UFSC, detentora da obra de Cascaes, move ação contra a Grande Rio
Tosca, Marrosca. Rabo de rosca.
É de assustar.
Quando se pensa que o episódio da Acadêmicos do Grande Rio em Florianópolis faz parte do passado, um fato novo surge: agora tendo como protagonista a Universidade Federal de Santa Catarina.
Motivo: uso da obra de Franklin Cascaes no Carnaval deste ano sem autorização da universidade, detentora dos direitos autorais do artista catarinense.
Uma notificação extrajudicial foi enviada para a escola no sentido de estabelecer um diálogo sobre o uso da obra e o crédito ao Museu Universitário, guardião da obra, já no período do Carnaval.
Nilton Parma, procurador da universidade, diz que o pedido não foi atendido:
- Não houve respeito à integridade da obra, nem à propriedade intelectual, que é da UFSC.
Maria de Lourdes Alves Borges: “a universidade foi ignorada”
Maria de Lourdes Alves Borges, secretária de arte e cultura da UFSC, ao qual o Museu Universitário é vinculado, diz que “a universidade foi absolutamente ignorada durante todo o processo”.
- Há no Brasil esta mentalidade de desrespeito à propriedade intelectual e o que foi usado sem autorização precisa ser reparado – avalia.
Tereza Fossari, diretora do Museu Universitário, diz que há dois grupos em torno da obra de Cascaes: “um bem pequeno, que se responsabiliza, que cuida, zela, e outro grande grupo que quando fala em Cascaes é para se autopromover”.
- Se toda vez que esse grande grupo destinasse algum recurso, ou mesmo material, a cada vez que a obra de Cascaes fosse utilizada, talvez a nossa situação fosse outra – diz Tereza.
Márcio de Souza: “acervo é de domínio público”
Coordenador do Grupo Floripa na Sapucaí, o vereador e então secretário de Turismo Márcio de Souza, também não consultou a UFSC sobre o uso da obra de Cascaes.
Cristina Castelan, diretora da divisão de museologia do Museu Universitário, diz que ele chegou a ser procurado, “mas virou as costas para a questão”.
Para o vereador, “é uma expressão da barbárie a universidade tomar tal atitude de processar a Grande Rio”.
- Fico perplexo que isto esteja ocorrendo, ainda mais vindo da universidade. O trabalho foi feito para enaltecer a obra de Franklin Cascaes e agora é submetido a este tipo de intriga.
Para o vereador, o acervo do artista é de domínio público e pertence à cultura local.
- Não sabia que a obra de Cascaes tinha sido transformada na propriedade de alguém.
A matéria completa estará no DC desta quarta-feira e pode ser conferida também no diario.com
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