Escolas de samba ficam com prejuízo de R$ 2 milhões com cancelamento do desfile em Florianópolis
Everton Palaoro
@Palaoro_ND
FLORIANÓPOLIS
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O cancelamento do desfile de Carnaval deixará pelo menos R$ 2 milhões em dívidas para as cinco escolas do grupo especial e para a Liesf (Liga das Escolas de Samba de Florianópolis). O rombo pode crescer assim que dirigentes somarem os débitos, pois as agremiações se programaram para gastar os R$ 5,9 milhões referentes aos convênios assinados anualmente com Prefeitura de Florianópolis e governo do Estado. Não está descartado o risco falência de alguma integrante da elite carnavalesca.
O anúncio oficial de que não haverá desfile teve representantes das escolas cabisbaixos e decepcionados com os desdobramentos do caso. Em nota, Zeca Machado, que preside a liga, afirmou que discursos vazios, reuniões evasivas e ranços políticos prejudicaram a imagem do Carnaval. Machado leu, emocionado, o discurso que oficializava a desistência, conforme antecipado na edição de ontem do jornal Notícias do Dia. Ele discorreu durante nove linhas até suspirar e declarar: “Não haverá desfile das escolas de samba na passarela Nego Quirido”. Considerou a batalha desigual. Fantasias, carros alegóricos e enredos deverão ser mantidos em 2014.
Ao final do encontro com jornalistas os dirigentes participaram de reunião, a portas fechadas, para discutir as estratégias para recuperar o prestigio da festa. É consenso entre o grupo que a responsabilidade pela organização do desfile deve passar para a Liesf até o dia 9 de fevereiro, data que haveria a apresentação. “Nós conversamos com o secretário [municipal] de Governo. Tivemos uma reunião proveitosa. Vamos confiar neles. São novos administradores”, ressaltou Machado.
Um dos presidentes de escola mais preocupados com o cancelamento do desfile é Joel Costa Júnior, da União da Ilha. “Não será fácil. Tenho medo que decretem a falência de algumas escolas em função das dívidas com credores”, alertou.
Oferta emergencial foi recusada pela Liesf
Embora a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura tenha justificado que houve falha na prestação de conta do convenio das escolas, ontem o titular da pasta, Beto Martins, fez uma tentativa desesperada de garantir a festa. Em reunião com os dirigentes da Liesf, o secretário ofereceu R$ 150 mil. O valor foi negado. Segundo Zeca Machado, não haveria tempo suficiente para finalizar os preparativos para a noite de gala do Carnaval de Florianópolis.
Martins foi procurado para comentar o assunto. Em viagem, teve tempo apenas de justificar que está no cargo há poucos dias antes de perder o sinal da operadora de telefonia. O governador do Estado, Ramundo Colombo (PSD), também foi questionado sobre os motivos que levaram o governo a investir nos desfiles de Joaçaba (R$ 1 milhão), Laguna (R$ 800 mil) e São Francisco do Sul (R$ 600 Mil) e deixar a Capital sem recursos. Até o fechamento da edição não houve resposta do pedido feito por meio da assessoria de comunicação.
União vai devolver R$ 45 mil em fantasias
A União da Ilha vai devolver, a partir da semana que vem, aproximadamente R$ 45 mil aos integrantes da agremiação. Os valores foram captados com a venda de 300 fantasias aos foliões que iriam defender as cores da agremiação na passarela Nego Quirido.
O reembolso será feito a todas as pessoas que adquiriram as fantasiais, mesmo as que pretenderem participar do desfile do próximo ano. Segundo Costa Júnior, a venda só será retomada após a escola ter garantias que estará na passarela em 2014. “Foi uma decisão da diretoria. Vamos fazer o pagamento total do que foi vendido”, ressaltou o presidente.
Agremiações vão discutir festa nas comunidades
Após o pronunciamento oficial, Zeca Machado assinou uma portaria prorrogando o ineditismo dos enredos e figurinos elaborados pelas escolas até o ano que vem. Na prática, toda a produção será mantida em sigilo e poderá ser reaproveitada no desfile. O documento inviabiliza a ideia de alguns dirigentes de realizarem apresentações nas comunidades que as escolas representam.
