domingo, 9 de julho de 2017

GRES UNIDOS DA PIEDADE (VITÓRIA/ES)

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES


Das trevas, fez-se a luz
Anjos e fadas anunciam a criação
Flores enfeitam e perfumam o paraíso
Como dizia o poeta:
"Hoje o céu esta tão lindo!
É primavera! Te amo, meu amor!
“Trago essa rosa para lhe dar”
Luz do sol, aquece e faz florir
O desabrochar de uma flor emociona, arrepia, faz delirar
Beleza na alma, pureza do amor
Suas cores enfeitam a "tela" do mundo, lindo arco-íris
Divina obra do criador
Seu perfume inebria e atrai
Zumbidos na dança da esperança (polinização)
O pólen e conduzido na leveza e no carinho do vento
Ventos que sopram na memoria ancestral
Valsam as flores
O orvalho penetra e deflora a pureza da flor
Margaridas, gérberas, tulipas, bem-me-quer
Cravos, rosas, jasmim, malmequer
Orquídeas, dálias, hortênsias, enfim
Traga qualquer flor para mim...
"Não corra atrás das borboletas, plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas viram ate elas."
Magia e beleza que encantou civilizações
Ofertada aos deuses e cultuada em rituais sagrados
Símbolo da beleza, do amor e da perfeição
Delicada e fugaz, representa a brevidade da juventude
Fonte de inspiração
Filósofos e poetas se curvaram ao seu encanto
Artistas a retrataram em obras imortais
Flores da primavera, girassóis
Cantos, contos e lendas 
Foram inspiradas em sua beleza e fascinação
"Bate outra vez com esperanças o meu coração
pois já vai terminando o verão, enfim..."
Se o cravo brigou com a rosa
E porque as rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti
És bela, mas fera ao ferir com seus espinhos
Rosas brancas
Rosas vermelhas
Cortem a cabeça!
Maravilha da natureza!
Faça amor!
Não faca a guerra!
Presente em qualquer estação
Nos prados, montanhas e sertão
Até o mandacaru, enfeita, enche de esperanças e amor
O coração de pedra de lampião
"Flor amorosa, compassiva, sensitiva, vem..."
"Pernas, pra que as quero se posso voar"
E voou enchendo de flores e cores o mundo
"Fica sempre, um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas, 
“Nas mãos que sabem ser generosas”
Encanta, enfeita, perfuma
Lançamento da coleção primavera/verão
No folclore, cantada em verso e prosa
Viva !!! 
Viva São José, São Benedito, Santo Antonio,
Santa Rita!
Viva São João!!!
Marabô, Ináe
Odo, Odoyá
Salve Iemanjá!!!
"Eu não te prometi um mar de rosas"
Você bem sabe...
Que nem tudo são flores
Ha dissabores, tristeza
Vidas perdidas, nesse mundo de meu deus!
Valei-me deus!
"O destino não quis me ver como raiz
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu“

SÍNTESE
As flores sempre estiveram presentes e acompanhando os homens durante toda a história. Tem fascinado povos e nações durante séculos, seja pelo encanto e beleza delicada ou até mesmo na cura de doenças.  As flores estão presentes nos versos dos poemas, nas letras das músicas, como inspiração nas artes, no simbolismo religioso e nos dias dos seres mais amáveis e sensíveis aos valores da vida.

1º Setor – O INÍCIO

No início, tudo era trevas. E então, fez-se a luz!
Surgiram os dias, da luz e as noites, das trevas. E a cada dia, a criação foi feita em sua perfeição.
E para perfumar e ornar o paraíso, no 3º dia fez-se às flores. Anjos e fadas se encarregaram dessa tarefa multicor.
As fadas são responsáveis pela vitalidade das flores. Elas vivem nos jardins, florestas e montanhas e a sua missão é equilibrar as energias da natureza, trazendo o colorido para as flores, amor e felicidade para quem possui sentimentos puros e que respeitam a natureza. As fadas são elementais, ou espíritos da natureza , assim como gnomos, elfos e duendes.
A Flor é o símbolo da beleza, da alma, da pureza, do amor, da fertilidade, da natureza, da criação, da infância, da juventude, da harmonia, da perfeição espiritual e do ciclo vital. Por vezes, a flor é considerada o símbolo da virgindade ou da sua perda (processo chamado de defloração).

