Sinopse enredo 2022
FREVANÇA
JUSTIFICATIVA
Frevança, foi um desfile inesquecível, realizado pelo carnavalesco Max Lopes – o mago das cores – quando o G.R.E.S. Arrastão de Cascadura desfilou na Marquês de Sapucaí, pelo Grupo Especial, em 1995. Vinte seis anos depois, a composição de Naldo do Cavaco, Mazola e Mazinho, volta para a avenida, numa reedição, para que os componentes da escola, possam reviver a alegria de um momento tão marcante e que ficou na memória dos foliões até hoje. O samba virou um clássico e até hoje, emociona e toca o coração de cada um.
SINOPSE
O G.R.E.S. Arrastão de Cascadura vai levar os foliões para uma viagem fantástica, com destino a Pernambuco. Vamos pousar no coração do Recife e seguir pelas ladeiras centenárias de Olinda. Ao longe, pode-se ouvir os clarins anunciando a chegada do carnaval. Como diria Alceu Valença: tu vens, tu vens! Eu já escuto os seus sinais!
Inebriados pela atmosfera e pela ginga do povo pernambucano, convocamos a comunidade de Cascadura para uma grande frevança! A palavra frevo vem de ferver. Deste calor nordestino, surgiram as expressões frever e frevança que significam fervura, frevolência.
O frevo expressão máxima do carnaval de Recife, surgiu da interação da música e da dança de uma forma tão única que hoje, já não se pode distinguir se a musica trouxe o passo do frevo ou se o passo e a musica trouxeram o frevo. Para alegria dos foliões, tudo é frevo, é alegria. Tudo é uma coisa só.
Tudo começou no século XVII, quando trabalhadores das Companhias de Carregadores de Açúcar e das Companhias de Carregadores de Mercadorias se reuniam para a Festa de Reis, formando cortejos, carregando caixões de madeira e improvisando cantigas em ritmo de marcha.
O som do frevo como música se originou da marcha dobrada, com influência da polca e da quadrilha. A partir disso, as manifestações culturais de Recife como: os caboclinhos, o maracatu e os clubes de alegorias ganham as ruas. O homem da meia-noite, acompanhado da mulher do meio-dia, também com a menina e o menino da tarde, o Barbapapa, Seu Malaquias. O Rei Momo traz a chave da cidade e os clarins surgem anunciando a chegada do carnaval. Os soberanos saúdam as multidões dando a ordem: eu frevo, tu freves, ele freve!
Além do frevo, o carnaval de Pernambuco reúne ritmos como a ciranda, o coco, o cavalo-marinho e o manguebeat, misturando as culturas vindas de outros carnavais. Pierrot e Colombina cantariam ao som do frevo:
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte
Fantasiados de Arlequins de São José e Palhaços do velho Recife, os foliões incansáveis seguiriam pelas ruas do Recife Antigo, numa frevança que não tinha hora para acabar. No Pátio do Terço, acontece a Noite dos Tambores Silenciosos, pontualmente a meia-noite, uma das manifestações mais emocionantes da cultura negra e do carnaval.
O Bloco Galo da Madrugada no Carnaval de Olinda traz dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles O Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente a meianoite, do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense. Além dos tradicionais blocos de carnaval e troças que percorrem suas ladeiras, embalados pelo ritmo do frevo. Entre os blocos mais tradicionais, temos a “Pitombeira dos Quatro Cantos”, fundada em 1947, quando um grupo de rapazes desfilou pelas ruas da Cidade Alta cantando e empunhando galhos de pitombeira; e o “Elefante de Olinda”, fundado em 1952 por um grupo de rapazes da Cidade Alta, que durante o Carnaval saíram pelas ruas com um elefante de porcelana cantando uma música improvisada em homenagem ao animal.
O frevo do Recife vai ligar o coração da frevança nordestina ao carnaval da Arrastão de Cascadura. Todos num só passo, num só compasso, numa alegria que não tem hora para terminar. Num desfile colorido, vamos trazer um pedaço desta festa tão bonita para os foliões do carnaval carioca.
Vamos pular até o chão rachar e dançar até a sola do sapato soltar. A frevança está em festa no Arrastão de Cascadura. E nessa frevura, vamos cantando até o dia clarear: meu coração se sentiu Pernambucano, esqueceu os desenganos…”
Sandro Gomes
Texto: Jeferson Pedro
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