sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

GRES UNIDOS DO JACAREZINHO (RIO DE JANEIRO/RJ)

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Já faz um tempinho que as mulheres chegaram às baterias das escolas de samba. É comum vê-las nos tamborins, chocalhos, pois são instrumentos mais leves. Algumas raras exceções gostam de instrumentos mais pesados, como Jéssica de Oliveira Loureiro. Com apenas 21 anos, a estudante de administração toca surdo de terceira e vai ser responsável por um dos momentos mais importantes no desfile do G.R.E.S. Unidos do Jacarezinho: Ser o pedal, ou seja, dar as primeiras batidas de comando para o carro de som e a bateria começarem a tocar.
 Jéssica é filha de Jorge Loureiro, que por mais de 25 anos foi diretor de tamborim e hoje é presidente do conselho fiscal e deliberativo da escola. Foi com ele que aprendeu a tocar:  - “Desfilava tocando tamborim junto com meu pai, mas sempre me interessei pelo surdo, uma paixão pelo instrumento. Comecei a tocar de brincadeira até decidir desfilar esse ano”, conta a jovem.
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Foto: Divulgação
E foi tocando surdo de terceira que a moça começou a chamar a atenção na bateria, até vir o convite de ser o que se chama de “pedal”, ou seja, a pessoa que faz a marcação do instrumento no tom certo do samba para servir de base para as cordas (violão e cavaquinho), intérpretes e todos os outros ritmistas, cargo até então, só ocupado por homens: – “Quando o convite veio meu coração bateu forte, suei frio, o nervosismo era tanto que cheguei a negar o pedido da diretoria, mas depois acabei aceitando, sei que sou capaz”, revela.
Bonita, jovem e dedicada, Jéssica garante que não tem assédio na bateria: -“Os meninos gostam, brincam comigo, mas dão força”. E para carregar tanto peso na Avenida, nada de academia. A força dos braços vem dos ensaios: -“Trabalho, faço faculdade e venho para o samba. Já tenho o costume”.
Cunhado de Jéssica, o intérprete da escola, Aílton Santos, é só elogios para a ritmista: – “Estamos acostumados a só ter pedal homem. Sempre foi assim no carnaval. Mas sabemos que quando uma mulher decide fazer uma coisa, ela busca fazer igual ou melhor que o homem. O Jacarezinho está inovando e esse é mais um dos nossos trunfos para o desfile”.

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