terça-feira, 27 de julho de 2021

GRES ACADÊMICOS DO CUBANGO (NITERÓI/RJ)

 O Amor Preto Cura: Chica Xavier, a Mãe Baiana do Brasil


Sinopse


Pedi ao tempo inspiração para o nosso povo cantar sobre coisas de afeto.

Pedi ao tempo axé para soprar na alma o princípio de tudo o que encanta.

Ele me respondeu em sonho com a imagem maternal de Chica Xavier.

Veio como vento que balança a folha. Folha que espalha essência. Essência que traz a cura.

Cura que vem do amor preto.

E o amor preto reencanta, reconecta, liberta.

Está no lufar da brisa mansa, na força da tempestade bravia, no farfalhar do verdume em folha, no cheiro molhado do mato, na essência do que se é.

O fundamento que a tudo principia, energia elementar, o rebentar primordial do amor, da vida.

Chica é voz, ancestralidade e movimento!

É palco e terreiro onde agora eu vou cantar!


MÃE CHICA, BAIANA DO BRASIL

O meu canto se faz “nós”, em coletivo, para nos elevar à mãe Chica de Oyá, a doce baiana que acalanta tantas filhas e filhos do Brasil.

Aquela que protege com um sorriso, acalma com um abraço e acolhe com a palavra.

Menina trazida ao mundo na Roça da Sabina, em Salvador, louvou santos de reza e deuses de dança. Foi assim que aprendeu a agradecer cantando. Entregou a própria voz como oferenda em cânticos a Maria, pontos aos caboclos e orixás, hinários a Santo Antônio e São Benedito.

Dobrou-se ao amor por Clementino Kelé, companheiro de toda a jornada. Ao deixar a terra-mãe, o casal veio cumprir irrenunciável missão no Rio de Janeiro. E, à nova terra, Chica chegou rainha em dia de reis. Ouro, incenso e mirra trazidos em nobre caravana.

Filha de Dionísia, fez da arte de representar a voz amplificada de todos os griôs. Mais tarde, incorporou a mãe de santo Majé Bassã. Propagou, como vento de virtudes, a Tenda dos Milagres de Jorge Amado, a universidade do povo que o gênio baiano soprou no imaginário popular.

Prudente e sábia, firme e amorosa, suave e altiva, brisa e tempestade, fez-se Chica Xavier, a ialorixá do terreiro Brasil. Devota, ofertou o rosário de búzios à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, cruzando fés que não se excluem.

Protagonista no elenco da luta antirracista, teceu-se artesã dos segredos da cena. Tornou-se combativa lutadora pela real inserção do povo preto na sociedade. Um dia, um raio chicoteou revolto no céu. Rum dobrado em estampido solitário.

E Mãe Chica se encantou… mas seu legado se perpetua na Irmandade do Cercado de Boiadeiro, onde entidades benfeitoras produzem, religiosamente, milagres de fé.

“Lá na Jurema, debaixo do pé de Ingá

É onde o luar clareia, Jurema, para os caboclos passar”.

E cá estamos nós, de pé, ventando em todas as direções, espalhando sementes. As sábias curandeiras, pretos velhos e caboclos erguem uma tenda de milagres sob a qual maceram ervas para afastar quizila, tirar quebranto, calundu… batem folha, orvalham aromas, defumam altares e entoam cantares para curar o mundo.

E quem viu milagres como eu, há de sentir a presença de mãe Chica como raio poderoso a luzir na mata, a dobrar o vento e a debelar a dor. Hoje, ela é infinito! Bênção, Mãe Chica Xavier! Que seu axé se espalhe sobre nós. O Amor preto há de nos curar!

