quarta-feira, 6 de agosto de 2014

GRES VILA DA BARRA (MANAUS/AM)

ENREDO 2015 - SINOPSE
TEMA: DANÇA: A ARTE, A MÁGIA, O SOBRENATURAL, VILA DA BARRA ENCANTA O CARNAVAL...
DANÇA
Satisfazer exigências estéticas não foi a única função da dança ao longo dos tempos: ela desempenhou também, desde sua obscura origem, um papel determinante na vida religiosa e na evolução psíquica da humanidade, pois configura um recurso inigualável para transportar o homem além dos limites impostos pela consciência e pela realidade cotidiana.
Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo segundo uma certa relação entre tempo e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a uma composição coreográfica. Seja espontânea, a dança expressa um sentimento ou uma situação dada e pode ser complementada por gestos destinados a fazê-la mais inteligível. Ter por instrumento, às vezes único, o corpo, que elabora seu próprio ritmo.
NA GRÉCIA ANTIGA
A musa dessa arte, Terpsícore, inspirava os dançarinos e lhes conferia graça e agilidade, traços que se acentuaram ao longo da história para culminar naquela que talvez seja a mais refiada das manifestações da dança: o balé. Em outras palavras, a evolução do bailado determinou o aparecimento de estilos cortesões e palacianos e, em especial, de expressões de dança popular que constituem a raiz da tradição e do folclore.
HISTÓRIA
No Antigo Egito, vinte séculos antes da era cristã, já se realizavam as chamadas danças astro-neológicas em homenagem ao deus Osíris. O caráter religioso e profundamente simbólico, de alto conteúdo espiritual, foi de algum modo comum às danças clássicas dos povos asiáticos, conservadas e executadas rigorosamente. Disso constituem exceção as danças dos países islâmicos, cujo sentido, ritmo e conteúdo coreográfico evoluíram por caminhos singulares.
A DANÇA COMO FORMA DE EXPRESSÃO
A dança é uma das formas tradicionais de expressão física dos sentimentos humanos. A dança e a música que a acompanha cumpriram, desde tempos antigos, diversas funções, como ajudar à passagem para o mundo dos espíritos ou celebrar algum fato especial na vida tanto dos indivíduos quanto das comunidades. Estas atividades eram um acontecimento público e social, sem relação alguma com o conceito ocidental de dança, que foi entendida desde o séc. XVI como um espetáculo artístico.
Como qualquer forma de arte, a dança pretende conseguir o equilíbrio do ser humano com o mundo, dado que estabelece relações corpóreas e anímicas entre este e o meio. Constitui também um elemento integrador, na personalidade dos dançarinos, de fatores como a criatividade, a estética, o raciocínio lógico, a memória, a condição física, o sentimento e a emoção.
Atualmente, são conhecidos numerosos estilos de dança desenvolvidos ao longo dos séculos. Cada um deles é reflexo dos desejos e das necessidades da sua própria época.
ESTILOS DE DANÇA
Ao longo da história existiu uma grande variedade de formas de dança, geralmente relacionadas a aspectos rituais de cultos religiosos. A função ritual da dança foi passando por sucessivas transformações até se transformar numa atividade profana, singularizada como uma das mais belas formas de expressão artística.
O BALÉ OU DANÇA CLÁSSICA
A técnica do balé clássico permite que umas séries de aptidões físicas atinjam um grau superior de potencialidade expressiva. Entre elas, contam- se a elasticidade, a flexibilidade, a coordenação, o sentido do equilíbrio, a rapidez no trabalho dos pés, o controle e a força musculares necessários. 
As origens da dança clássica ou balé encontram- se na Itália do séc. XV. Em pleno Renascimento. O Balé Cômico da Rainha (1581) foi a primeira coreografia realizada a partir da narração de uma história. No entanto, até a época de Luís XIV (1638-1715), o balé não tinha se consagrado como expressão artística, uma vez que até então se desenvolvia como pantomima acompanhada de recitações poéticas. No ano de 1600, Paris tornou- se um dos principais centros de desenvolvimento do balé. Este auge foi devido, em grande parte, ao bailarino e coreógrafo Pierre Beauchamp.
A DANÇA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
No final do séc. XIX, as Belas-Artes sofreram uma série de transformações relacionadas à procura e à experimentação de uma maior liberdade. A dança participava também deste movimento de renovação e, como resposta ao desejo de uma expressão livre, surgia à dança moderna rompendo com as tradições e a rigorosa disciplina do balé clássico.
No início do séc. XX, Isadora Duncan destacou- se nos EUA pelas suas propostas inovadoras e recuperadoras da beleza clássica. Posteriormente, Mary Wygman, Ted Shawn e Ruth Saint Denis, entre outros bailarinos e coreógrafos, experimentaram novas técnicas utilizando o potencial do movimento e as emoções humanas.
Em 1940, uma segunda geração de coreógrafos e bailarinos, entre os quais se encontravam Doris Humphrey, Martha Graham, Merce Cunningham, José Limón, Alvin Ailey, Paul Taylor e Alwin Nikolais, explorou a possibilidade de desenvolver uma dança não necessariamente regida pela música ou pela literatura e trabalhou com a improvisação, afirmando assim a individualidade e a criatividade do executante. Alguns destes artistas criaram técnicas de dança contemporânea, sendo uma das mais conhecidas a de M. Graham, estruturada num sistema de disciplina corporal baseado em tensões que levam o corpo a contrações, recuperações, percussões, quedas e suspensões.
