Não daria Imperadores
20 de fevereiro de 2013
Analisando as justificativas das notas do jurados, liberadas ontem pela Associação das Entidades Carnavalescas (Aecpars) chego à conclusão de que a Imperadores do Samba, escola aparentemente mais prejudicada no resultado final do Grupo Especial, diante da quebra do carro alegórico da Bambas da Orgia, não ganharia o Carnaval. Pelo menos no que diz respeito a esta polêmica envolvendo a alegoria.
Em primeiro lugar, vamos recaptular a pontuação obtida pelas duas escolas: Bambas da Orgia 239,6, Imperadores do Samba, 239,3. Diferença de três décimos.
A partir do término da leitura das notas, na tarde do dia 12, deu-se uma grande discussão em torno da nota 10 obtida pela Bambas no quesito evolução, apesar da quebra do carro alegórico, o que deveria provocar descontos por parte da jurada da última cabine, Carmen Lúcia. Fato.
Por outro lado, desde a apresentação da Imperadores, foi notada a falta de cocares na ala que representava os índios americanos. Esta falha fatalmente deveria provocar descontos de parte dos três jurados de fantasia e dos três de tema-enredo.
No entanto, apenas um de tema-enredo notou o problema e descontou um décimo. Já entre os avaliadores de fantasia, dois levaram em conta a falta dos cocares e também descontaram um décimo cada. Se todos tivessem a mesma avaliação, a Vermelho-e-Branco teria perdido mais três décimos, e sua distância para a Azul-e-Branco ficaria em seis décimos.
Mesmo que houvesse o devido desconto na evolução bambista, na última cabine, este certamente não passaria de dois décimos (no máximo, três).
A Estado Maior da Restinga, cuja desvantagem para a Bambas também foi de três décimos, talvez tivesse mais razão em reclamar, embora seu casal de mestre-sala e porta-bandeira também tenha enfrentado certa dificuldade diante da última cabine.
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