(Ele vai nos curar)


Carnavalesco: João Vitor Araújo

Texto: João Gustavo Mello

CURSO

 


CARNAVAL DE CANELONES (URUGUAI)

 


domingo, 25 de julho de 2021

GRES ACADÊMICOS DO DENDÊ (RIO DE JANEIRO/RJ)

 


ACSD ZUM ZUM (PASO DE LOS LIBRES/ARGENTINA)

 


GRES ACADÊMICOS DO CUBANGO (NITERÓI/RJ)

 


CARNAVAL DE MONTEVIDÉU (URUGUAI)

 


SBRC MOC IND DA LOMBA DO PINHEIRO (PORTO ALEGRE/RS)

 


GRES ACADÊMICOS DO SALGUEIRO (RIO DE JANEIRO/RJ)

 


ES ACADÊMICOS DO UNIÃO (SANTA CRUZ DO SUL/RS)


 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

GRES ARRASTÃO DE CASCADURA (RIO DE JANEIRO/RJ)

Sinopse enredo 2022


FREVANÇA


JUSTIFICATIVA


Frevança, foi um desfile inesquecível, realizado pelo carnavalesco Max Lopes – o mago das cores – quando o G.R.E.S. Arrastão de Cascadura desfilou na Marquês de Sapucaí, pelo Grupo Especial, em 1995. Vinte seis anos depois, a composição de Naldo do Cavaco, Mazola e Mazinho, volta para a avenida, numa reedição, para que os componentes da escola, possam reviver a alegria de um momento tão marcante e que ficou na memória dos foliões até hoje. O samba virou um clássico e até hoje, emociona e toca o coração de cada um.


SINOPSE


O G.R.E.S. Arrastão de Cascadura vai levar os foliões para uma viagem fantástica, com destino a Pernambuco. Vamos pousar no coração do Recife e seguir pelas ladeiras centenárias de Olinda. Ao longe, pode-se ouvir os clarins anunciando a chegada do carnaval. Como diria Alceu Valença: tu vens, tu vens! Eu já escuto os seus sinais!

Inebriados pela atmosfera e pela ginga do povo pernambucano, convocamos a comunidade de Cascadura para uma grande frevança! A palavra frevo vem de ferver. Deste calor nordestino, surgiram as expressões frever e frevança que significam fervura, frevolência.

O frevo expressão máxima do carnaval de Recife, surgiu da interação da música e da dança de uma forma tão única que hoje, já não se pode distinguir se a musica trouxe o passo do frevo ou se o passo e a musica trouxeram o frevo. Para alegria dos foliões, tudo é frevo, é alegria. Tudo é uma coisa só.

Tudo começou no século XVII, quando trabalhadores das Companhias de Carregadores de Açúcar e das Companhias de Carregadores de Mercadorias se reuniam para a Festa de Reis, formando cortejos, carregando caixões de madeira e improvisando cantigas em ritmo de marcha.

O som do frevo como música se originou da marcha dobrada, com influência da polca e da quadrilha. A partir disso, as manifestações culturais de Recife como: os caboclinhos, o maracatu e os clubes de alegorias ganham as ruas. O homem da meia-noite, acompanhado da mulher do meio-dia, também com a menina e o menino da tarde, o Barbapapa, Seu Malaquias. O Rei Momo traz a chave da cidade e os clarins surgem anunciando a chegada do carnaval. Os soberanos saúdam as multidões dando a ordem: eu frevo, tu freves, ele freve!

Além do frevo, o carnaval de Pernambuco reúne ritmos como a ciranda, o coco, o cavalo-marinho e o manguebeat, misturando as culturas vindas de outros carnavais. Pierrot e Colombina cantariam ao som do frevo:

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte

Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte

Fantasiados de Arlequins de São José e Palhaços do velho Recife, os foliões incansáveis seguiriam pelas ruas do Recife Antigo, numa frevança que não tinha hora para acabar. No Pátio do Terço, acontece a Noite dos Tambores Silenciosos, pontualmente a meia-noite, uma das manifestações mais emocionantes da cultura negra e do carnaval.

