domingo, 30 de junho de 2013

GRCES DRAGÕES DA REAL (SÃO PAULO/SP)

Dragões Da Real – Carnaval 2014 - Um Museu De Grandes Novidades
A Dragões da Real faz um passeio por um museu inusitado – o museu das grandes novidades. Não faz muito tempo, eram inovações que tiveram evolução, e plasmaram a época em que vivemos.
No meu tempo, curso obrigatório era de datilografia. Imprescindível, para qualquer trabalho, porque no meu tempo, os computadores eram enormes e só servia a alguns privilegiados. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no começo do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia a dia.
No meu tempo uma máquina elétrica era o máximo do chiquê.
No meu tempo não tinha telefone celular, aqui no Brasil. Nos filmes de seriado, os atores falavam em telefones, nos carros, quase uma ficção cientifica. Os celulares existiam, mas tinham o tamanho de uma caixa de sapatos.
No meu tempo vitrola não chamava mais vitrola, mas se chamava som.  Ainda existiam discos de vinil mas a modernidade era tocar cds. Eu ouvia os cds da Rita Lee, da Blitz, do Cazuza. Um toca-fita instalado no carro era comum, mas um toca-cd era o auge da sofisticação.
Meu pai ia a boate, mas eu, ia a discoteca e me acabava dançando a noite inteira.
A Sonia Braga apareceu numa novela, elegantérrima , de meia de lurex e sandália, dançando numa discoteca. No meu tempo, meia com sandália não era cafona.
No meu tempo o homem foi a Lua, se não tivesse ido, o famoso “ moonwalker” do Michael Jackson  não existiria. Marcou presença também o “Thriller”,o melhor vídeo clipe já produzido até hoje.
No meu tempo, menina brincava de boneca e menino brincava de boneco. As meninas tinham as Barbies e Suzies e os meninos brincavam de Falcon, de Batman, de Super Homem, o homem de seis milhões de dólares tinha até uma lente de aumento no olho, um olho biônico.
O “genius” foi o primeiro brinquedo eletrônico que fez grande sucesso com a molecada, que hoje se concentra em jogos de vídeo games.
No meu tempo, menino e menina brincavam também com os mais de 500 bonecos do playmobil e para endoidar a cabeça, nada mais nada menos que o “cubo mágico”.
Embora o Monteiro Lobato não fosse dessa época, seus personagens habitavam a minha televisão. Todo dia, de manhã e a tarde, as crianças se encantavam com as aventuras da Emília, do Visconde, do Pedrinho e da Narizinho. E a Xuxa tinha uma nave espacial, cheia de luzes piscando, que soltava fumaça e decolava no final do programa.
No meu tempo não tinha tv a cabo, mas tinha tv colorida. A gente podia gravar programa na tv com gravador de video cassete, e todo mundo era sócio de locadora e podia assistir aos filmes que quisessem em casa.
No meu tempo o cinema era as 2, 4, 6, 8 e 10h ,e só vendia bala ou chocolate. A pipoca vinha da carrocinha estacionada na entrada.
Fizeram o maior sucesso os filmes Guerra nas estrelas, Indiana Jones, Blade Runner, Et – o extraterrestre, Flash Dance e o aterrorizante Brinquedo assassino.
Os enlatados faziam sucesso – entre eles se destacavam – o Incrível Hulk, um brutamontes verde, na verdade um cientista que sofria transformação quando se enraivecia, além da Mulher Maravilha, e as panteras, cujos penteados eram copiados a exaustão.
No tempo do meu pai, comedia brasileira era com Oscarito e Grande Otelo. No meu tempo,era com Os Trapalhões, que batiam recorde de bilheteria.
No meu tempo todo mundo jogava na loteria esportiva, na esperança de dias melhores. A zebrinha anunciava os resultados, no domingo a noite.
No meu tempo também, todo mundo via novela, O reino de Avilã era uma parodia sobre o Brasil, e quem foi mesmo que matou Odete Roitman? E a viúva Porcina fazia sucesso com seus exageros.
O Carnaval começava a se estruturar, nos moldes contemporâneos. Afinal, Chico Buarque já cantava.... Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Rosa Magalhães
Enredo baseado em artigo de Arthur Xexéo ( sobre lembranças de anos anteriores)
dragões

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