Enredo 2017
"O
Importante É Ser Feliz e Mais Nada!"
Nossa
história se refere ao tempo. Esse mesmo que insistimos em controlar.
E que passa.
Aliás,
que bom que passa! Como tudo na vida depende de um referencial de
comparação,
podemos
dizer que ele passa de forma diferente para cada pessoa. Tem gente
que se apega,
tem
gente que vive o momento. E tem gente que faz o seu tempo e, por
conta disso, fica à
frente
dos outros. Mas uma coisa podemos combinar. Ele sempre é nosso
amigo.
Dizem que quem vive de passado é museu. Mas é inegável que o que somos agora é fruto da
construção
do agora de ontem. Fazemos nosso tempo na medida em que aprendemos
com
nosso
passado e assim construímos o futuro. E aí, entendemos quem
realmente somos. No
balanço
das horas tudo pode mudar. E nesse ponto podemos nos perder, já que
falaremos de
afeto.
Assim, vamos revirar nosso baú de memórias. É muito simples. Feche seus olhos. Sinta a fera
que
existe em você e não se reprima. Nos deparamos com muitos
brinquedos, objetos,
memórias.
Somos levados de volta à nossa infância. Bonecas, cubos mágicos,
ursinhos de
pelúcia
e tantos outros brinquedos. Quantas lembranças...
Continuamos nossa busca e encontramos mais tesouros. Uma televisão antiga nos faz lembrar
que
a parada era tudo agora, junto, misturado, confuso. E já que a vida
é tão dura, o melhor
remédio
é rir. De nós mesmos e dos outros. Rir não, gargalhar! Chame
nossos heróis! E se
ainda
não funcionar, chame o palhaço ou a boneca de pano... Vem todo
mundo!
E a lambada que virou mania nacional com a novela? Com certeza, você também já teve o seu
momento
de dança! E o que dizer do casal apaixonado, que vivia brigando como
cão e gato no
horário
nobre? Uma confusão! Não é uma delícia de recordação?
E falando em recordações, me diga sem pestanejar. Qual foi a menina que nunca sonhou em
ser
assistente de uma rainha? Era o sonho de onze em cada dez. E como já
disseram um dia. O
sonho
sempre vem pra quem sonhar. Basta acreditar. E seguindo assim, conto
nos dedinhos a
hora
da nave espacial aterrissar para me dar bom dia. E já que sou
Curumim Ieiê, quero mais é
ser
feliz!
Alô, alô, Atenção! Quem vai querer o bacalhau? A platéia estava repleta de mullets, franjas e
muita
cor. De tudo acontecia nos palcos dos grandes programas de auditório,
a irreverência e
galhofa
era geral.
Eita baú cheio de coisas! Discos de vinil surgem e nos fazem relembrar grandes artistas e
canções
que marcaram época. Vamos provar o veneno da menina que tinha o
abajur cor de
carmim
e que todo mundo, ainda hoje, canta cor de carne.
Voar, voar, subir, subir e embarcar nas baladas dos casais apaixonados. Por falar em paixão...
E
o amor? Dizem por aí que é brega. De raiz. Se amar é ser cafona,
então somos de todos os
jeitos,
gostos e possibilidades. Na mesa de um bar, na estrada, na rua, na
fazenda, ou numa
casinha
de sapê, o amor era retratado nas letras e nos ídolos.
Se a lua iluminou, você vira homem ou lobisomem? E quem nunca dançou quero vê-la sorrir?
Ou
se sentiu contagiado com o som dos tambores da Bahia? Aposto que você
já quis dançar na
boquinha
da garrafa... Confesso. Eu já. E vamos combinar... Quanta saudade
daquela Brasília
amarela...
São tantas músicas, tantos artistas, uma verdadeira discoteca de
lembranças.
Ufa! Estamos chegando ao fim. Encontramos livros que nos fazem lembrar que educação é
fundamental
para construirmos um futuro melhor. Fotos de animais extintos,
paisagens
devastadas
e águas poluídas, nos alertam que precisamos preservar a natureza
para que as
próximas
gerações tenham memórias tão boas quanto as nossas. Ou que, pelo
menos, possam
se
inspirar nas nossas lutas, como sempre nos lembramos dos caras
pintadas, que marcaram
uma
geração na luta contra a corrupção.
Enfim... Surge a última peça que faltava. Uma fantasia antiga. Olhando para ela, somos
transportados
a antigos carnavais de rua com suas indumentárias e decorações
características.
Você
pensa. Que bom que o tempo passou. Me fez bem. Por uma questão muito
simples. O
importante
é ser feliz e mais nada! Esse é o nosso baú. Me diga: Qual é o
seu?
Texto: Raphael Homem, Leandro Mourão e Vitor Mourão
Carnavalescos:
Leandro Mourão e Vitor Mourão
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