sábado, 20 de agosto de 2016

GRES IMPÉRIO DE PETRÓPOLIS (PETRÓPOLIS/RJ)

Enredo 2017

“MUITO PRAZER… SOU PETRÓPOLIS… A ‘CIDADE DE PEDRO'”



Por Laerte Gulini
·         APRESENTAÇÃO:
A história da Petrópolis, a “Cidade de Pedro” (Petro = Pedro / Polis = Cidade), tem início em uma das viagens feitas por Dom Pedro I. No ano de 1822, durante uma travessia pelo tortuoso Caminho do Ouro, que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, o imperador se hospedou em uma fazenda da região serrana. Ficou encantado com o lugar e comprou a fazenda do Córrego Seco, além de outras propriedades do entorno.
Com a abdicação de Dom Pedro I, seu filho Dom Pedro II herdou as terras. Ele ordenou o assentamento de uma povoação naquele trecho de serra e a construção do seu palácio de veraneio, pronto em 1847.
Desde então, durante quase todos os verões em que governou o Brasil, o imperador mudava-se com a sua corte para Petrópolis.
·         JUSTIFICATIVA:
A cidade de Petrópolis nasceu sob o patrocínio e com a proteção de Dom Pedro II, em terras da Família Imperial. Até a sua morte, o Imperador nunca se desligou de sua cidade.
Petrópolis é uma cidade imperial oficiosa, mas com todo o direito e o orgulho desse título de nobreza.
Petrópolis está em uma localização privilegiada cercada de belezas naturais. A cidade sedia parte do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que conta com trilhas, cachoeiras e piscinas naturais, além de monumentos históricos.
Tanto no Império como na República, Petrópolis se desenvolveu sempre estimulado pela presença de pessoas ilustres que amaram a cidade e aqui passaram boa parte de suas vidas.
·         OBJETIVO:
Reconhecer que Petrópolis não se tornou apenas uma povoação agrícola, mas sim uma cidade que não parou mais de progredir, mostrando uma clara vocação para a beleza, a cultura, a arte e a introspecção que facilita o estudo, a pesquisa e a meditação.
·         SINOPSE:
A história da cidade de Petrópolis começa quando seu clima excelente e natureza exuberante ganharam mais um ilustre admirador: D. Pedro I. Percorrendo o chamado “Caminho do Ouro” em direção à Minas Gerais, no ano da proclamação da Independência em 1822, o primeiro Imperador do Brasil ficou encantado com a região, após hospedar-se na fazenda do Padre Corrêa, atual Distrito de Cascatinha. Durante os anos seguintes, D. Pedro continuou como hóspede frequente da fazenda, trazendo a família e, mais tarde, se propondo a comprá-la.
Contudo, D. Arcângela Joaquina, irmã e herdeira do Padre Corrêa, acabou sugerindo ao Imperador a compra da fazenda vizinha, a de Córrego Seco, por vinte contos de réis, preço considerado muito alto para o valor real da fazenda.
A escritura de compra foi assinada em 1830, onde hoje se encontra o Centro Histórico da cidade de Petrópolis, um dos mais significativos conjuntos arquitetônicos referentes ao século XIX de todo o mundo. A partir do desbravamento dessa Fazenda, D. Pedro I, encantado com a região, logo adquiriu terras próximas e as denominou de Imperial Fazenda da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde ao 1° Distrito de Petrópolis.
Com a abdicação e morte de seu pai em 1834, D. Pedro II herda essas terras, que passam por vários arrendamentos até que Paulo Barbosa da Silva, Mordomo da Casa Imperial, teve a iniciativa de retomar os planos de Pedro I, de construir um palácio de verão no alto da serra da Estrela.
Em 1837, aportou no Rio de Janeiro o navio Justine com 238 imigrantes alemães em viagem para a Austrália. Devido aos maus tratos sofridos a bordo, eles resolveram não seguir viagem, permanecendo no Rio de Janeiro. Mais tarde, chegaram mais 600 casais de colonos alemães contratados em 1844, exigindo-se que fossem artífices e artesãos com experiência.