Diante da novidade, os dirigentes foram liberados para organizarem atividades carnavalescas durante o Carnaval. O que será feito caberá a cada uma das cinco escolas. A Copa Lord, Por exemplo, agendou uma reunião para a próxima segunda-feira parta discutir o tema. Na Coloninha também haverá encontro para debater a ideia. Porém, o presidente da escola afirmou que a “intenção não é essa. O foco é o desfile”, ressumiu.
O anúncio oficial de que não haverá desfile teve representantes das escolas cabisbaixos e decepcionados com os desdobramentos do caso. Em nota, Zeca Machado, que preside a liga, afirmou que discursos vazios, reuniões evasivas e ranços políticos prejudicaram a imagem do Carnaval. Machado leu, emocionado, o discurso que oficializava a desistência, conforme antecipado na edição de ontem do jornal Notícias do Dia. Ele discorreu durante nove linhas até suspirar e declarar: “Não haverá desfile das escolas de samba na passarela Nego Quirido”. Considerou a batalha desigual. Fantasias, carros alegóricos e enredos deverão ser mantidos em 2014.
Ao final do encontro com jornalistas os dirigentes participaram de reunião, a portas fechadas, para discutir as estratégias para recuperar o prestigio da festa. É consenso entre o grupo que a responsabilidade pela organização do desfile deve passar para a Liesf até o dia 9 de fevereiro, data que haveria a apresentação. “Nós conversamos com o secretário [municipal] de Governo. Tivemos uma reunião proveitosa. Vamos confiar neles. São novos administradores”, ressaltou Machado.
Um dos presidentes de escola mais preocupados com o cancelamento do desfile é Joel Costa Júnior, da União da Ilha. “Não será fácil. Tenho medo que decretem a falência de algumas escolas em função das dívidas com credores”, alertou.
Oferta emergencial foi recusada pela Liesf
Embora a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura tenha justificado que houve falha na prestação de conta do convenio das escolas, ontem o titular da pasta, Beto Martins, fez uma tentativa desesperada de garantir a festa. Em reunião com os dirigentes da Liesf, o secretário ofereceu R$ 150 mil. O valor foi negado. Segundo Zeca Machado, não haveria tempo suficiente para finalizar os preparativos para a noite de gala do Carnaval de Florianópolis.
Martins foi procurado para comentar o assunto. Em viagem, teve tempo apenas de justificar que está no cargo há poucos dias antes de perder o sinal da operadora de telefonia. O governador do Estado, Ramundo Colombo (PSD), também foi questionado sobre os motivos que levaram o governo a investir nos desfiles de Joaçaba (R$ 1 milhão), Laguna (R$ 800 mil) e São Francisco do Sul (R$ 600 Mil) e deixar a Capital sem recursos. Até o fechamento da edição não houve resposta do pedido feito por meio da assessoria de comunicação.
União vai devolver R$ 45 mil em fantasias
A União da Ilha vai devolver, a partir da semana que vem, aproximadamente R$ 45 mil aos integrantes da agremiação. Os valores foram captados com a venda de 300 fantasias aos foliões que iriam defender as cores da agremiação na passarela Nego Quirido.
O reembolso será feito a todas as pessoas que adquiriram as fantasiais, mesmo as que pretenderem participar do desfile do próximo ano. Segundo Costa Júnior, a venda só será retomada após a escola ter garantias que estará na passarela em 2014. “Foi uma decisão da diretoria. Vamos fazer o pagamento total do que foi vendido”, ressaltou o presidente.
Agremiações vão discutir festa nas comunidades
Após o pronunciamento oficial, Zeca Machado assinou uma portaria prorrogando o ineditismo dos enredos e figurinos elaborados pelas escolas até o ano que vem. Na prática, toda a produção será mantida em sigilo e poderá ser reaproveitada no desfile. O documento inviabiliza a ideia de alguns dirigentes de realizarem apresentações nas comunidades que as escolas representam.
Diante da novidade, os dirigentes foram liberados para organizarem atividades carnavalescas durante o Carnaval. O que será feito caberá a cada uma das cinco escolas. A Copa Lord, Por exemplo, agendou uma reunião para a próxima segunda-feira parta discutir o tema. Na Coloninha também haverá encontro para debater a ideia. Porém, o presidente da escola afirmou que a “intenção não é essa. O foco é o desfile”, ressumiu.
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