SIGNIFICADOS E SIMBOLOGIAS DA FLOR

As simbologias e os significados associados à flor diferem muito de cultura para cultura; contudo, a flor é um símbolo antigo e universal do princípio passivo, do nascimento e do ciclo vital e, desde a antiguidade, muitas foram usadas para a cura de muitos males e ainda nos rituais sagrados.
Quando estão abertas, as flores simbolizam a natureza em seu maior esplendor, representando assim, a glória e refletindo tudo que é passivo e feminino, portanto, ligadas a beleza, a juventude, a paz, ao espírito e a primavera.  Ademais, sua beleza fugaz representa a brevidade da juventude, bem como a glória e, além disso, dependendo de sua cor, as flores podem simbolizar uma orientação das tendências psíquicas, por exemplo: as amarelas estão associadas ao sol, as azuis aos sonhos, enquanto as vermelhas estão ligadas ao sangue e ao amor.
Para os povos pré-colombianos, os Astecas e os Maias, as flores possuíam uma simbologia sagrada e de perfeição, uma vez que os jardins repletos de flores, para eles, representavam não somente um ornamento, mais estavam associados aos deuses e a criação do universo.
Por sua vez, o cristianismo associa as flores ao símbolo da perfeição e, muitas vezes, ela surge nas passagens bíblicas representando o paraíso celestial.
Da mesma maneira, muitas culturas orientais, associam a imagem da flor à renovação espiritual e da evolução interior. Já nas culturas ocidentais algumas flores simbolizam a pureza, a virgindade, a beleza e a renovação espiritual.

As flores nos proporcionam beleza e fragrância, embelezam nossos jardins e são utilizadas também para expressar sentimentos e valorizar celebrações.

A história das flores faz parte da humanidade, está relacionada à religião, mitologia, folclore de todas as nações e gerações, onde algumas flores serviram como medicamento e até como alimento, usadas em curas e símbolos de diverso ideais.