Em 16 de março de 1843, após a morte de D. Pedro I, seu filho Pedro II assinou o decreto imperial nº 155 que arrendava as terras da fazenda do Córrego Seco ao Major Köeler para a fundação da “Povoação-Palácio de Petrópolis”, determinando o assentamento de uma povoação e a construção de um palácio de verão, hoje Museu imperial, que ficou pronto em 1847. Tal povoação se deu basicamente por colonos alemães e seu centro histórico foi planejado pelo major Julio Frederico Koeler, que desenhou a primeira cidade projetada do Brasil. O pitoresco do projeto de Koeler foi batizar os quarteirões com os nomes de cidades alemães, assim surgiu os bairros da Mosel (Mosela), Kastelaum (Castelânea), Bingen, entre outros. Como todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845 (área sobre a direção espiritual de um Cura, ou seja, um pároco de aldeia) subordinado a São José do Rio Preto. Em 1857, onze anos após, foi elevado a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na ocasião, inédito. O sanitarista Oswaldo cruz foi nomeado prefeito em 1916.
Aos alemães, os primeiros colonizadores, juntaram-se muitas nacionalidades num caldeirão étnico. Os portugueses, principalmente açorianos, alguns antes mesmos dos alemães, vieram para trabalhar na construção da Estrada da Serra da Estrela, em pedras de cantaria e comércio. Surgiram em torno da cidade comunidades portuguesas de floricultores. Os franceses foram chegando aos poucos e se dedicaram à alimentação, à jardinagem e à confecção de peças de serralheria.
Os italianos trabalharam na Companhia Petropolitana de Tecidos, formando uma comunidade com vida própria, quase independente da cidade. Atuaram também em panificação e distribuição de jornais. Os ingleses se destacaram em hotelaria e transportes. Também merecem destaque os imigrantes suíços, belgas e libaneses, completando a formação cosmopolita do Petropolitano.
Significativos para a cidade foram os oito anos em que ela se transformou na capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 1893, ocorreu a Revolta Armada no Rio de Janeiro e com a capital do estado ameaçada, o governo foi transferido de Niterói para Petrópolis, em 1894.
Durante todo o Império e também na República, foi a preferida de inúmeros nobres e intelectuais, para descanso e lazer. D. Pedro II com sua Esposa Imperatriz Dona Teresa Cristina e, em consequência, toda a sua corte, passava na cidade seis meses por ano. Neste período, Petrópolis era, de fato, a capital administrativa do Império. Soberano afeito às artes e à ciência, D. Pedro II inaugurou a tradição que estabeleceu, em Petrópolis, uma concentração incomum de pessoas ilustres, reconhecidas ao longo destes 174 anos.
A importância política da cidade perdurou por anos e praticamente todos os Presidentes da República passaram alguns meses na Cidade Imperial. Com um clima ameno e muitas belezas naturais, a cidade que encantou a família imperial também foi endereço de veraneio de personagens importantes da história brasileira, como Ruy Barbosa, Barão de Mauá, Princesa Isabel, Joaquim Nabuco, Barão do Rio Branco, Osvaldo Cruz, Santos Dumont, Pintora Djanira, Vinicius de Moraes, além de personalidades e celebridades internacionais.
Petrópolis possui várias construções históricas. O seu palácio de verão abriga hoje o Museu Imperial, que possui um amplo acervo sobre a monarquia no Brasil, com preciosidades como o trono e a coroa de Dom Pedro II e a pena utilizada pela Princesa Isabel para assinar a lei áurea. Da frente do museu, saem os passeios de charrete pelo centro histórico. O Palácio de Cristal de 1884, um palacete com armações de metal e paredes de vidro. Já o Palácio Quitandinha de 1944 é o maior palácio do Brasil e foi construído para ser um cassino. A curiosa Casa da Ipiranga de 1884 tem pequenas diferenças entre as fachadas do lado esquerdo e direito que lhe renderam o apelido de “Casa dos Sete Erros”. Outra construção de destaque é a Casa de Santos Dumont planejada pelo aviador e construída na encosta do antigo morro do Encanto. Por sua localização, foi apelidada de “A Encantada”. A belíssima catedral de São Pedro de Alcântara, logo na entrada, guarda o Mausoléu Imperial, com os restos mortais de Dom Pedro II e sua mulher Dona Tereza, Conde d’Eu e Princesa Isabel. Petrópolis também se destaca como pólo comercial. Na Rua Teresa e no bairro do Bingen, é possível encontrar centenas de confecções de vestuário de pequeno e médio porte.
