. O responsável pelas ilustrações do livro é o professor e artista plástico Leonardo Bora.

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