segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CARNAVAL CARIOCA

Mesmo com o planejamento anunciado pela Prefeitura, o primeiro final de semana dos blocos nas ruas foi repleto de reclamações, como a falta de banheiros químicos

 Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

O DIA NA FOLIA
Com cerca de mil foliões, o bloco Tião dos Embaixadores da Folia — que sai da Rua Gomes Freire, passa pelas Rua da Relação e Av. Mem de Sá — abriu a temporada de desfiles na sexta-feira causando problemas no tráfego da região. Apesar do efetivo reforçado da Guarda Municipal, motoristas que circulavam pelo Centro enfrentaram mais de 30 minutos de retenção em pequenos trajetos.
“Não tem nenhuma sinalização. Os guardas atuam apenas onde há os bloqueios. Deveriam sinalizar nas ruas de acesso ao bloco, assim não teríamos que encarar isso. Estou parado há mais de meia hora na Mem de Sá”, reclamou o caixa Alison Silva, 19.
No mesmo bloco, a falta de banheiros químicos causou reclamações. “O bloco é bem familiar. Mas não ter um banheiro é absurdo. Ainda mais com tantos ambulantes vendendo bebida”, queixou-se a professora Daniela Moreira, 27.
Mesmo com oferta de banheiros, o bloco Boca Maldita, que concentra na Praça Demétrio Ribeiro, em Copacabana, e reuniu cerca de 700 foliões, também apresentou problemas.“São poucos banheiros para o público”, reclamou a advogada Camile Gomes, 34.
Na sexta-feira, Agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) detiveram três foliões do Boca Maldita, levados para 12ª DP (Copacabana). No sábado, mais 21 mijões, entre eles uma mulher, foram encaminhados para a 5ª DP (Mem de Sá).
Prefeitura: 15 mil banheiros
A prefeitura do Rio havia divulgado como planejamento para o Carnaval de rua a instalação de 15 mil banheiros químicos para que os foliões não fizessem xixi na rua, além de 80 UTIs móveis e mil orientadores de trânsito. Foram estabelecidas também novas regras para o tamanho dos carros de som, para evitar acidentes, como o que matou uma foliã ano passado.
Ricardo Sarmento Costa, diretor da Sebastiana, informou em entrevista para O DIA que a frequência deve aumentar nos 12 blocos tradicionais do grupo, mas que acredita que este ano a organização será maior.

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