O JAZZ
O jazz, como dança, é uma mistura de danças de origem africana e europeia que nasceu nos EUA e se desenvolveu juntamente com o gênero musical de mesmo nome. Existem numerosas variantes desta dança, que evoluiu pelo contato de estilos e modas, mantendo sempre um marcador caráter individual.
Dentre as possíveis definições desta dança, a que goza de maior consenso é a que enfatiza a separação dos movimentos corporais. Frequentemente associa-se a dança ao ritmo musical homônimo ou considera- se o suingue a principal característica deste estilo de dança. A própria mistura de estilos desta manifestação artística define o seu modelo de expressão.
A DANÇA NO BRASIL
A dança brasileira passou, ao longo do tempo, de uma representação estética europeia, própria dos países colonizados, à reafirmação da cultura brasileira, através da utilização da música, de autores e de temáticas nacionais. Um exemplo é a evolução pela que passou o balé clássico no Brasil, onde, muitas vezes, é possível detectar a incorporação de movimentos próprios das danças populares brasileiras.
A dança no Brasil de hoje reflete essa pluralidade cultural típica da diversificação geográfica do território nacional, através, sobre tudo, da encenação dos costumes locais e da representação da multiculturalidade da cultura brasileira.
BALÉ
Pode- se dizer que a história do balé no Brasil começa em 1927, com a vinda da bailarina russa Maria Oleneva para o Rio de Janeiro. Já naquele ano ela fundou a Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal, que se tornou o principal centro de formação de bailarinos no país.
Depois de Oleneva vieram outros europeus, como o tcheco Vaslav Veltchek, que a partir de 1939 deu novo impulso ao balé no Brasil, como coreógrafo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e organizador da escola de bailados da prefeitura paulistana. Mais tarde participou da fundação do Balé do IV Centenário de São Paulo, e no Rio de Janeiro fundou o Conjunto Coreográfico Brasileiro. Veltchek elaborou varias coreografias baseadas no folclore brasileiro, como Uirapuru, de Villa- Lobos, e Festa da Roça, com música de José Siqueira.
DANÇAS FOLCLÓRICAS
Da fusão de três culturas, a indígena, das tribos existentes à época da colonização; a negra, dos escravos africanos; e a europeia, do português, nasceram as danças folclóricas brasileiras, que podem ser divididas em três grupos principais: os pastoris, as cheganças, e os reisados. Dentre elas as mais conhecidas são o bumba-meu-boi, também chamado boi-bumbá, os congos e as congadas, o maracatu, a dos caboclinhos e os moçambiques.
Outras formas de dança, que tiveram momentos de maior ou menos penetração no passado, são o lundu, o coco e o cateretê. Existem, ainda, as danças de quadrilha que ocorrem durante as festas juninas, e a ciranda, de origem portuguesa.
SAMBA
Conhecido em todo o mundo pelos famosos carnavais do Rio de Janeiro e mais recentemente de Salvador, Recife e Olinda; o samba, enquanto expressão musical tornou- se um símbolo do Brasil. Samba é a dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas como lundu e o batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinhos e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão. Apesar de mais conhecido atualmente como expressão musical urbana carioca, o samba existe em todo o Brasil sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque.
A COREOGRAFIA
É a arte de compor danças, anotando ou memorizando passos encadeados, entradas e saídas de cenário, para ir configurando uma evolução. Todas as manifestações da dança estão relacionados com as possibilidades dos movimentos corporais. As posturas estáticas e os silêncios ou pausas do movimento também fazem parte destas ações corporais. A coreografia pode ter um enredo de formado teatral, ou ser abstrata, como no caso de grande parte da dança moderna e contemporânea. 
APRENDIZAGEM E PRÁTICA DA DANÇA
A aprendizagem e a pratica da dança têm diferentes aspectos: educativos, sociais e profissionais, ente outros.
A dança é benéfica para a saúde e para o desenvolvimento de diversas capacidades das crianças ou adultos que simplesmente queiram desfrutar desta arte. Com a prática podem- se adquirir sensibilidade e elegância de movimentos, e frequentar aulas de dança pode significar, além de um prazer pessoal, uma liberação da tensão acumulada, causada pela atividade diária.
A escolha da dança que se quer praticar corresponde, em alguns casos, a uma função social, à procura de relação com outras pessoas, como é o caso das chamadas danças de salão.
A dança também foi praticada desde os seus primórdios com finalidades terapêuticas ou curativas. Os exorcistas, adivinhos e xamãs incluíram- na nos seus métodos para combater diversos tipos de doenças e distúrbios.
Atualmente, a dança terapêutica, sem contar com uma definição cientifica convencional, pode ser considerada uma disciplina que ajuda a melhorar a vida das pessoas que possuam determinados problemas. Os transtornos mentais e os desequilíbrios de caráter emocional, assim como os problemas motores de pessoas com mobilidade reduzida, em geral constituem alguns dos campos de aplicação desta antiga, mas sempre atual disciplina.
Presidente Apollo Ferreira Contato: 9175-0201
Comissão de Carnaval: Ronaldo Cruz e Valcirley Costa


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