"Um
banho de mar a fantasia”
"Sou
água! Tal como ela, fluo e inundo...
Há bilhões de anos, do espaço sideral, viajei "a bordo de cometas" e venci os desafios de um planeta em formação. Espalhei-me sobre a superfície da Terra, entre derramamentos de lava e erupções, ao surgimento da vida.
Como "na natureza, nada se cria, nada se perde e tudo se transforma", deságuo, evaporo, e da Terra novamente broto: "às vezes lagoa, outras tantas ribeirão, às vezes chuva fina, outras tantas tempestades com trovão...". E sigo faustiano, como cachoeira, contornando os obstáculos, a caminho do oceano.
Há bilhões de anos, do espaço sideral, viajei "a bordo de cometas" e venci os desafios de um planeta em formação. Espalhei-me sobre a superfície da Terra, entre derramamentos de lava e erupções, ao surgimento da vida.
Como "na natureza, nada se cria, nada se perde e tudo se transforma", deságuo, evaporo, e da Terra novamente broto: "às vezes lagoa, outras tantas ribeirão, às vezes chuva fina, outras tantas tempestades com trovão...". E sigo faustiano, como cachoeira, contornando os obstáculos, a caminho do oceano.
Para
além do universo, irrigo a imaginação do homem com fantasias e lendas...
Bravos navegantes cruzam a barreira das imensas águas salgadas e aventuram-se sobre minhas costas...deslizando suas caravelas em busca de um destino além-mar.
Entre o bem e o mal navega um mar de significados, que povoam o "mundo aquático" com luxuosos reinos submersos na imensidão do Oceano Atlântico.
Do tenebroso mar governado por Netuno - o deus dos mares - os ávidos europeus trazem os "seres mitológicos" para o Novo Mundo e se deslumbram com o paraíso de águas fartas e límpidas protegidas por uma gente avermelhada.
Bravos navegantes cruzam a barreira das imensas águas salgadas e aventuram-se sobre minhas costas...deslizando suas caravelas em busca de um destino além-mar.
Entre o bem e o mal navega um mar de significados, que povoam o "mundo aquático" com luxuosos reinos submersos na imensidão do Oceano Atlântico.
Do tenebroso mar governado por Netuno - o deus dos mares - os ávidos europeus trazem os "seres mitológicos" para o Novo Mundo e se deslumbram com o paraíso de águas fartas e límpidas protegidas por uma gente avermelhada.
Os
homens, nativos e fiéis ao conteúdo mítico de seus rituais, transcendem os
mistérios e a beleza dos mitos das águas. A partir da oralidade do povo
indígena, sou "Boiúna: a cobra-grande", quem detém o segredo das
profundezas dos rios e o poder da criação da noite, sou "estrela das
águas", sou a "Mãe D'água" - Iara, a sereia de belíssima face e
de cantos inebriantes... ou a magia de um "boto cor de rosa", que, em
tempos de festas nos arraiás, se transforma num belo homem encantado, deixando
apaixonados os corações das "meninas-moças".
Banho
a fértil imaginação da crença humana! Sacralizada entre o céu e a terra, ganho
leveza... Sou eu a deusa da natureza, que purifica a alma nos ritos de origem
africana. Ao absoluto estado de grandeza, sigo o curso dos rios e dos mares...
E vibro ao som dos batuques à sagrada oração. Banhada de axé, saúdo a Oxalá na
"Lavagem do Bonfim", bailo nas águas doces de Oxum e emano da fé, em
nome de Iemanjá.
Sou
presente divido do tempo, o líquido mais precioso da vida... Mesmo sob os meus
cuidados, o Homem naufraga com suas intenções maléficas, não domina sua
insensatez e emerge do seu próprio dilema: se a água acabar de vez?
Sonhar com um Brasil de água limpa é fundamental, é vencer a poluição de qualquer temporal... Mas sejamos otimistas diante da grave situação: o sentimento olímpico, dos esportes aquáticos, alia-se à esperança e acende a chama da preservação. Revela uma simbiose natural - mutuamente representada pela água e o atleta.
Sonhar com um Brasil de água limpa é fundamental, é vencer a poluição de qualquer temporal... Mas sejamos otimistas diante da grave situação: o sentimento olímpico, dos esportes aquáticos, alia-se à esperança e acende a chama da preservação. Revela uma simbiose natural - mutuamente representada pela água e o atleta.
E
nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval, a Acadêmicos do Cubango
personifica as fantasias que banharam e banham a nossa imaginação e, num
sincretismo carnavalesco, celebra um revigorante "banho de mar à
fantasia" - protagonizado pelos piratas da folia.
A
Cubango é água, é vida, é a "Embaixadora das Águas" que resplandecerá
na Avenida."
Carnavalesco:
Cid Carvalho
Pesquisa de enredo e texto: Marcos Roza
Pesquisa de enredo e texto: Marcos Roza
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