Voz oficial da Império da Tijuca, escola que surpreendeu e fez um dos melhores desfiles da noite sábado, pelo Grupo de Acesso A, Pixulé foi escolhido pelo segundo consecutivo o melhor intérprete do Grupo de Acesso A, segundo o júri do prêmio Estrela do Carnaval, promovido pelo SRZD-Carnavalesco. Pixulé agradeceu à sua família, contou um drama vivido este ano e ironizou o sétimo lugar do Império da Tijuca no resultado oficial da LESGA.
- É um sentimento de muita felicidade. Pelo segundo ano consecutivo houve o reconhecimento do nosso trabalho na Avenida. Este ano passei por um problema de saúde que estava afetando a minha voz, mas eu superei isso. Devido ao excesso de trabalho tive um grande calo nas minhas cordas vocais e fiquei um mês fora da Unidos da Tijuca e da Império da Tijuca para me tratar. Graças a Deus consegui melhorar e fui agraciado com o Estrela do Carnaval mais uma vez. Dedico esse prêmio à minha família e a todos do Império da Tijuca, escola que fez um grande desfile este ano, mas não sei por que ficou em sétimo lugar. Fazer o quê? São coisas do Carnaval - declarou.
Mostrando certa mágoa com os bastidores do mundo do samba, Pixulé revela porque não está hoje no Grupo Especial:
- Eu ouço há mais de 20 anos que a minha hora vai chegar. Estou cansado de ouvir isso. Já estou com 46 anos e muita gente que chegou depois de mim no Carnaval já está no Grupo Especial. Ainda estou tentando galgar o meu espaço no Grupo Especial, mas infelizmente eu não tenho padrinho, o chamado Q.I (Quem Indica). Isso acontece no samba, mas tenho que me acostumar com isso. Já conversei com o presidente Tê. Pela comunidade e pelo presidente eu não saio da escola, mas se houver uma oportunidade no Grupo Especial com certeza irei agarrá-la.Pixulé assumiu o microfone oficial do Império da Tijuca em 2009, mas começou a cantar samba no final da década de 80, ainda como apoio no Arrastão de Cascadura e na Leão de Nova Iguaçu, escola que assumiu o posto de intérprete oficial em 1996. Ficou oito Carnavais na Leão, intercalando um na Inocentes de Belford Roxo, em 2000. Depois passou pela Alegria da Zona Sul e integrou o carro de som da Portela e da São Clemente, além da Unidos da Tijuca, onde está até hoje como contratado da escola.
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