Sinopse Enredo 2016
"É o Amor... Que Mexe Com Minha Cabeça e Me Deixa
Assim... Do Sonho de um Caipira Nascem os Filhos do Brasil"
“É
o amor…
que mexe com
minha cabeça e me deixa assim…
Do sonho de
um caipira nascem os filhos do Brasil”
INTRODUÇÃO
Embalada por
violas enluaradas
e sanfonas
arretadas,
a Imperatriz
foi buscar inspiração
na Música
Sertaneja
pra falar com
o coração.
Sem fazer
nenhum segredo,
pedimos a ela
pra contar
a saga do
nosso enredo,
escrito nas
pontas dos dedos,
em cordas de
dedilhar.
Meus senhores
e senhoras,
venham pro
meio dessa roda
e ajudem a
versejar.
Nosso show
começa agora,
e antes que a
gente vá embora,
Mãe Sertaneja
tem muito pra falar…
SINOPSE
1o SETOR:
SONHO CAIPIRA
“Prepare o seu coração
Pras
coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu
venho lá do sertão
E posso não lhe agradar…”
E posso não lhe agradar…”
–
DISPARADA (Jair Rodrigues; Autores: Geraldo Vandré e Theo Barros)
Vou abrir o
coração
como se fosse
a porteira
da fazenda
onde nasci…
Canto as
coisas de minha gente.
Gente
sofrida,
esquecida nas
lonjuras desse país.
Gente que
trabalha, semeia, ponteia
e encontra na
viola,
um caminho
pra ser feliz.
Gente que tem
raça, que tropeça e levanta,
e ainda faz
graça
quando abraça
a sanfona,
embalando a
vida que vem lá da raiz.
Vou falar de
minhas andanças,
de partidas e
cheganças.
Venho com as
minhas crianças
e trago na
mala muita esperança!
Chego com uma
imensa saudade
das riquezas
que deixei por lá:
da família
reunida em casa,
do rádio em
cima da mesa,
da santinha
que brilha no altar,
do galo que
anuncia a certeza
de um novo
dia para se trabalhar.
Do alto da Serra
Dourada,
a terra
parece bordada
com
girassóis, soja, sorgo e trigo.
E uma banda
de espantalhos
Toca
desafinada, espantando o inimigo.
Os corvos
fogem, em busca de abrigo
e vão se
esconder nos canaviais,
onde moram as
abelhas rainhas,
que reinam
nesse verde-esperança
chamado
Goiás.
2o SETOR:
TERRA – SEMEANDO SONHOS
“E a colheita que encheu a tulha,
Da
tulha o grão para a cidade vai.
A
terra dorme e ele não descansa
Sempre
na esperança de colher bem mais…”
– A
COLHEITA (Chitãozinho e Xororó; Autores: José Fortuna e Carlos Cezar)
Estamos celebrando a colheita
que nasceu em
nossas mãos.
Plantamos
grão por grão
e é por isso
que acreditamos.
Que um sonho
jamais será em vão.
É daí que vem
a nossa união:
eles tocam,
versam e eu canto
a nossa
alegria!
Pura magia,
doce encanto.
Pois “até o presidente come o que eu
planto…” (*1)
Em cada
plantação existe um segredo,
um pacto
entre lavrador e semente,
do nascente
ao poente.
O homem
precisa de trabalho
para criar os
seus filhos
e torná-los honrados,
dourados
como a barba do milho.
3o SETOR:
MÚSICA – MÃE SERTANEJA
Ponteio
da viola, o hino brejeiro
O som
brasileiro saudando a nação
Saúda o
roceiro, que está na vanguarda
soldado
sem farda, herói do sertão!”
– HINO
SERTANEJO (Tonico e Tinoco)
Quando nasci,
ganhei uma
sublime missão:
cantar o que o povo sente,
cantar o que o povo sente,
no compasso
do coração.
Fiquei amiga das rimas,
Fiquei amiga das rimas,
das roças e
vaquejadas,
ajudei a descrever
ajudei a descrever
tanta terra
abençoada
morte e vida
Severina
Entendi o amor das pessoas
Entendi o amor das pessoas
e a ele sou
submissa,
porque a vida é feita de sonhos,
porque a vida é feita de sonhos,
ideais e
compromissos.
Amarro as
coisas mais simples,
com as cordas
do violão.
Já falei de seca, luar do sertão;
já contei muitas histórias, cotidiano banal.
Sou matuta, sou caipira, um rio em curso natural.
Tem gente que não gosta, fala mal do que nem viu.
