Sinopse enredo 2021
O Leão em Caravana Traz ao Palco da Folia a Imagem e a Semelhança com um quê de Fantasia
INTRODUÇÃO
Inspiração, cultura e fascínio: tudo em um só corpo. Em 2021, a MUG abre baús, caixas e gavetas para trazer de volta objetos que acompanham a humanidade ao longo de toda a sua história e se tornaram importantes amuletos: os bonecos. Repletos de significados e representatividade nos mais diversos períodos da história, mas com finalidades que vão muito além de um simples brinquedo de criança, eles revelam um mundo cheio de mistérios, encantos e riqueza cultural.
O Leão desembarca no Sambão do Povo levando na bagagem uma verdadeira caravana vermelha e branca, onde bonecos e imagens de todos os tipos e lugares são as estrelas principais do nosso elenco, e são eles que contam a sua própria história. Dos super-heróis infantis à bailarina do porta-joias, da boneca russa matrioska aos criativos mamulengos, dos bonecos de barro nordestinos aos altares que elevam a materialização dos símbolos da fé.
Ganharão vida própria aqueles que já nos divertiram, nos trouxeram sorte, nos acompanharam vida afora, nos fizeram sorrir, ou mesmo ouviram nossas preces. Portanto, muguiano, nada de tristeza! Chega de saudade! Prepare o seu coração, pois vale a pena sonhar! Deixe o imaginário fluir e tire a poeira que encobre as melhores lembranças.
Embarque conosco na caravana da MUG. Aqui, o palco é todo seu!
SINOPSE
Lembra de mim?
Pois me lembro tanto de você, e de como já fomos próximos um dia... E como não aguentava mais essa saudade, resolvi fazer um carnaval inteiro para você se recordar ou, quem sabe, me conhecer melhor. É que não sei se já falamos disso naquela época em que nós dois conversávamos sobre tudo. Mas venho de tão longe e tenho tanta história guardada para te contar, que trouxe comigo uma caravana completa. Uma caravana vermelha e branca, com um teatro de fantoches daqueles que chegavam nas cidadezinhas e reuniam todo mundo em volta. E vou mostrar várias das minhas faces e aventuras em forma de espetáculo. Não é fascinante? Mas não tenha medo. Prometo me comportar na avenida e te fazer sorrir!
Acredita que nem eu sei exatamente quando nasci? Talvez venha daí toda essa magia que dizem que eu carrego. Só sei que foi você quem, um belo dia, decidiu deixar a solidão de lado e resolveu brincar de Deus, criando em mim o seu próprio espelho:
Braços, pernas, olhos para enxergar, e um sorriso perfeito pintado, que sobrevive aos tempos e não se fecha nunca ao te ver. Ah, e até cabelos ganhei! Uma criação à sua própria imagem e semelhança.
Sendo uma parte de você, segui contigo por onde quer que você fosse. E como fomos longe, viu?! Rodamos todo esse mundão juntos: eu, sempre nas suas mãos, e vestindo tantas responsabilidades. Já houve um tempo em que faziam de mim a sua única companhia para eternidade. Também já precisei te ensinar a crescer para a vida, fui seu presente de casamento e trouxe fartura à sua casa. Enxuguei suas lágrimas sempre que foi necessário e guardei em mim todo o amor do mundo, mesmo não tendo um coração batendo dentro do meu peito.
E quando decidimos brincar juntos, não houve limites para a nossa imaginação. Que dupla invencível nós formamos! Eu fui a realização de todos os seus sonhos de criança. Deslizei na ponta dos pés sobre o lago prateado, marchei rumo a várias batalhas que só existiram em nossas cabeças, também usei capa e ganhei poderes inimagináveis. Ainda saltei falante de dentro dos seus livros e até assustei suas noites de desobediência. Mas, quando o dia amanhecia, nós já éramos novamente melhores amigos em nosso despretensioso mundo de poesia, onde baús e gavetas se transformavam em castelos, no nosso grande reino construído nos limites de um quarto colorido.
Ciente de que me parecer com você é, ao mesmo tempo, retratar a sua essência em mim, assim também o fiz. Virei cor vibrante, vesti chitão e me “arretei”, levando comigo toda a identidade de um povo. Por ruas estreitas, me fiz gigante e dancei frevo como ninguém, tudo para você brincar comigo o seu carnaval, mesmo já não sendo mais uma criança. Também me vesti de escárnio e fui malhado em praça pública, quando você desejou. Em meu abrasileirado teatro de fantoches, reinei mamulengo, com cores quentes e formas únicas. E do barro, virei arte pura e simples nas mãos do artista que eternizou o cotidiano e o orgulho de um povo tão batalhador.
E quando seus olhos se fecharam e seu coração pediu ajuda, eu também fui o seu auxílio. Fui imagem e amuleto, a luz que iluminou todo o seu caminho pontilhado de velas e pedidos. Represento quem você crê e até pode sentir, mas infelizmente não consegue enxergar. Trago a sua paz tão desejada, ouço todos os seus desejos à beira do mar. E, do alto da minha morada, testemunho a sua fé, dia após dia. Eu rogo por ti, te envolvo em meu manto e faço de mim a tua alegria.
Sou arte, história, reflexo, fé.
Pano, madeira, barro, sabugo.
Sorriso pintado,
abraço apertado.
Sou colorido. Sou magia.
Sou carnaval!
Lembra de mim?
Enredo:
Leo Soares
Carnavalesco: Osvaldo
Garcia
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