A abertura da estrada Rio Petrópolis, inaugurada em 1928 a construção de rodovias interestaduais para Bahia e Minas Gerais, fazendo passar a maior parte do tráfego por Petrópolis, mais sua ligação com Teresópolis, evidenciam a posição invejável do município no panorama turístico e industrial do Estado.
Com toda essa importância histórica, nossa Agremiação enaltece Petrópolis, a inesquecível terra dos índios coroados, uma cidade sui generis.
·         ORDEM DE DESFILE:
Comissão de Frente: Índios Coroados.
Tripé: A Coroa e as Armas Imperiais.
Ala 1 (Baianas): Caminho do Ouro = Percorrendo o chamado “Caminho do Ouro” em direção à Minas Gerais, no ano da proclamação da Independência em 1822, o primeiro Imperador do Brasil ficou encantado com a região.
Ala 2: Córrego Seco = Arcângela Joaquina, irmã e herdeira do Padre Corrêa, acabou sugerindo ao Imperador a compra da fazenda vizinha, a de Córrego Seco, por vinte contos de réis, preço considerado muito alto para o valor real da fazenda. A escritura de compra foi assinada em 1830, onde hoje se encontra o Centro Histórico da cidade de Petrópolis.
Ala 3: Serra da Estrela = Com a abdicação e morte de seu pai em 1834, D. Pedro II herda essas terras, que passam por vários arrendamentos até que Paulo Barbosa da Silva, Mordomo da Casa Imperial, teve a iniciativa de retomar os planos de Pedro I, de construir um palácio de verão no alto da serra da Estrela.
Ala 4: O Cura do Curato = Um Cura (Pároco) tinha a direção espiritual de um Curato, ou seja, área sobre a direção de um pároco de aldeia.
Ala 5 (Bateria): Colonos Alemães = Os primeiros colonizadores.
Ala 6 (Passistas): Colonos Portugueses = Os portugueses vieram para trabalhar na construção da Estrada da Serra da Estrela, em pedras de cantaria e comércio. Surgiram em torno da cidade comunidades portuguesas de floricultores.
Alegoria : “Povoação-Palácio de Petrópolis” = Após a morte de D. Pedro I, seu filho Pedro II assinou o decreto imperial nº 155 que arrendava as terras da fazenda do Córrego Seco para a fundação da “Povoação-Palácio de Petrópolis”, determinando o assentamento de uma povoação e a construção de um palácio de verão, hoje Museu Imperial.
Ala 7: Colonos Franceses = Os franceses foram chegando aos poucos e se dedicaram à alimentação, à jardinagem e à confecção de peças de serralheria.
Ala 8: Colonos Italianos = Os italianos trabalharam na Companhia Petropolitana de Tecidos, formando uma comunidade com vida própria, quase independente da cidade. Atuaram também em panificação e distribuição de jornais.
Ala 9: Colonos Ingleses = Os ingleses se destacaram em hotelaria e transportes.
Ala 10 (Crianças): Povo Cosmopolita = Também merecem destaque os imigrantes suíços, belgas e libaneses, completando a formação cosmopolita do Petropolitano.
Ala 11 (Compositores): Capital do Rio de Janeiro = Significativos para a cidade foram os oito anos em que ela se transformou na capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 1893, ocorreu a Revolta Armada no Rio de Janeiro e com a capital do estado ameaçada, o governo foi transferido de Niterói para Petrópolis, em 1894.

Ala 12 (Velha Guarda): Imperador Dom Pedro II e Imperatriz Dona Teresa Cristina = Pedro II com sua Esposa Imperatriz Dona Teresa Cristina e, em consequência, toda a sua corte, passava na cidade seis meses por ano. Neste período, Petrópolis era, de fato, a capital administrativa do Império.

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