ACADÊMICOS DO SUL DA ILHA
CARNAVAL 2013
E O MUNDO NÃO ACABOU... SERÁ?
O
início do outrora tão esperado terceiro milênio não trouxe uma virada
significativa nos rumos da humanidade, conforme profetizado aos quatro ventos
por tantas classes de futurólogos aos quais nos apegamos. Não houve o
renascimento da paz universal nem a hecatombe final. Tudo continua como estava.
Será?
Sinais
do fim do mundo nos transformam em verdadeiros espectadores de tragédias.
Grandes terremotos, assustadoras tsunamis, diversas erupções vulcânicas,
profecias de povos antigos e até mesmo mensagens bíblicas descrevem ou
subscrevem o fim.
O
sol está mudando, a lua se aproximando, marés oscilam com maior frequência,
tempestades de radiação são mais constantes, o mar está mais alto e a pobreza
cada vez maior. Está tudo tão mais intenso, que realmente, parece que nosso
planeta está na reta final de sua existência.
Para
os maias, povo que atingiu alto nível de desenvolvimento e complexidade
cultural na América Pré-Colombiana, nosso planeta possui cinco grandes ciclos
de tempo. Interpretações de peças arqueológicas de um antigo calendário desse
povo indicam que, para eles, quatro ciclos já chegaram ao fim, marcados por
quatro grandes catástrofes. A maior ainda estaria por vir e deveria ter
ocorrido em 21 de dezembro de 2012.
Assustados
com a profecia não cumprida, descendentes maias resolvem se conectar ao mundo à
procura de respostas. Pelas ondas da televisão, descobrem toda sorte de
profetas. São videntes, magos, charlatães, pastores, cartomantes, oráculos,
babalorixás, um verdadeiro time de anunciadores do futuro que logo se tornam os
NOVOS CAVALEIROS DO APOCALIPSE. Cada um prevê um rumo diferente e já não se
sabe quem realmente enxerga a verdade, afinal o ouro dos antigos tesouros maias
costuma despertar mais interesse que o futuro do planeta.
O
alvoroço profético chama atenção das mais altas autoridades e a ficção parece
saltar das telas de cinema e tomar a realidade. Homens de preto se infiltram
por todos os cantos e se preparam para o verdadeiro DIA EM QUE A TERRA PAROU.
Mísseis cruzam os céus buscando asteroides em rota de colisão com a Terra e
naves espaciais guardam o planeta contra invasões extraterrestres. É um
verdadeiro surto paranoico de nossos tempos!
Os
fiéis correm às igrejas para expurgar os pecados que cometeram sem qualquer
culpa ao longo da vida e lembram de HISTÓRIAS BÍBLICAS sobre o fim dos tempos,
como a arca de Noé e as pragas do Egito. Pensam nessas histórias e, embora os
padres insistam que “isso non ecziste”, acreditam estar vivendo o grande
Apocalipse.
Então
os maias que a tudo observam com atenção, herdeiros da mais alta sabedoria de
seu povo, encontram a chave da questão. O apocalipse é A GRANDE REVELAÇÃO e
esta parece muito clara aos seus olhos. Tamanho aparato de guerra movido para
evitar a catástrofe planetária é o mesmo aparato que há mais de meio século
mantém o mundo numa interminável GUERRA FRIA pelo medo de uma grande explosão
nuclear. A difusão de FALSOS PROFETAS e o apego ao OURO são sintomas de uma
sociedade viciada.
São
esses vícios que carregam o planeta para o fim: a extinção de todas as formas
de vida e do próprio homem, que se desumaniza através da banalização de todas
as formas de violência contra si próprio e contra seu semelhante. É preciso
parar! Quem dita o rumo do planeta é cada um de nós. Quando a humanidade
assumir a reflexão sobre o rumo do planeta e mudar seus conceitos, neste dia,
“as pragas e as ervas daninhas, as armas e os homens de mal vão desaparecer nas
cinzas de um carnaval”.
Ideia
original, pesquisa e desenvolvimento – Renê Raul Justino (Barãozinho)
Texto
e desenvolvimento – Willian Tadeu
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