segunda-feira, 13 de novembro de 2017

GRES IMPÉRIO DE ARARIBÓIA (NITERÓI/RJ)

Sinopse enredo 2018

“ZÉ KATIMBA – FILHO DO CORDEL E PAI DO SAMBA”


Vou lhe contar a história de alguém que, com certeza, já ouviste falar, cantar, ou versar. A saga de um sertanejo sambista… ou seria de um malandro paraibano? Tanto faz. O importante mesmo é de quem ele é filho, de quem ele é pai e, mais ainda, de quem ele é. Mas não vá pensando que é um causo em linha reta, pois a vida é labirinto, é linha torta, e se tem uma coisa que nosso herói aprendeu, é que tudo que vai, retorna.
Como todo cabra que se presa, não se aperreou diante das dificuldades, enfrentou os dragões da maldade. Do chão rachado, levantou a poeira e deu a volta por cima. Na fome de vencer, suportou a barriga vazia e se alimentou de amor. Clandestino, partiu retirante com as bênçãos de Frei Damião e da Mãe Paraíba. E, em tempos nebulosos, ao levantar sua bandeira, foi enquadrado tal qual xilogravura. Mas quem melhor que um versador pra lidar com os improvisos da vida?
E os perrengues tirou de letra, formando palavras, versos, poesia. Na mesma cabeça que repousou o chapéu de palha, vestiu o panamá. Quem diria… o filho do cordel, no samba fez escola. E causou o maior rebuliço, abalou as estruturas, e ganhou a boca do povo, em todo esse mundão de meu Deus. Sucesso a perder de vista.
De repente, era moço importante, ganhou um bocado de medalhas e estandartes. Depois de tanta aventura, virou até personagem da TV e da literatura. E hoje, na casa de Araribóia, sua primeira paragem na terra das batalhas de confetes e serpentinas, o pai da Imperatriz é saudado por todo o Império. No presente, volta ao passado, pensando no futuro, na certeza de que essa história não acaba aqui. Enfim, após tanto feito, ganhou nome, não é nenhum Zé Ninguém, mas Zé Katimba.
Carnavalescos: Levi Cintra e Tiago Ribeiro
Pesquisa/Texto: Tiago Ribeiro

Arte: Levi Cintra

Nenhum comentário:

Postar um comentário