PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Das trevas,
fez-se a luz
Anjos e fadas
anunciam a criação
Flores
enfeitam e perfumam o paraíso
Como dizia o
poeta:
"Hoje o
céu esta tão lindo!
É primavera!
Te amo, meu amor!
“Trago essa
rosa para lhe dar”
Luz do sol,
aquece e faz florir
O desabrochar
de uma flor emociona, arrepia, faz delirar
Beleza na
alma, pureza do amor
Suas cores
enfeitam a "tela" do mundo, lindo arco-íris
Divina obra
do criador
Seu perfume
inebria e atrai
Zumbidos na dança
da esperança (polinização)
O pólen e
conduzido na leveza e no carinho do vento
Ventos que
sopram na memoria ancestral
Valsam as
flores
O orvalho
penetra e deflora a pureza da flor
Margaridas, gérberas,
tulipas, bem-me-quer
Cravos,
rosas, jasmim, malmequer
Orquídeas, dálias,
hortênsias, enfim
Traga
qualquer flor para mim...
"Não
corra atrás das borboletas, plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas
viram ate elas."
Magia e
beleza que encantou civilizações
Ofertada aos
deuses e cultuada em rituais sagrados
Símbolo da
beleza, do amor e da perfeição
Delicada e fugaz,
representa a brevidade da juventude
Fonte de inspiração
Filósofos e
poetas se curvaram ao seu encanto
Artistas a
retrataram em obras imortais
Flores da
primavera, girassóis
Cantos,
contos e lendas
Foram
inspiradas em sua beleza e fascinação
"Bate
outra vez com esperanças o meu coração
pois já vai
terminando o verão, enfim..."
Se o cravo
brigou com a rosa
E porque as
rosas não falam
Simplesmente
as rosas exalam
O perfume que
roubam de ti
És bela, mas
fera ao ferir com seus espinhos
Rosas brancas
Rosas
vermelhas
Cortem a cabeça!
Maravilha da natureza!
Faça amor!
Não faca a
guerra!
Presente em
qualquer estação
Nos prados,
montanhas e sertão
Até o
mandacaru, enfeita, enche de esperanças e amor
O coração de
pedra de lampião
"Flor amorosa,
compassiva, sensitiva, vem..."
"Pernas,
pra que as quero se posso voar"
E voou
enchendo de flores e cores o mundo
"Fica
sempre, um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas,
“Nas mãos que
sabem ser generosas”
Encanta,
enfeita, perfuma
Lançamento da
coleção primavera/verão
No folclore,
cantada em verso e prosa
Viva !!!
Viva São José,
São Benedito, Santo Antonio,
Santa Rita!
Viva São João!!!
Marabô, Ináe
Odo, Odoyá
Salve Iemanjá!!!
"Eu não
te prometi um mar de rosas"
Você bem
sabe...
Que nem tudo são
flores
Ha
dissabores, tristeza
Vidas
perdidas, nesse mundo de meu deus!
Valei-me
deus!
"O
destino não quis me ver como raiz
E o meu
jardim da vida
Ressecou,
morreu
Do pé que
brotou Maria
Nem margarida nasceu“
SÍNTESE
As flores
sempre estiveram presentes e acompanhando os homens durante toda a história.
Tem fascinado povos e nações durante séculos, seja pelo encanto e beleza
delicada ou até mesmo na cura de doenças. As flores estão presentes nos
versos dos poemas, nas letras das músicas, como inspiração nas artes, no
simbolismo religioso e nos dias dos seres mais amáveis e sensíveis aos valores
da vida.
1º
Setor – O INÍCIO
No início, tudo era trevas. E então,
fez-se a luz!
Surgiram os dias, da luz e as noites,
das trevas. E a cada dia, a criação foi feita em sua perfeição.
E para perfumar e ornar o paraíso, no
3º dia fez-se às flores. Anjos e fadas se encarregaram dessa tarefa multicor.
As fadas são
responsáveis pela vitalidade das flores. Elas vivem nos jardins, florestas e
montanhas e a sua missão é equilibrar as energias da natureza, trazendo o
colorido para as flores, amor e felicidade para quem possui sentimentos puros e
que respeitam a natureza. As fadas são elementais, ou espíritos da
natureza , assim como gnomos, elfos e duendes.
