Enredo 2017
“Onisuáquimalipanse”
(Envergonhe-se quem pensar mal disso)
Era uma vez um príncipe que
morava num pais distante. Quando ele era ainda jovem, o rei, seu pai, morre e
ele é coroado rei.
O jovem rei viveu sua juventude
com intensidade. Dançava todas as noites, montava a cavalo e organizava
torneios, gostava de se mascarar no carnaval, saía de seu palácio para visitar
as senhoras importantes do “grand-monde”. Aprendeu a cantar, dançar e a tocar
guitarra. Sua mais célebre participação foi em um balé intitulado “Balé da
Noite” baseado num poema que dizia:
“No cume dos montes, começando a
clarearem,
Já começo a me fazer admirar
Eu dou cor e forma aos objetos
E quem não quiser evitar minha luz,
Vai sentir meu calor...”
Já começo a me fazer admirar
Eu dou cor e forma aos objetos
E quem não quiser evitar minha luz,
Vai sentir meu calor...”
Ao final nosso rei representava o
sol se levantando em meios às nuvens e tal foi o sucesso que ganhou o apelido
de Rei Sol.
E como todo rei se casa com uma
princesa, este nosso personagem não escapou a regra e se casou com uma princesa
– Maria Teresa da Austria.
Para tomar conta dos seus
tesouros, e dos tesouros do país, escolheu o advogado Nicolas Fouquet, que
conseguiu sanar as finanças e organizar financeiramente o país. Foi nomeado
superintendente das finanças do Rei, uma espécie de ministro.
Este senhor foi acumulando uma
fortuna imensa tão grande quanto seu poder. Promovia as artes, no sentido mais
nobre do termo, e vivia circundado de poetas, teatrólogos, pintores, músicos
etc… para os quais pagava uma espécie de mesada.
Comprou muitos imóveis, mas
gostava de um em particular, um palácio, situado não muito longe de Paris, que
necessitava de reformas e cujo terreno era um tanto acanhado. Comprou as terras
em torno da edificação e deu a missão de reforma-lo a alguns de seus amigos
artistas com Lebrun, pintor, Levau, arquiteto e Le Notre, paisagista. Deu
a estes artistas total liberdade de criação. O resultado foi surpreendente. O
palácio ficou deslumbrante, com suas pinturas nas paredes, espelhos e madeiras
douradas, um luxo fantástico. O jardim era tão grande que se perdia de vista.
Era um verdadeiro assombro com suas alamedas geométricas, labirintos e gramados
que faziam desenhos complexos, intercalados por lagos e espelhos de
água com chafarizes.
Tratou de preparar uma grande
festa para o rei, que levou nada mais nada menos que 600 convidados. O
cozinheiro de Fouquet era excepcional, chamava-se Vatel, não havia , no reino
inteiro quem fizesse uma festa como ele. Porque ele cozinhava e inventava as
decorações e efeitos para seduzir os convivas.
A recepção foi fantástica – Os
chafarizes enfeitavam os jardins e refletiam os fogos de artifícios, Vatel
preparou um bufê insuperável, a musica era da melhor qualidade e ainda puderam
assistir a uma peça de Moliere. Nunca se viu tamanho esplendor – o
Rei ficou absolutamente deslumbrado,e depois ….. muito furioso.
Mandou que o chefe da guarda
real, d’Artagnant, prendesse o superintendente, por malversação do dinheiro
publico, ou real, pois afinal como ele havia conseguido construir tamanha obra
de arte… Fouquet conseguiu ainda avisar aos seus mais próximos, que destruíram
os documentos mais comprometedores.
O Rei nomeou outro ministro,
chamou os artistas que haviam trabalhado no Palácio de Fouquet e os incumbiu
de construir uma palácio muito mais bonito, muito mais esplendoroso e do
qual ninguém jamais imaginara e com jardins e bosques e arvores frutíferas como
ninguém jamais houvesse visto igual.
E foi assim que esses artistas
construíram um palácio ainda mais lindo , chamado Versailles.
ps- Essa historia
aconteceu há muito tempo, qualquer semelhança com fatos de outras épocas é mera
coincidência.
Rosa Magalhães
Carnavalesca
Carnavalesca
Bibliografia consultada:
– LOUIS XIV-L´UNIVERS DU ROI
–SOLEIL – MARAL,ALEXANDRE ET SARMANT,THIERRY
EDITIONS TALLANDIER – PARIS- 2014
EDITIONS TALLANDIER – PARIS- 2014
-LE JARDIN DES TUILLERIES D’ANDRÉ
LE NOTRE – UN CHEF D OEUVRE POUR LE ROI SOLEIL –
-ALLIMANT-VERDILLON,ANNE ET GADY, ALEXANDRE
SOMOGY ÉDITIONS D ART – 2013
SOMOGY ÉDITIONS D ART – 2013
– LES JARDINS DE VERSAILLES
LABLAUDE, PIERRE-ANDRÉ
EDITIONS SCALA – 1995
LABLAUDE, PIERRE-ANDRÉ
EDITIONS SCALA – 1995
Consultas na internet sobre
Vatel, Lebrun,Le Vau, Le Notre, Moliere, Perrault, Corneille,
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