terça-feira, 5 de abril de 2011

121 ANOS DO NASCIMENTO DE DONGA (Ernesto Joaquim Maria dos Santos)

Integrante do núcleo embrionário que daria origem ao samba como o conhecemos hoje, nasceu no Rio de Janeiro e sempre freqüentou rodas de samba e candomblé nos terreiros das "tias" baianas que promoviam a música africana no Rio do início do século.
Na adolescência começou a tocar cavaquinho e violão.
Por volta de 1916 participava das rodas de música na casa da lendária Tia Ciata, ao lado de João da Baiana, Pixinguinha e outros. Em 1917 ocorreu a gravação de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba gravado na história. Registrado em nome de Donga e Mauro de Almeida, até hoje suscita polêmica em relação à autoria: alguns historiadores defendem que Mauro teria apenas feito o registro por escrito, não sendo de fato parceiro de Donga. Em 1919 integrou com Pixinguinha e outros seis músicos o grupo Os Oito Batutas, que em 1922 excursionou pela Europa com o propósito de divulgar a música brasileira. Também fez parte de bandas de jazz, e em 1928 organizou com Pixinguinha a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha, que fez importantes gravações para a Parlophon nos anos 20 e 30.
Participou com nove composições do disco "Native Brazilian Music", gravado pelo maestro norte-americano Leopold Stokowski e organizado por Villa-Lobos, para o mercado externo, em 1940. A maior parte das músicas de Donga inseridas nessa antologia eram sambas, toadas, macumbas e lundus. No final dos anos 50 voltou a se apresentar com o grupo Velha Guarda, em shows organizados por Almirante.


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