A Flor é o símbolo da beleza, da alma, da
pureza, do amor, da fertilidade, da natureza, da criação, da infância, da
juventude, da harmonia, da perfeição espiritual e do ciclo vital. Por vezes, a
flor é considerada o símbolo da virgindade ou da sua perda (processo chamado de
defloração).
SIGNIFICADOS
E SIMBOLOGIAS DA FLOR
As
simbologias e os significados associados à flor diferem muito de cultura para
cultura; contudo, a flor é um símbolo antigo e universal do princípio passivo,
do nascimento e do ciclo vital e, desde a antiguidade, muitas foram usadas para
a cura de muitos males e ainda nos rituais sagrados.
Quando estão
abertas, as flores simbolizam a natureza em seu maior esplendor, representando
assim, a glória e refletindo tudo que é passivo e feminino, portanto, ligadas a
beleza, a juventude, a paz, ao espírito e a primavera. Ademais, sua
beleza fugaz representa a brevidade da juventude, bem como a glória e, além
disso, dependendo de sua cor, as flores podem simbolizar uma orientação das
tendências psíquicas, por exemplo: as amarelas estão associadas ao sol, as
azuis aos sonhos, enquanto as vermelhas estão ligadas ao sangue e ao amor.
Para os
povos pré-colombianos, os Astecas e os Maias, as flores possuíam uma simbologia
sagrada e de perfeição, uma vez que os jardins repletos de flores, para eles,
representavam não somente um ornamento, mais estavam associados aos deuses e a
criação do universo.
Por sua vez,
o cristianismo associa as flores ao símbolo da perfeição e, muitas vezes, ela
surge nas passagens bíblicas representando o paraíso celestial.
Da mesma
maneira, muitas culturas orientais, associam a imagem da flor à renovação espiritual
e da evolução interior. Já nas culturas ocidentais algumas flores simbolizam a
pureza, a virgindade, a beleza e a renovação espiritual.
As flores
nos proporcionam beleza e fragrância, embelezam nossos jardins e são utilizadas
também para expressar sentimentos e valorizar celebrações.
A história
das flores faz parte da humanidade, está relacionada à religião, mitologia,
folclore de todas as nações e gerações, onde algumas flores serviram como
medicamento e até como alimento, usadas em curas e símbolos de diverso ideais.
2º
setor – FLORES PELO MUNDO
Polinização
É o ato da
transferência de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através
dos grãos de pólen (espermatozoides das plantas) que estão localizados nas
anteras de uma flor, para o receptor feminino (estigma) de outra flor (da mesma
espécie), ou para o seu próprio estigma. Pode-se dizer que a polinização é o
ato sexual das plantas espermatófitas, já que é através deste processo que o
gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecunda-lo. A transferência
de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxilio de seres
vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais. Mas os principais agentes
polinizadores são: o vento, a água e os insetos voadores, entre eles; as
abelhas e borboletas.
Abelhas
Graças ao
seu trabalho de coleta de pólen e néctar, voando de flor em flor, as
abelhas polinizam as flores e promovem a sua reprodução cruzada. Além de
permitir a reprodução das plantas, esse trabalho também resulta na produção de
frutos de melhor qualidade e maior numero de sementes. Todo esse processo
resulta na base de toda uma cadeia alimentar e entre os animais polinizadores,
nenhum é mais eficiente do que as abelhas.
Borboletas
As
borboletas são também importantes agentes polinizadores. Visitam todo tipo de
flores, especialmente as vermelhas e as brancas. Suas longas línguas
(espirotromba) lhes permitem alcançar o néctar nas flores tubulares.
Desde os
primórdios das mais antigas civilizações, que as flores exercem verdadeiro
fascínio e adoração entre os simples mortais.
A rainha
Cleópatra tinha uma paixão por tudo relacionado a Roma e sua mania de rosas foi
herdada dos seus aliados, os romanos acreditavam que ao decorar os seus túmulos
com rosas iriam apaziguar os Manes (espíritos dos mortos).
Mas era a Lótus Azul a flor tradicional
dessa região. A identidade de plantas conhecidas popularmente como “lótus”
(Nymphaera caeruleta) (Lótus Azul, Lírio Azul, Lótus Sagrado, Lótus do Nilo) é
o nome científico da espécie de planta aquática que habita as planícies
alagadas do rio Nilo. A planta é nativa do delta do Rio Nilo, onde crescia
extensamente nas planícies alagáveis e também era cultivada pelos egípcios em
corpos d’água naturais e artificiais, como em tanques irrigados nos jardins.