Mas quem critica o que eu canto,
Já falei de seca, luar do sertão;
já contei muitas histórias, cotidiano banal.
Sou matuta, sou caipira, um rio em curso natural.
Tem gente que não gosta, fala mal do que nem viu.
Mas quem critica o que eu canto,
não conhece o
meu Brasil. (*2)
4o SETOR:
FÉ E FOLCLORE – PIRENÓPOLIS
“Sou caipira, Pirapora, Nossa
Senhora
de Aparecida
Ilumina
a mina escura e funda
O trem
da minha vida”
– ROMARIA
(Renato Teixeira)
Diante do rei, da rainha e princesas,
cristãos e
mouros
partem para o
campo de batalha.
Nesta luta só
existe uma certeza:
não haverá
mortos nem feridos.
Ouviremos os
estampidos
que anunciam
a cavalhada.
Os mascarados
fazem alarido,
trazendo
muita gente encantada.
O
divino Espírito Santo
Chegô aqui nesta morada
Veio guiando a bandeira
Na poeira das estrada
Veio trazer sua bença
Por nóis muito esperada
Chegô aqui nesta morada
Veio guiando a bandeira
Na poeira das estrada
Veio trazer sua bença
Por nóis muito esperada
– DIVINO
ESPIRITO SANTO (Inezita Barroso; Autores: Carlos Piavani, Canhoto, Torrinha e
Antônio Boaventura)
Vem gente de
toda parte,
pagando
promessas de toda sorte,
desde os que
brilham nas artes
aos que
escaparam da morte.
Carregam
cruzes, objetos de cera
e se misturam
aos que cantam na feira,
corando
beatas, bulindo mulatas,
embalando os
carreiros
que vêm de
longe, tocando a boiada.
A fé se
multiplica numa irmandade de santos,
acalentados
por Maria e o sagrado manto.
E lá vamos
nós, pé ante pé,
numa
interminável romaria,
que se
espicha pela estrada
em busca de
uma estrela guia.
5o SETOR:
FILHOS DE FRANCISCO… E HELENA
“Nesta longa estrada da vida
Vou
correndo não posso parar
Na
esperança de ser campeão
Alcançando
o primeiro lugar…”
– ESTRADA
DA VIDA (Milionário e José Rico)
Todos querem conhecer a cidade
onde nasceram
os filhos de Francisco.
Não o santo,
mas o caipira
que
acreditava num sonho de verdade.
Deu sanfona
pro mais velho
e uma viola
ao irmão,
rogando a
Deus que tivessem o dom
de encantar a
multidão
cantando as
modas do sertão…
Estrearam num
caminhão,
depois na
praça e na estação.
Percorreram
vilas e vilarejos.
Mas como bons
sertanejos
se nada
tinham nos bolsos
guardavam a
família no coração.
“Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar…”
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar…”
– O DIA EM
QUE EU SAÍ DE CASA (Zezé Di Camargo e Luciano)
Longe de
casa, enganando a dor,
foram em
busca da felicidade
na terra do
progresso,
onde só vence
quem é doutor.
Os dois
filhos de Francisco
superaram
sacrifícios
com justiça e
autoridade.
Conquistaram
o sucesso
e venceram
com louvor!
(Um anjo
caipira os guiou)
6o SETOR:
OS FILHOS DO BRASIL
OMaior Espetáculo da Terra
abre portas e
cortinas,
mostrando a
saga sertaneja
como aqui
nunca se viu.
Vamos
dar Flores em Vida
a
duas estrelas tão queridas,
que iluminam
o caminho
dos novos
Filhos do Brasil!
E quando me
perguntam:
Como é que
eles conseguiram tudo isso, minha senhora?
Quem foi que
os abençoou?
Ponteio na
viola
e tiro a voz
lá do fundo,
cantando pra
todo mundo:
Foi Deus,
Nosso Senhor….
Porque
Deus… é o Amor.
“É o Amor…
Que
mexe com minha cabeça e me deixa assim
Que
faz eu pensar em você e esquecer de mim
Que
faz eu esquecer que a vida é feita pra viver…
– É O
AMOR (Zezé Di Camargo)
Carnavalesco:
Cahê
Rodrigues
Pesquisa,
Roteiro e Desenvolvimento:
Cahê
Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Maio 2015
Em
homenagem à Música Sertaneja,
criada,
composta e cantada pelos Filhos do Brasil.
(*1)
– Verso extraído de “O Lavrador” (Nando Reis)
(*2) – Os
versos do 3o Setor (Música-Mãe Sertaneja) foram adaptados da
letra de “A Minha História”, de Zezé Di Camargo
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