2º setor – FLORES PELO MUNDO
Polinização
É o ato da transferência de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através dos grãos de pólen (espermatozoides das plantas) que estão localizados nas anteras de uma flor, para o receptor feminino (estigma) de outra flor (da mesma espécie), ou para o seu próprio estigma. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das plantas espermatófitas, já que é através deste processo que o gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecunda-lo. A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxilio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais. Mas os principais agentes polinizadores são: o vento, a água e os insetos voadores, entre eles; as abelhas e borboletas.
Abelhas
Graças ao seu trabalho de coleta de pólen e néctar, voando de flor em flor, as abelhas  polinizam as flores e promovem a sua reprodução cruzada. Além de permitir a reprodução das plantas, esse trabalho também resulta na produção de frutos de melhor qualidade e maior numero de sementes. Todo esse processo resulta na base de toda uma cadeia alimentar e entre os animais polinizadores, nenhum é mais eficiente do que as abelhas.
Borboletas
As borboletas são também importantes agentes polinizadores. Visitam todo tipo de flores, especialmente as vermelhas e as brancas. Suas longas línguas (espirotromba) lhes permitem alcançar o néctar nas flores tubulares.
Desde os primórdios das mais antigas civilizações, que as flores exercem verdadeiro fascínio e adoração entre os simples mortais.
A rainha Cleópatra tinha uma paixão por tudo relacionado a Roma e sua mania de rosas foi herdada dos seus aliados, os romanos acreditavam que ao decorar os seus túmulos com rosas iriam apaziguar os Manes (espíritos dos mortos).
Mas era a Lótus Azul a flor tradicional dessa região. A identidade de plantas conhecidas popularmente como “lótus” (Nymphaera caeruleta) (Lótus Azul, Lírio Azul, Lótus Sagrado, Lótus do Nilo) é o nome científico da espécie de planta aquática que habita as planícies alagadas do rio Nilo. A planta é nativa do delta do Rio Nilo, onde crescia extensamente nas planícies alagáveis e também era cultivada pelos egípcios em corpos d’água naturais e artificiais, como em tanques irrigados nos jardins. Indícios de flores de Lótus Azul foram encontrados espalhados sobre o corpo de Tutancâmon, um dos faraós mais jovens e mais conhecidos do Antigo Egito. Um retrato do jovem rei mostra uma flor de lótus azul emergindo de sua cabeça, sendo a flor um símbolo divino, representando o olho que tudo vê. O livro Egípcio dos Mortos menciona em seu texto que “o desejo dos faraós era transformar-se na flor azul da água sagrada, de modo que seu corpo possa ter novo nascimento e ascender ao céu diariamente”, o que parece estreitamente ligado ao ciclo diário da flor, que ao amanhecer abre-se e ao fim do dia fecha-se e submerge na água, o que para os egípcios era a representação do “renascer”.  
Cravo
O cravo Dianthus caryophyllus, vem da junção das palavras “dios”, que significa divino e “anthos (flor). É uma flor típica da Espanha, podendo ser encontrada em diversas cores e matizes por todos os jardins, vias públicas da Espanha e até em “touradas”. O cravo é cultivado há mais de 2 mil anos na região do Mediterrâneo, apesar de sua origem desconhecida. Na Grécia Antiga, eram utilizados para confeccionar coroas cerimoniais em homenagem aos deuses. O cravo possui um suave perfume, historicamente, tem sido usado na fabricação de incensos, fragrâncias e óleos perfumados. Na Idade Media, na Europa, os cravos passaram a ser usados em cerimônias matrimoniais. Por representarem pureza e castidade, eram associados à imagem da Virgem Maria. A tradição católica conta que os primeiros cravos surgiram no mundo quando Maria derramou sobre a terra suas lágrimas na crucificação de Jesus, e delas floresceram cravos. As flores passaram a ser tradicionais na composição de guirlandas, grinaldas e buquês de noivas. Dessa tradição, permaneceu o costume dos noivos utilizarem um cravo branco para decorar a lapela do terno ou fraque, do lado esquerdo.
Flor de Cerejeira
A flor de Cerejeira que significa a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança, é uma flor de origem asiática, conhecida como “Sakura”, e é a flor nacional do Japão. O inicio da floração das cerejeiras marca o fim do inverno e a chegada da primavera. São aguardadas com ansiedade pelos japoneses, que organizam em todo o país, diversas festividades em torno do “Hanami” (ato de contemplação das cerejeiras em flor, que deixam a paisagem deslumbrante.
Ikebana
O Ikebana é a arte japonesa dos arranjos florais, que carrega um simbolismo associado à flor uma vez que no Japão ela representa a perfeição, o ciclo vital e o equilíbrio. Dessa forma, o arranjo floral segue um esquema: o ramo superior simboliza o céu, o médio simboliza o homem e, por fim o inferior simboliza a terra, formando, assim, a ordem cósmica e a tríade universal representada pelo homem como um mediador entre o céu e a terra.
Vitória-régia
A lenda da Vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.
Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas índias da aldeia – as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si a moças de sua preferência e as transformava em estrelas do firmamento. Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois do seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz – viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, perambulava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito. Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada, a lua, refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa “Estrela das Águas”, única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.
O Ipê amarelo – A flor símbolo do Brasil
É a árvore brasileira mais conhecida, mais cultivada e, para a maioria dos brasileiros; a mais bela, por tudo isso se tornou a árvore símbolo do Brasil! Não há região do pais onde não exista pelo menos uma espécie dele. Mas, na verdade, o Ipê compreende um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou menos semelhantes; com flores brancas, amarelas, rosas ou roxas.
Margaridas - Sentido: Inocência
Origem - na França, durante a idade média no ano 250, São Dionísio, então Bispo de Paris, foi martirizado, tendo a cabeça decepada por pagãos. Reza a lenda que seu corpo levantou-se, apanhou a cabeça e andou por vários quilômetros, até tombar no norte de Paris. No local, teriam nascido margaridas. A flor virou, então, símbolo do martírio inocente.