Indícios de flores de Lótus Azul foram encontrados espalhados sobre o corpo de
Tutancâmon, um dos faraós mais jovens e mais conhecidos do Antigo Egito. Um
retrato do jovem rei mostra uma flor de lótus azul emergindo de sua cabeça,
sendo a flor um símbolo divino, representando o olho que tudo vê. O livro
Egípcio dos Mortos menciona em seu texto que “o desejo dos faraós era
transformar-se na flor azul da água sagrada, de modo que
seu corpo possa ter novo nascimento e ascender ao céu diariamente”, o que
parece estreitamente ligado ao ciclo diário da flor, que ao amanhecer abre-se e
ao fim do dia fecha-se e submerge na água, o que para os egípcios era a
representação do “renascer”.
Cravo
O cravo
Dianthus caryophyllus, vem da junção das palavras “dios”, que significa divino
e “anthos (flor). É uma flor típica da Espanha, podendo ser encontrada em
diversas cores e matizes por todos os jardins, vias públicas da Espanha e até
em “touradas”. O cravo é cultivado há mais de 2 mil anos na região do
Mediterrâneo, apesar de sua origem desconhecida. Na Grécia Antiga, eram
utilizados para confeccionar coroas cerimoniais em homenagem aos deuses. O
cravo possui um suave perfume, historicamente, tem sido usado na fabricação de
incensos, fragrâncias e óleos perfumados. Na Idade Media, na Europa, os cravos
passaram a ser usados em cerimônias matrimoniais. Por representarem pureza e
castidade, eram associados à imagem da Virgem Maria. A tradição católica conta
que os primeiros cravos surgiram no mundo quando Maria derramou sobre a terra
suas lágrimas na crucificação de Jesus, e delas floresceram cravos. As flores
passaram a ser tradicionais na composição de guirlandas, grinaldas e buquês de
noivas. Dessa tradição, permaneceu o costume dos noivos utilizarem um cravo
branco para decorar a lapela do terno ou fraque, do lado esquerdo.
Flor
de Cerejeira
A flor de
Cerejeira que significa a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade, a
renovação e a esperança, é uma flor de origem asiática, conhecida como
“Sakura”, e é a flor nacional do Japão. O inicio da floração das cerejeiras
marca o fim do inverno e a chegada da primavera. São aguardadas com ansiedade
pelos japoneses, que organizam em todo o país, diversas festividades em torno
do “Hanami” (ato de contemplação das cerejeiras em flor, que deixam a paisagem
deslumbrante.
Ikebana
O Ikebana é a arte japonesa dos arranjos
florais, que carrega um simbolismo associado à flor uma vez que no Japão ela
representa a perfeição, o ciclo vital e o equilíbrio. Dessa forma, o arranjo
floral segue um esquema: o ramo superior simboliza o céu, o médio simboliza o
homem e, por fim o inferior simboliza a terra, formando, assim, a ordem cósmica
e a tríade universal representada pelo homem como um mediador entre o céu e a
terra.
Vitória-régia
A lenda da Vitória-régia é uma lenda
brasileira de origem indígena tupi-guarani.
Há muitos
anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (jaci, para os índios) era
uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais
belas índias da aldeia – as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás
das montanhas, levava para si a moças de sua preferência e as transformava em
estrelas do firmamento. Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá,
vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que
seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois do seu
encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne,
tornando-se luz – viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria
porque queria ser levada pela lua. À noite, perambulava pelas montanhas atrás
dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia
definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada.
Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito. Um dia, tendo parado
para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa
amada, a lua, refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho lançou-se ao fundo e
se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem
índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que
brilham no céu. Transformou-a então numa “Estrela das Águas”, única e perfeita,
que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores
perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.
O
Ipê amarelo – A flor símbolo do Brasil
É a árvore
brasileira mais conhecida, mais cultivada e, para a maioria dos brasileiros; a
mais bela, por tudo isso se tornou a árvore símbolo do Brasil! Não há região do
pais onde não exista pelo menos uma espécie dele. Mas, na verdade, o Ipê
compreende um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou
menos semelhantes; com flores brancas, amarelas, rosas ou roxas.
Margaridas
- Sentido: Inocência
Origem - na França, durante a idade média no ano
250, São Dionísio, então Bispo de Paris, foi martirizado, tendo a cabeça
decepada por pagãos. Reza a lenda que seu corpo levantou-se, apanhou a cabeça e
andou por vários quilômetros, até tombar no norte de Paris. No local, teriam
nascido margaridas. A flor virou, então, símbolo do martírio inocente.