O Bloco Galo da Madrugada no Carnaval de Olinda traz dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles O Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente a meianoite, do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense. Além dos tradicionais blocos de carnaval e troças que percorrem suas ladeiras, embalados pelo ritmo do frevo. Entre os blocos mais tradicionais, temos a “Pitombeira dos Quatro Cantos”, fundada em 1947, quando um grupo de rapazes desfilou pelas ruas da Cidade Alta cantando e empunhando galhos de pitombeira; e o “Elefante de Olinda”, fundado em 1952 por um grupo de rapazes da Cidade Alta, que durante o Carnaval saíram pelas ruas com um elefante de porcelana cantando uma música improvisada em homenagem ao animal.

O frevo do Recife vai ligar o coração da frevança nordestina ao carnaval da Arrastão de Cascadura. Todos num só passo, num só compasso, numa alegria que não tem hora para terminar. Num desfile colorido, vamos trazer um pedaço desta festa tão bonita para os foliões do carnaval carioca.

Vamos pular até o chão rachar e dançar até a sola do sapato soltar. A frevança está em festa no Arrastão de Cascadura. E nessa frevura, vamos cantando até o dia clarear: meu coração se sentiu Pernambucano, esqueceu os desenganos…”


Sandro Gomes


Texto: Jeferson Pedro


GRES IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE (RIO DE JANEIRO/RJ)

 


sábado, 17 de julho de 2021

GRES CHATUBA DE MESQUITA (RIO DE JANEIRO/RJ)

Sinopse enredo 2022

 Cortejo aos Reis do Congo


Quem sou eu? Eu sou a festividade do povo negro.

Surgiu muitos anos atrás, no reino de Congo, no seio da minha mãe África.

Entre paços, cores, sons e batuques, me fizeram presente na pele negra em grandes cortejos.

Presenciei momentos em que os livros muitas vezes não contam, mas me mantive resistente a tudo e a todos.

Migrei para o outro lado do atlântico, aportando na América, especialmente em Recife, Ali eu vi com o passar do tempo à luta do negro por justiça, por respeito e igualdade.

Passei a viver escondido dentro de engenhos de cana de açúcar e fazendas, mas nos pés da negra eu surgia em meio a seus temperos e sabores a seus senhores.

Quando o sol caía e a lua subia aos céus eu surgia com roupas elegantes, cheias de colares a sons de palmas da mão igualando atabaques.

Um belo dia estava aos pés da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, acompanhei meus irmãos negros em uma grande missa.

Logo depois eu surgi no meio deles, me senti tão feliz, era tão lindo ver o sorriso estampado no rosto de quem sofria tanto por ali.

Saímos cantando, dançando, pulando pelas ruas de Pernambuco. Os olhares pelas janelas não entendiam o porquê da nossa felicidade.

Afinal, somos únicos, somos a força que carrega um país, somos a garra que se ergue e levanta o grito de uma cultura em um novo país.

Após a abolição dos escravos eu tive mais liberdade, em uma grande festa me juntei com outros meus irmãos festeiros vindos da África onde criamos um verdadeiro carnaval de cores e fantasias.

Ganhei outros nomes: Rural, Nação, Baque-Virado, eu sentia que estavam sendo valorizados meus passos, agora eu pertencia a pessoas que me admiravam.

De repente me tornei imortalizado na Cultura Popular Brasileira, ganhei um monumento em minha homenagem. Quando me deparei estava em um grande caldeirão cultural Pernambucano com a Congada, Frevo, Samba de Roda, Afoxé, Catira, Maculelê e o Samba.


Afinal, Eu sou o Maracatu!


Autor da Sinopse: Matheus Rodrigues

ESCOLA MESTRE DIONÍSIO (RIO DE JANEIRO/RJ)

 


GRES PRISIONEIROS DO SAMBA (LAUSANNE/SUÍÇA)

 


GRES ARRANCO (RIO DE JANEIRO/RJ)