NOMES SAGRADOS DO REINO DA ÁGUIA
SINOPSE
Exaltar a influência feminina no samba, e em nossa
escola mãe Portela.
Escola reverenciada de pastoras, mães, do lar, da fé
religiosa, do samba, cada uma com seu brilhantismo percussoras e referências de
nossa cultura popular.
De Joana, a mãe que gera o filho fundador de nossa
escola querida, como temos a Águia que cuida de seus filhos com amor e
dedicação;
De Vilma, que desponta com o bailar e maestria
conduzindo a bandeira de uma ‘nação;
Tia Dodô, carinhosamente chamada pelo povo, a nobreza
das damas, também como porta bandeira, e responsável pelas ações de graças dos
padroeiros;
De Ilma, como tantas outras com sua habilidade
representa as mulheres que teciam as fantasias , como também era uma notável pastora
e, durante alguns anos, foi nossa 1ª dama, agraciada por conduzir a ala de
baianas.
E salve a fé, a devoção de D. Esther, que congrega nos
tempos de Osvaldo Cruz em sua casa com festas e trazendo várias pessoas para o
mundo do samba, ainda ínfimo de expansão mas muito apreciado, e com seu
catolicismo apresenta os padroeiros Nossa Senhora da
Conceição e São Sebastião (padroeiro de nossa cidade )
e com o sincretismo se firma na figura de Oxum (A evocação popular, tradicional,
celebra a Nossa Senhora da Conceição (ou Concepção), isto é, celebra o
arquétipo da Maternidade) Oxóssi é a expansão dos limites, enquanto a caça é
uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida.
E elas se entrelaçam com tantas outras, as Pastoras,
responsáveis pela aprovação dos sambas dos homens, e então as homenagens não se
esgotam. Salve Ilma, Vicentina, Doca, Surica, Netinha, esta notável mulher
portelense que conta histórias de outrora de sua paixão: Portela.
Quando se fala em escola de samba vem em mente a força
do batuque, do pulsar que embala os passos e compassos, os ritmos, e nessa história
se desponta Dagmar, primeira mulher a tocar surdo em uma escola de samba,
seguindo o segmento hoje chamado de posto de
rainha de bateria, Portela teve sua não menos
rainha,Marlene que bailava em frente os toques carregando com orgulho o então
extinto estandarte.
E é no passo do samba que se vai apresentando a
clássica mulher do samba com seu galanteio sensual e único, Nega Pelé, e
desfilando com maestria a notável e irreverência Maria Lata D’água.
E se tem samba tem sim senhor desde os tempos das rodas
de sambas em casa onde o dinheiro faltava mas a fartura estava com os quitutes
da antiga peixada, a galinhada até a grande estrela de nossa Escola a famosa
Feijoada.
Mas não podemos jamais esquecer o samba de raiz que vem
de casa do fundo do quintal seja do cafofo ou do pagode, é de casa, do seio do
lar feminino, também que se faz e a nossa Majestade do Samba sempre se fez e é
notável o meu lugar em Osvaldo Cruz e Madureira.
Que possamos sempre ensinar as nossas crianças, afinal
somos uma “escola” de samba.
São elas as grandes estrelas que vão compondo a
constelação azul e branca como universo intermináveis.
SÍNTESE DO ENREDO
O G.R.C.E.S.M. Filhos da Águia, dando continuidade ao
segmento de apresentar às crianças a importância da história da Portela, traz neste
carnaval, a influência e destaque do poder feminino na agremiação, destacando a
presença primordial e impactante, desde a criação até mesmo a presença nos
segmentos da escola, a influência religiosa, a mãe, a esposa, cantora,
percussionista, semeando a cultura do samba através da magia dos seus reinos
musicais, dança, culinária, fé e religião, sociedade como um todo.
Destacando algumas grandes personalidades portelenses :
D. Joanna (mãe do majestoso e fundador da Portela Paulo
da Portela);
D. Esther (grande mulher como líder religiosa em
Osvaldo Cruz e Madureira);
Tia Dodô (uma das primeiras Porta-Bandeiras);
Tia Vicentina (cantora da Velha Guarda e comandou a
feijoada Portelense);
Tia Doca (pastora da velha e grande influência na roda
de samba de Madureira);
Vilma Nascimento (grande destaque como Porta Bandeira
recebendo o titulo de Cisne da Passarela);
Dagmar (primeira mulher a tocar instrumento de
percussão na bateria até então dominada somente pela figura masculina);
Nega Pelé (passista referência até os dias atuais);
Maria Lata D’Água (dançarina que repercutiu com a
irreverência de bailar ao som do samba na avenida com uma lata d’água na cabeça);
Ilma (pastora e responsável pelas baianas da Portela);
Tia Surica (pastora da Velha Guarda Show da Portela e a
primeira mulher como intérprete de samba enredo na avenida em 1966 consagrando
a escola campeã);
Netinha (grande pastora e memória viva da história da
Portela);
Tacira ( grande cantora de carro de som da avenida,
principalmente em 1970).
E tantas outras que vão escrevendo sua história e
fortalecendo a nossa querida Portela!
Marlene Nascimento não existia ainda o posto de rainha
de bateria mas foi a primeira a vir a frente de uma bateria de escola de samba empunhando
o estandarte.
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