Sinopse enredo 2018
“Na Semente de Oxum e Odè… O Equilíbrio, a Paz e a Beleza do Amor”
A sudoeste da Nigéria, no continente Africano se localiza o
rio Osun, lá está o palácio de Oxum.
Por toda a vastidão do mundo onde correr água a Deusa da
beleza, da riqueza, do amor e da fertilidade se faz presente, pois nas águas
doces está o seu reinado.
Ora yê yê ô!
Mamãe oxum sempre formosa, soberana e majestosa, enfeitada
com seus adornos e trazendo a mão seu abebé, abençoa os ventres maternos
nutrindo a vida na Terra.
A seu respeito existem muitas histórias. Uma delas nos conta
que:
No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da
natureza, não permitindo que nada, nem ninguém o invadisse.
Guardavam sua sabedoria como a um tesouro.
É nesse contexto que vivia a mãe das águas doces, Oxum, e o
grande caçador Odè.
Esses dois orixás constantemente discutiam sobre os limites
de seus respectivos reinados, que eram muito próximos.
Odè ficava extremamente irritado quando o volume das águas
aumentava e transbordava de seus recipientes naturais fazendo alagar toda a
floresta.
Oxum argumentava junto a ele que sua água era necessária à
irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorun.
Odè não lhe dava ouvidos dizendo que sua caça iria
desaparecer com a inundação.
Olorun resolveu intervir nessa guerra separando bruscamente
esses reinados para tentar apaziguá-los.
A floresta de Odè logo começou a sentir os efeitos da
ausência das águas.
A vegetação, que era exuberante começou a secar, pois a
terra não era mais fértil.
Os animais não conseguiam encontrar comida e faltava água
para beber. A mata estava morrendo e as caças tornavam-se cada vez mais raras.
Odè não se desesperou achando que poderia encontrar alimento
em outro lugar.
Oxum, por sua vez, sentia-se muito só sem a companhia das
plantas e dos animais da floresta, mas também não se abalava, pois ainda podia
contar com a companhia de seus filhos peixes para confortá-la.
Odè andou pelas matas e florestas da Terra, mas não
conseguia encontrar caça em lugar algum.
Em todos os lugares encontrava o mesmo cenário desolador.
A floresta estava morrendo e ele nada podia fazer.
Desesperado, foi até Olorun pedir ajuda para salvar seu
reinado que estava definhando.
O maior sábio de todos explicou-lhe que a falta d’água
estava matando a floresta, mas não poderia ajudá-lo, pois o que fez foi
necessário para acabar com a guerra.
A única salvação era a reconciliação…
Odè, então, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Oxum
propondo a ela uma trégua. Como era de costume, ela não aceitou a proposta na
primeira tentativa.
Oxum queria que Odé se desculpasse reconhecendo suas
qualidades. Ele, então, compreendeu que seus reinos não poderiam sobreviver
separados, unindo-se novamente, com a benção de Olorun.
Dessa união nasceu um novo orixá, um orixá príncipe,
Logunedé, que iria consolidar esse casamento bem como abrandar os ímpetos de
seus pais.
Logunedé sempre ficou entre os dois, fixando-se nas margens
das águas onde havia uma vegetação abundante. Sua intervenção era importante
para evitar as cheias bem como a estiagem prolongada.
Ele procurava manter o equilíbrio da natureza, agindo sempre
da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade”.
Com inspiração nesta história, a Unidos das Vargens vem
exaltar a beleza que existe na humildade, no perdão e na união. A beleza da
natureza, suas matas, das águas que resplandecem tanto sob a luz do sol como a
luz do luar, das nascentes, rios, riachos, cascatas e cachoeiras. A beleza do
encontro entre o rio e o mar. A exuberância resplandecente da alma feminina,
intuitiva, que cativa e agrada que encanta e apaixona. A beleza da vida, da
fertilidade, da maternidade. A beleza do amor.
Amor que movimenta o universo.
Lane Santana
Carnavalesco
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