Unidos do Morro do Céu – Carnaval 2013
Enredo: “Treze...Sorte ou Azar?”
Sinopse: José Roberto Queiroz e Vandrei Bion
Introdução
Além de nós, do alcance das nossas mãos, e de onde não mais nos conduzirão nossos pés, há uma alquimia cósmica e divina, que nos permite evoluir bem mais acelerados; que nos faz mudar de situação e de concepção; e ainda que, mesmo que de modo inconsciente, intervir ou influir nos nossos destinos e no todo.
E assim, para que cheguemos lá, buscando-se sempre dispor dos melhores atalhos ou caminhos, precisaremos nos motivar na crença e na confiança, além dos nossos esforços e desempenho, das nossas potencialidades, dos nossos conhecimentos, mas, sobre tudo, na nossa intuição.
Descobre-se aqui que estamos assim vulneráveis, e inevitavelmente susceptíveis a ignotos feixes de energias, que são aspergidas sobre nós através do cosmos, das suas mutações, e que nos permitirão acontecer essas coisas da sorte ou do azar.
Você pode até optar por escolher a sua direção e planejar o seu caminho, decidir por quanto tempo caminhar e estabelecer o seu ritmo para o deslocamento. Mas, caso não tenha a percepção e habilidade para bem lidar com suas convicções e intuições, não terá jamais em seus olhos o soprar da sorte e a condição de chegar, e então será sucumbido pelos dedos do azar.
- Os maias vivenciaram bem mais que seu árduo caminhar, e buscavam do universo galáctico de Deus, treze fluxos das energias da criação, matizes, que lhes iluminaram de compreensão a vida.
- A energia da história Divina também se revela pelo número treze. Doze apóstolos, acrescidos do próprio filho de Deus, o décimo terceiro, conjugam a história do amor de Deus para com suas criaturas.
- São também treze as grandes articulações do nosso corpo (seis do lado esquerdo e seis do lado direito, mais a que comanda os movimentos da cabeça).
- E treze é também o número de sorte ou de azar, a décima terceira carta do tarô – que representa a morte.
Assim, pelo modo que é concebido dentre crentes, numerólogos e místicos, acaba invadindo principalmente o campo dos jogos, nas apostas e no futebol, ou servindo de motivo para invocar ou justificar infortúnios, sendo para alguns, presságios da sorte e, para outros, presságios do azar e até da morte.
Então, não é o treze apenas um número de sorte ou de azar, mais sim um divisor de águas... Está nele a essência e a magia que te permitirá induzir a modificação do teu destino... Mas é você quem deverá decidir se isso acontecerá para melhor ou para pior.
Podemos elencar aqui várias formas de exaltação e desprezo ao número treze, objeto deste enredo. Pelo lado da sorte, no âmbito da superstição, ele pode estar relacionado a alguns elementos que se traduzem também em proteção: trevo da sorte, estrela da sorte, ferradura na porta, borboleta no jogo do bicho, jogos em geral, cartas, amuletos, pé de coelho, energia, mandalas, pimenta, símbolo do olho grego, etc.
No aspecto negativo, várias situações representam o lado ruim da sorte, portanto, o azar: evitar passar embaixo da escada, vidro quebrado, gato preto, 13ª carta do Tarô (Morte), sexta-feira 13, etc.
Neste contexto, não podemos deixar de lembrar que nos Estados Unidos e no Japão não existe o andar 13 nos elevadores dos prédios. Nas poltrona de teatros também inexiste o treze. Na Fórmula 1, não há carro com o número 13.
Mas também podemos aqui registrar que a Loteria Esportiva é composta por 13 jogos.
Acontecimentos na história
Em 1813, portanto há 200 anos, A Família Real Portuguesa estava no Rio de Janeiro que se transformou à época em Capital do Reino de Portugal. Mas o mais interessante é que esta condição de sede do Governo Português durou 13 anos: de 1808, quando a família chegou ao Rio, até 1821. Em 1822, ocorria a Independência do Brasil.
Em 1913, há 100 anos, alguns acontecimentos importantes marcaram a época. No Brasil, os Correios passam a entregar as encomendas postais. A Receita Federal cria o Imposto de Renda. É fundado também o Instituto Nacional de Artes e Letras. Nasciam dois personagens da cultura e da literatura brasileira: Jamelão (Eterno intérprete da Mangueira) e Vinícius de Moraes (o grande poeta e jornalista).
Na Europa, Adolphe Pégoud realiza o primeiro salto de paraquedas. Na França é recuperada a imagem de Monalisa que é devolvida ao Museu do Louvre de onde foi roubada em 1911.
Também em 1913, o humorista Charles Chaplin torna-se conhecido mundialmente através do cinema mudo. Chaplin muda-se neste ano de Londres (onde nasceu) para os Estados Unidos onde vira o grande artista da produtora Keystone Pictures Studio.
Conclusão
É importante explicar que o número 13 não indica o fim, mas sim a transformação e o renascimento. No judaísmo, 13 é a idade da maturidade para os meninos. As pessoas nascidas em um dia 13 são capazes de transformar radicalmente as suas vidas e o ambiente onde vivem.
No caso em questão, em 2013, nossa avenida do samba estará adornada desses feixes de magias, as mesmas que alavancaram os grandes e bons acontecimentos nos séculos XIII ou nos anos de 1813, e de 1913, e que irão, por essa aglutinação de bons presságios, fecundar nosso Unidos do Morro do Céu, a partir do treze, que agora significa bom início, para um magnânimo, sensacional, glamouroso e vitorioso desfile.
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