TIZUMBA Ê
Sinopse
Carnaval 2016
Batucada
...
O batuque
do meu “Nguzu”.
A batida
do tambor que encaminha a nossa fé.
Ouvindo o
som dos atabaques, enxergando as notas musicais.
África de
um passado rico, África dos guerreiros de Angola.
Africanidade
de uma gente que se espalhou nas terras deste meu Brasil.
Tizumbando
a cultura de uma gente varonil.
A força
cultural que atravessou o mar e superou a dor, conquistando o mundo com seu
sorriso negro. E se negro é o sorriso, negro é a raiz da liberdade....
Fortes
são as cores que tingem o manto cultural desta gente.
O tempo
passou e a África chegou...
Foi
quando de pés no chão, rodopiou a branca saia rodada, mas foi no remelexo e no
gingado de cabrocha se fez “semba“ para nascer samba.
Subiu o
morro para abençoar sua gente, foi para o asfalto ser aplaudido eternamente.
Nguzu a
mãe baiana, mãe baiana mãe !!!
Dos
divinos inquices o envio de um menino predestinado ao sucesso.
Criança
negra, pés no chão, origem humilde.
“Eu
cheguei no Rosário de Maria
Embelezou Embelezou
Eu cheguei no Rosário de Maria.
Embelezou Embelezou”
Embelezou Embelezou
Eu cheguei no Rosário de Maria.
Embelezou Embelezou”
Canto de
Moçambique 2 ( Rosário de Mária ) – Mauricio Tizumba
“O
congado está na minha vida desde que me entendo por gente, pois; sou neto de
Orminda Benzedeira. Foi com ela que aprendi a rezar no rosário. Rezar cantado,
tocando e dançando. Bom demais!”
“Tive uma
infância de criança simples e pobre, que vivia em meio aos tambores de congado
e candomblé.”
Maurício Tizumba
Maurício Tizumba
Na Guarda que te guardei no respeito te respeitei...
Foi no reinado do congado que aprendeu a rezar com o olhar atento se encantou nesta festa popular, cantando e dançando, aplausos e sorrisos é a fé se espalhando é a cultura de Maurício.
Cantou que os negros batem tambor de alegria, cantou que os negros batem tambor para louvar Maria. Na guarda de Moçambique “ginga Rainha” festejos, cores, fitas coloridas e fuxicos, a beleza africana estampada na pele, na benção de Nossa Senhora, Cristãos e Mouros fazem a luta do bem contra o mau.
Sinhá, Sinhá, Negro mandou te chamar Sinhá
Sinhô, Sinhô, Negro mandou te louvar.
Na hora da festa seu sorriso é de fé, no Cortejo a batida do Tambor, exalta as raízes de uma gente.
É o Congado da Vida, o Congado da Arte e da Cultura que transforma o negro em Rei nas tradições de seus ancestrais.
É tradição é a honra de uma gente que mostra sua resistência pelas ruas, de geração a geração, de pai para filho, é manutenção do povo é manter vivo a fé; é Tizumbar ao seu lado junto ao tão festejado Congado ao som do Tambor Mineiro.
Da velha negra, que conduz sua gente, a marca de um rosto vivido e experiente, rugas de respeito, que conduzem ao chão a lágrima de alegria que afaga seu cansado e forte coração.
Filho carnal da primeira Ekede do Candomblé Angola de Belo Horizonte, vindo do bate toalha de Salvador. É Chicarangongo, traz a Digina Kazuelu. Filho da casa de Londeji.
Do Congado é Rei festeiro, do Candomblé tem a proteção, é artista popular, sabe que o que a gente constrói vai ficar enquanto a gente passar.
“A minha
preocupação é simples: faço tudo isso para tentar fortalecer o meu povo, isso
por acreditar na força da união”.
Maurício
Tizumba
“Vendendo
a vida no sinal fechado. Eu vou vendendo bala doce e amendoim torrado. Vendendo
a vida no sinal chuvoso. Eu vou vendendo pra esse povo até jornal molhado.”
De sua
música Camelô de Farol, traduz com maestria a essência do artista e como ele se
autodefine. “Sou como um ambulante, mas não vendo doces e jornal e sim, arte.”
O mineiro
negro que se destacou o mineiro negro que voou nas asas da imaginação e
embarcou brilhantemente em uma viagem sem volta ao fascinante mundo do talento.
Maurício que criou personagens, Tizumba que compôs seu Quilombo.
Marasmo
foi seu ponto de partida, caras e caretas sua continuação, Africanidade das
Gerais sua consagração.
Aplausos
ao artista completo que hoje se consagra na voz do povo, e se a voz do povo é a
voz de Deus, nos palcos a Opereta, em cena o Homem que sabia Português encantou
e fez história, tragédia e comédia é a arte nas veias, é o vermelho sangue
pulsando um coração de sucesso.
“Viveu o
simpático ““Curió”, mas” Ô Coitado “ como nos fez rir, como alegrou o povo,
como fez de sua alegria pessoal um instrumento de ilusão popular que agradou
adultos e crianças.
E foi na
“tela da TV no meio desse povo” que a batida do tambor ecoaria ao mundo,
encarnando o personagem Padre Romeu em Saramandaia.
Aplausos
na sétima Arte no ar “Samba-Canção”, Aplausos no cinema no ar “ Narradores de
Javé “
Mas é em
Belo Horizonte, uma cidade bordada pela Serra do Curral, onde o amanhecer é
anunciado por um galo na Alvorada, que sua consagração estará completa.
Vem de
“Semba” vem de Samba Mauricio, vem Tizumbar a sua história.
Veste-se
de verde e branco para ser coroado o Rei Festeiro do Canto da Alvorada neste
grande palco popular.
Rei negro
do povo de Minas; Rei negro da cultura popular que juntamente com seus “Meninos
de Minas” sagra-se um ator completo com um jeito Macunaíma de ser o nosso
Grande Otelo.
“Cantemos
Mauricio, é Tizumba na Alvorada.“
Salve
Ganga Zumba, salve Zumbi dos Palmares, salve Mãe África, salve o negro
brasileiro e o solo sagrado do Carnaval Mineiro.
E que
todos os Inquices o protejam.
Tizumba
Ê!!!!
Maria
Elisa A. C. Moraes e Felipe Diniz Marinho
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