3º
Setor – FLOR COMO INSPIRAÇÃO NA MÚSICA, LITERATURA E CINEMA
Orquídea
Orquídea -
Supõe-se que a história da cultura das orquídeas tenha começado no extremo
oriente, sobretudo no Japão e na china, há cerca de 3.000/4.000 anos.
Entretanto, não se sabe quando ela passou a ser cultivado pelo homem e nem se
este cultivo foi motivado por razões estéticas ou apenas medicinais.
Beija-flor
Um dos mais
lindos polinizadores da natureza, dos maiores, 21 cm, ao menorzinho de 9,1 cm,
pesando apenas 1,8g, deslizam sua graça e beleza ao sabor do vento e levam, o
pólen de uma flor a outra. De todas as cores, e que, ainda por cima, mudam com
a refração da luz. De todos os bicos, para os mais diferentes misteres: curvo
para flores curvas, compridos para flores compridas e curtos para as miúdas.
Esse é o
beija-flor, bichinho que se tornou símbolo do Espírito Santo através do
cientista capixaba Augusto Ruschi.
Em mais de
sete mil anos da história, as flores conseguiram tornar-se ao mesmo tempo
símbolo de Deus e sexo, amor e morte, paz e loucura.
A flor mais
popular é a Rosa e o seu nome é derivado do latim, os chineses do século V a.c.
extraiam óleo de rosas cultivadas no jardim do imperador, mas só poderia ser
utilizado pelos nobres e dignitários do tribunal. Se um plebeu fosse encontrado
na posse desse óleo, era condenado à morte.
Rosas já
eram cultivadas na mesopotâmia, às margens do rio Tigre, por volta de 5.000
a.C. O plantio do lírio surgiu depois: o documento mais antigo preservado sobre
ele, encontrado na ilha de Creta é de 1850 a.C. Na China da época de Confúcio,
uns 600 anos antes de Cristo, a paixão pelo cultivo de flores estava tão
disseminada que o imperador da China possuía em sua biblioteca, mais de 600
obras sobre o assunto. Surgiram a tiracolo superstições a respeito da flor. No
Japão medieval, por exemplo, o crisântemo era tido como teste de fidelidade. Um
homem dava um ramalhete à pretendente: se os botões da flor não abrissem, era
sinal de que a jovem era estéril.
Poetas como Petrarca e Shakespeare escreveram
versos memoráveis tendo-as como tema. Nas religiões, estão nos ritos e tradições
de quase todas as civilizações, com exceção de algumas tribos africanas, em
regiões inóspitas. Para a psiquiatria, a indiferença em relação a elas é um
sintoma claro de depressão clínica. Na Broadway, nos EUA, serviu como
inspiração para os maiores musicais, entre eles, Cinderela, Fantasma da Ópera e
A Bela e a Fera.
A rosa não
teve a princípio uma carreira muito fácil na Europa da idade Média, Os
primeiros cristãos viam nela um símbolo pagão greco-romano, uma lembrança das
farras monumentais da elite de Roma - as gastronômicas e as sexuais.
Curiosamente, a aceitação da rosa na vida cristã se deu com o crescente papel
de Virgem Maria na religião à partir do século IV, após muitos embates entre os
teólogos - que costumavam menosprezar a importância da mãe de Jesus no
Cristianismo. Foi só depois que Maria ganhou o título de intercessora entre
Deus e o fiel, que a rosa teve um lugar de honra nos altares e cortejos,
funcionando como um símbolo da mãe de Jesus. O termo “Rosa Mística” foi cunhado,
aliás, para descrever Maria.
Na literatura, várias obras foram
concebidas tendo as flores como seu viés condutor.
Apesar da
influência mística, o homem medieval não era lá muito chegado à jardinagem, e a
Europa só foi redescobrir plenamente a paixão estética pela flor e pelo jardim
no século 16. Em 1554, um embaixador austríaco descobriu em Istambul, na
Turquia, a flor que iria enlouquecer os europeus: a tulipa. Ela foi levada para
o jardim botânico imperial de Viena. Os austríacos eram tão ciumentos de sua descoberta
que ela acabou despertando a cobiça do resto da Europa. Certa noite, em 1593,
uma quantidade considerável de mudas de tulipa de um famoso jardineiro
austríaco, Karl Clusius, foi roubada por espertos comerciantes da
Holanda. O fascínio holandês pelas tulipas começou ai, num ousado roubo.