3º Setor – FLOR COMO INSPIRAÇÃO NA MÚSICA, LITERATURA E CINEMA
Orquídea
Orquídea - Supõe-se que a história da cultura das orquídeas tenha começado no extremo oriente, sobretudo no Japão e na china, há cerca de 3.000/4.000 anos. Entretanto, não se sabe quando ela passou a ser cultivado pelo homem e nem se este cultivo foi motivado por razões estéticas ou apenas medicinais.
Beija-flor
Um dos mais lindos polinizadores da natureza, dos maiores, 21 cm, ao menorzinho de 9,1 cm, pesando apenas 1,8g, deslizam sua graça e beleza ao sabor do vento e levam, o pólen de uma flor a outra. De todas as cores, e que, ainda por cima, mudam com a refração da luz. De todos os bicos, para os mais diferentes misteres: curvo para flores curvas, compridos para flores compridas e curtos para as miúdas.
Esse é o beija-flor, bichinho que se tornou símbolo do Espírito Santo através do cientista capixaba Augusto Ruschi.
Em mais de sete mil anos da história, as flores conseguiram tornar-se ao mesmo tempo símbolo de Deus e sexo, amor e morte, paz e loucura.
A flor mais popular é a Rosa e o seu nome é derivado do latim, os chineses do século V a.c. extraiam óleo de rosas cultivadas no jardim do imperador, mas só poderia ser utilizado pelos nobres e dignitários do tribunal. Se um plebeu fosse encontrado na posse desse óleo, era condenado à morte.
Rosas já eram cultivadas na mesopotâmia, às margens do rio Tigre, por volta de 5.000 a.C. O plantio do lírio surgiu depois: o documento mais antigo preservado sobre ele, encontrado na ilha de Creta é de 1850 a.C. Na China da época de Confúcio, uns 600 anos antes de Cristo, a paixão pelo cultivo de flores estava tão disseminada que o imperador da China possuía em sua biblioteca, mais de 600 obras sobre o assunto. Surgiram a tiracolo superstições a respeito da flor. No Japão medieval, por exemplo, o crisântemo era tido como teste de fidelidade. Um homem dava um ramalhete à pretendente: se os botões da flor não abrissem, era sinal de que a jovem era estéril.
Poetas como Petrarca e Shakespeare escreveram versos memoráveis tendo-as como tema. Nas religiões, estão nos ritos e tradições de quase todas as civilizações, com exceção de algumas tribos africanas, em regiões inóspitas. Para a psiquiatria, a indiferença em relação a elas é um sintoma claro de depressão clínica. Na Broadway, nos EUA, serviu como inspiração para os maiores musicais, entre eles, Cinderela, Fantasma da Ópera e A Bela e a Fera.
A rosa não teve a princípio uma carreira muito fácil na Europa da idade Média, Os primeiros cristãos viam nela um símbolo pagão greco-romano, uma lembrança das farras monumentais da elite de Roma - as gastronômicas e as sexuais. Curiosamente, a aceitação da rosa na vida cristã se deu com o crescente papel de Virgem Maria na religião à partir do século IV, após muitos embates entre os teólogos - que costumavam menosprezar a importância da mãe de Jesus no Cristianismo. Foi só depois que Maria ganhou o título de intercessora entre Deus e o fiel, que a rosa teve um lugar de honra nos altares e cortejos, funcionando como um símbolo da mãe de Jesus. O termo “Rosa Mística” foi cunhado, aliás, para descrever Maria.
Na literatura, várias obras foram concebidas tendo as flores como seu viés condutor.
Apesar da influência mística, o homem medieval não era lá muito chegado à jardinagem, e a Europa só foi redescobrir plenamente a paixão estética pela flor e pelo jardim no século 16. Em 1554, um embaixador austríaco descobriu em Istambul, na Turquia, a flor que iria enlouquecer os europeus: a tulipa. Ela foi levada para o jardim botânico imperial de Viena. Os austríacos eram tão ciumentos de sua descoberta que ela acabou despertando a cobiça do resto da Europa. Certa noite, em 1593, uma quantidade considerável de mudas de tulipa de um famoso jardineiro austríaco, Karl Clusius, foi roubada por espertos comerciantes da Holanda.  O fascínio holandês pelas tulipas começou ai, num ousado roubo.
