domingo, 13 de junho de 2021

GRBCC ZIMBAUÊ (RIO DE JANEIRO/RJ)

 Sinopse enredo 2022



”SAGRADO SABER ANCESTRAL: NAS BATIDAS DO TAMBOR, A SAUDADE QUE O TEMPO NÃO SILENCIOU”


JUSTIFICATIVA


Prepare-se para embarcar em uma viagem ao passado! No carnaval 2022 o bloco de enredo Zimbauê levará para avenida o enredo “Sagrado saber ancestral: nas batidas do tambor, a saudade que o tempo não silenciou”, que trata sobre identidade, saberes e ancestralidade. Sob as batidas e a cadência dos corações revisitaremos os nossos antepassados para juntos batucarmos na passarela. Seremos tambor, seremos memória, seremos emoção. Embalados por este instrumento de fé, instrumento de som, instrumento de união, iremos para avenida cantar em uma só voz, um só coro, o que somos, quem somos e para quê viemos, na busca pelo tão sonhado título.


RESUMO DO ENREDO


“Deixe o som dos tambores renovar as emoções e alimentar a alma.”


Tambor som alma emoção


África, onde a vida se mostra por todos os lados, berço da humanidade, terra de um povo ancestral guardião de saberes transmitidos através da oralidade, da linguagem corporal e dos rituais. Dessa sagrada terra ecoou o instrumento que hoje o Zimbauê exalta na avenida com muita fé e axé. Exu, laroyê! Pedimos licença para iniciarmos o nosso carnaval e junto aos ancestrais batucarmos na avenida. Mas que instrumento é esse que tanto fascina? Seu som transmite ensinamentos através das mãos dos Griots e dos Ogãs; sabedoria não falada. Feito de tronco de madeira e de couro animal. É ele que faz baixar os Orixás, Inquices e Vuduns em nossos terreiros. Agueré, Ijexá e Alujá. É o Tambor! Que comunica através do batuque e “no encanto do rufar evoca os ancestrais, transforma o corpo, energiza e faz vibrar; incorporando o tempo”. Com a chegada das caravelas da ganância, a diáspora lhe foi inevitável.

Então desembarca no novo mundo. Veio de Ilu Ayê, numa ponte sobre as águas acalantado no coração e na memória dos filhos de África. Portão do não retorno, embarque e desembarque, turbulentas correntes. Nessa nova terra chamada Brasil ganhou Cor. A Negritude foi a ele atribuída e Resistência tornou-se seu sobrenome. O homem branco (colonizador) tentou silenciá-lo, mas no corpo negro aprisionado batia o tambor que só a vida dava e retirava. Na capoeira, deu o tom e a ginga, é mandinga, é magia e ilusão. No samba fez morada e o couro comia na casa de Ciata. Fincou raízes e fez dessa terra de múltiplas raças, povos e tradições, o seu lugar. Fez da vida Arte, travou lutas e revoluções.

História e memória, manifesto cultural. Resgate de identidade, da alegria da nossa gente, do nosso povo, do nosso chão. Povo que na esquina ouve o batuque que lhe cerca e lhe estremece o esqueleto. Logo, quem ouve ao longe pensa “é festa?”, “é pagode?”, “é samba?”, “ é reggae?”. É o som da batida que nos remete ao passado, é memória afetiva, é dança e vibração. É o que nos aquece a alma e nos enche de emoção. É o grande poder transformador! África que no toque do seu Tambor, de encantaria, de crioula, de mina, de caboclo, de maracatu, de escola de samba, de blocos, de Olodum e de candomblé, faz comunicação, dança e movimento. É cultura e tradição. Sagrada força, energia e saber de um povo que nas batidas do Tambor celebra a vida. Então, batuqueiro, toque pra orixá, toca pra festejar o carnaval, pra lembrar os seus ancestrais e matar a saudade que o tempo não silenciou.

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