Ainda em
Istambul em 1718, impressionada com os conhecimentos dos turcos sobre flores, a
esposa de um embaixador inglês, Lady Mary Wortley, escreveu “A linguagem
secreta das flores”. Com esse livro, nasceu um subgênero literário, por assim
dizer, o do código secreto da etiqueta das flores (o que cada flor significa -
uma proposta de casamento ou a renovação de laços de amizade).
No século XIIV, a Holanda testemunhou uma
verdadeira febre da Tulipa. Entre 1634 e 1637 essas flores chegaram a valer
tanto que muitos cidadãos holandeses hipotecaram suas casas e investiram sua
poupança na compra de ações representando tulipas em floração. A tulipa 100%
negra, ao que se sabe, nunca existiu, mas virou mito quando Alexandre Dumas
escreveu A Tulipa Negra, em 1850. Existem tulipas cujas pétalas são retintas e
quase inteiramente pretas, como é o caso da famosa Rainha da Noite.
A
Tulipa Negra – livro de Alexandre Dumas – 1850
Romance
de Alexandre Dumas, autor de “Os mosqueteiros”.
A ação se
passa na Holanda, no século XVII, mais precisamente entre o início de 1672 e 15
de Maio de 1673. Injustamente acusado de traição, Cornélius Van Baerle, médico
e cultivador de tulipas, é preso, apaixonando-se por rosa, a bela filha do
carcereiro. Esse amor quase impossível se entrelaça com outro feito também
quase impossível – a produção de uma tulipa negra, desafio proposto pela
Associação Hortícola de Haarlem, com o vultuoso prêmio de cem mil
Florins. Dumas entrelaça fatos históricos (como o assassinato dos irmãos
De Witt e a especulação econômica em torno da tulipa), com uma história de amor
e aventura. E quantas aventuras e reviravoltas ele consegue imaginar em torno do
dia-a-dia de um prisioneiro.
Flower
Power: o poder das flores na filosofia Hippie nos anos 60 e 70
Em meados
dos anos 60, o jazz já não era mais como no fim dos anos 40 e 50. Estava
perdendo a força. O grande público estava de cara nova, com ideais novos,
influenciados pelo que passava ao redor do mundo, em especial nos EUA. Guerras,
entre elas, ideológicas e culturais, estouravam à todo momento. À medida
que a situação fervia, grupos encabeçados por jovens idealistas, criavam
canções para falar da paz, da natureza e da proliferação libertária, seja de
expressão, amor, sexo ou comportamento.
O rock surge
como novidade e como tendência fazendo com que grupos criassem o que ficou
conhecido como o “Verão do Amor”, um psicodélico e efervescente comportamento
gestual, carismático e alucinógeno. São Francisco (EUA) se tornou o berço de
bandas que comandaram a popularidade do rock e a essência da vida libertária
(“...se você estiver indo a São Francisco/Não se
esqueça de colocar flores nos seus cabelos... Mesmo que custe uns minutinhos a
mais na frente do espelho: coloque flores em você...”) Varias bandas de rock
surgiram e aderiram a esse movimento, que fizeram com que o sentido e a
essência do rock fossem realmente percebidos. Daí o emergente movimento chamado
(FLOWER POWER – a Força das Flores – como slogan usado pelos Hippies dos anos
60 até começo dos anos 70, como símbolo da ideologia da não violência e de
repudio Guerra do Vietnã). Em 1969, nasceu o maior e o mais essencial movimento
de todos os tempos, em termos de pluralidade e diversidade cultural – o
Festival de Woodstock – com o slogan – “FAÇA AMOR E NÃO FAÇA A GUERRA”.
Na música, vários autores se
inspiraram nas flores para criar verdadeiras obras-primas, e a rosa foi uma das
mais cantadas em versos e prosas!
Valsa
das Flores - 1892
É uma peça de música de orquestra a partir do
segundo ato de O Quebra-Nozes, um balé composto por Tchaikovsky. Foi estreado
em 18 de Dezembro de 1892, no teatro Mariinsky, em St Petersburg, então a
capital da Russia imperial. Um ballet mundialmente conhecido e que devido a sua
temática é tradicionalmente encenado na época do Natal.
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