Ainda em Istambul em 1718, impressionada com os conhecimentos dos turcos sobre flores, a esposa de um embaixador inglês, Lady Mary Wortley, escreveu “A linguagem secreta das flores”. Com esse livro, nasceu um subgênero literário, por assim dizer, o do código secreto da etiqueta das flores (o que cada flor significa - uma proposta de casamento ou a renovação de laços de amizade).
No século XIIV, a Holanda testemunhou uma verdadeira febre da Tulipa. Entre 1634 e 1637 essas flores chegaram a valer tanto que muitos cidadãos holandeses hipotecaram suas casas e investiram sua poupança na compra de ações representando tulipas em floração. A tulipa 100% negra, ao que se sabe, nunca existiu, mas virou mito quando Alexandre Dumas escreveu A Tulipa Negra, em 1850. Existem tulipas cujas pétalas são retintas e quase inteiramente pretas, como é o caso da famosa Rainha da Noite.
A Tulipa Negra – livro de Alexandre Dumas – 1850
Romance de Alexandre Dumas, autor de “Os mosqueteiros”.
A ação se passa na Holanda, no século XVII, mais precisamente entre o início de 1672 e 15 de Maio de 1673. Injustamente acusado de traição, Cornélius Van Baerle, médico e cultivador de tulipas, é preso, apaixonando-se por rosa, a bela filha do carcereiro. Esse amor quase impossível se entrelaça com outro feito também quase impossível – a produção de uma tulipa negra, desafio proposto pela Associação Hortícola de Haarlem, com o vultuoso prêmio de cem mil Florins.  Dumas entrelaça fatos históricos (como o assassinato dos irmãos De Witt e a especulação econômica em torno da tulipa), com uma história de amor e aventura. E quantas aventuras e reviravoltas ele consegue imaginar em torno do dia-a-dia de um prisioneiro.
Flower Power: o poder das flores na filosofia Hippie nos anos 60 e 70
Em meados dos anos 60, o jazz já não era mais como no fim dos anos 40 e 50. Estava perdendo a força. O grande público estava de cara nova, com ideais novos, influenciados pelo que passava ao redor do mundo, em especial nos EUA. Guerras, entre elas, ideológicas e culturais, estouravam à todo momento.  À medida que a situação fervia, grupos encabeçados por jovens idealistas, criavam canções para falar da paz, da natureza e da proliferação libertária, seja de expressão, amor, sexo ou comportamento.
O rock surge como novidade e como tendência fazendo com que grupos criassem o que ficou conhecido como o “Verão do Amor”, um psicodélico e efervescente comportamento gestual, carismático e alucinógeno. São Francisco (EUA) se tornou o berço de bandas que comandaram a popularidade do rock e a essência da vida libertária
(“...se você estiver indo a São Francisco/Não se esqueça de colocar flores nos seus cabelos... Mesmo que custe uns minutinhos a mais na frente do espelho: coloque flores em você...”) Varias bandas de rock surgiram e aderiram a esse movimento, que fizeram com que o sentido e a essência do rock fossem realmente percebidos. Daí o emergente movimento chamado (FLOWER POWER – a Força das Flores – como slogan usado pelos Hippies dos anos 60 até começo dos anos 70, como símbolo da ideologia da não violência e de repudio Guerra do Vietnã). Em 1969, nasceu o maior e o mais essencial movimento de todos os tempos, em termos de pluralidade e diversidade cultural – o Festival de Woodstock – com o slogan – “FAÇA AMOR E NÃO FAÇA A GUERRA”.
Na música, vários autores se inspiraram nas flores para criar verdadeiras obras-primas, e a rosa foi uma das mais cantadas em versos e prosas!
Valsa das Flores - 1892
É uma peça de música de orquestra a partir do segundo ato de O Quebra-Nozes, um balé composto por Tchaikovsky. Foi estreado em 18 de Dezembro de 1892, no teatro Mariinsky, em St Petersburg, então a capital da Russia imperial. Um ballet mundialmente conhecido e que devido a sua temática é tradicionalmente encenado na época do Natal.

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