ASSIM
CAMINHA A HUMANIDADE
Desde os mais remotos tempos, o ser humano possuía
grande necessidade de se locomover. Ir de um ponto a outro e retornar,
manteria-o vivo como as aves
migratórias, peixes, leões, guinus e tantos outros animais.
Por milênios ele caminha sobre a face da terra. A primeira comunicação desse fato, se dá na era do gelo; o grande êxodo de
animais e homens fugindo da hecatombe do inverno prolongado na terra, mais
especificamente no Polo Norte.
Com o passar de milênios, o homem continua a fazêlo,
procurando deste feito, um meio de transporte que lhe proporcionasse mais
conforto e menos tempo. Ainda a pé ele
caminha para caçar, plantar, acasalar e formar bando, tornando-se mais
resistente à predadores e mudanças climáticas.
A pé ele cruza continentes, atravessa da África para a Europa, da Europa
para as Américas.
Jornadas humanas
permanecem até nossos dias com imensa solidez, como a que existe na
Espanha em "Santiago de Compostela", onde pela fé, peregrinos vão até
a catedral reverenciar os restos de Santiago Maior.
Já as cruzadas, também pela fé, levariam o evangelho de
cristo a várias outras nações, sobre cavalos, um dos primeiros animais a ser
domado pelo homem.
A partir daí, os animais vão exercer importante papel na
locomoção humana. Elefantes e camelos são renomados veículos em seu habitat.
O camelo é ainda hoje, considerado o "navio do
deserto". O elefante apesar de ser maltratado é soberano na Índia.
Asnos, mulas, burros também possuem o seu lugar na
história. O burro por exemplo, transportou Maria pelo deserto para dar à luz a
Jesus.
Outros animais também tiveram seu momento de fama, como
a macaca "Chita", companheira inseparável de Tarzan em suas idas e
vindas, de cipó nas árvores do continente africano.
Apesar de ter tido seu sexo trocado, o carismático
chipanzé, habita até hoje o imaginário de pessoas ao redor do mundo.
Quem não se lembra de um desenho animado feito pelo
estúdio de Hanna Barbera na década de 60, onde uma família de classe média vive
aventuras na idade da pedra, tendo como forte apelo o meio de transporte da
família, um automóvel de pedra movido à tração humana, ou seja, com os próprios
pés de seus ocupantes; visto por mais de 300 milhões de pessoas, 80 países e em
22 idiomas.
As invenções proliferam através dos séculos. Em seu
enorme anseio de saber o que há adiante, o homem cria máquinas, trecos e toda
uma sorte de objetos voadores, quem sabe observando as aves no céu.
Um desses homens é o português Bartolomeu de Gusmão
conhecido como o padre voador, a bordo de seu balão "Passarola", viaja cerca de um quilômetro do castelo de
São Jorge ao "Terreiro do Passo" em Lisboa, o ano era 1708.
Somente 50 anos depois, os irmãos franceses Jaques e
Josefh Montgolfier, repetiriam a façanha
do jesuíta português.
Artistas, alquimistas, literários, escritores também
especularam sobre fantásticas aventuras e viagens, universos onde o ser humano
só poderia realizar algumas centenas de anos após.
O visionário escritor francês Jules Verne escreveu
histórias fantásticas como "Viagem ao Centro da Terra", "VinteMil Léguas Submarinas" e até viagem à lua.
A bordo de seu submarino
"Nautilus", o Capitão
Nemo cruza os oceanos retirando dele o
combustível e a própria sobrevivência da
tripulação.
Sem saber, quem sabe? Verner lança luz ao próximo
século, que mesmo trágico para a humanidade, traria tantos outros inventos
benéficos ao homem.
Um exemplo é Henry Ford, que levado pela visionária
noção industrial, ultrapassa fronteiras nos EUA que só trens e carroças mal
podiam alcançar. Destemido e empreendedor Ford também assistiria seus inventos
se transformarem em pesadelos de outros homens.
Os tanques de guerra na 1a e 2a guerras eram máquinas de
alto poder letal. Se locomovendo em
praticamente qualquer terreno, depositaram emblematicamente um fantasma na alma
do continente europeu "o
nazismo", triste capítulo da história humana.
Desde o antigo Egito, máquinas de guerra eram usadas
para o bem estar humano e paradoxalmente de uso de humanos comuns, para enormes
conflitos.
Fortificações, templos e pirâmides estão relacionadas ao
arrasto e depósito de grandes blocos de pedra.
Como transportálos? Como içálos? Pedreiras eram muitas
vezes distantes quilômetros da construção.
Faraós como Tutancamon, Ramsés, Set e tantos outros
deram sua contribuição ao transporte, ciências e etc.
Infelizmente, parte está coberta pela areia milenar no
Vale dos Reis, tanto como sua razão, guardadas para sempre às margens do Nilo.
Quase em todo o globo terrestre, corajosos e destemidos
homens se arriscavam em novas proezas, embuídos da vontade de alcançar lugares
e terras distantes, se empenham em máquinas e parafernálias por vezes
desastrosas, por outras de esplendoroso sucesso . Um brasileiro faria
franceses e boa parte do mundo prender a
respiração por alguns minutos.
Santos Dumont
voaria num protótipo de avião, o 14 BIS , sem saber como. Henry Ford, que mais tarde veria sua criação
usada em guerras , porém depois serviria para ajuda humanitária, como remédios
,alimentos e socorro aos lugares mais remotos do planeta.
Infelizmente algumas invenções não obtiveram tanto
glamour, nem algum respeito, como a cadeira de rodas. Esses nossos companheiros
de viagem sofrem em cidades e lugares onde residem e trabalham. Que se acorde
para a facilitação desse ilustre passageiro contribuinte de impostos como nós.
Rumo ao infinito, caminhamos agora para o universo. O
homem busca fronteiras nas estrelas. O projeto "Marte" prevê povoar o
planeta vermelho abrindo assim o caminho ao infinito.
Creio que uns dos motivos de tantas viagens do homem
seja a solidão.
Desejamos muito encontrar seres verdinhos, pequenos e a
fim de fazer amigos. Quem sabe poderíamos arranjar outros parceiros nesta
jornada.
Desde o nascimento (parto) partimos para a vida e
depois, nos perguntamos como será a última viagem? Nas nuvens? Com asas? Com
anjos em volta? Não saberemos, só saberemos depois do fim.
Seja lá o que for, será mais uma viagem, talvez o começo
de centenas e centenas de outras...
Levaremos o espírito de um viajante. De um ser
aventureiro e inquieto que não cansou de tentar descobrir outros horizontes,
que só tem como certeza, um sentimento, um único conceito. O mais fantástico de
todos que é:assim que caminha a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário