Enredo 2017
"MESTRE
CARTOLA, O DIVINO POETA DO SAMBA"
Sinopse
O vento
suave como a brisa sopra em sussurros no esplendor de um lindo amanhecer,
desfolhando as páginas da história da vida de um Mestre, que escreveu o seu
nome na memória do samba.
Angenor de Oliveira, nascido no dia 11 de outubro de 1908 no catete e com oito anos de idade mudou-se com a família para as laranjeiras, onde cresceu e apaixonou-se pelo Fluminense Football Club.
Angenor costumava acompanhar os jogadores nos gramados do então campo da Rua Guanabara, que mais tarde viera a se chamar Estádio das Laranjeiras. Carregava consigo, não somente a paixão pelo futebol, como também pelo samba.
Devido a dificuldades financeiras, Angenor com onze anos de idade, muda-se com sua família para o morro da Mangueira, que na época havia menos do que cinquenta barracos, indo morar no “Buraco Quente”, onde os sambistas se reuniam para cantar nos botequins. Ali, Angenor começou a conviver intensamente com o universo da cultura negra do morro, participando das rodas de samba e do batuque, um jogo de pernas praticados pelos bambas e valentes.
Angenor ainda menino, tornou-se grande amigo de Carlos Cachaça, que viria a ser seu principal parceiro. Como era o mais novo, Angenor o seguia pelos becos e vielas da mangueira, desbravando seus mistérios e segredos.
Aos quinze anos de idade, abandonara os estudos e vai trabalhar como aprendiz de tipografo. Mais adiante, começa a trabalhar como ajudante de pedreiro, muito vaidoso, não gostava de sujar os cabelos com cimento e passou a usar um chapéu coco, onde os colegas diziam parecer uma cartolinha. Assim passou a ser popularmente conhecido como Cartola.
Com outros jovens sambistas, fundou o Bloco dos Arengueiros que desfilavam no morro da Mangueira e pela Praça Onze, para brincar carnaval. Fazendo arruaça por onde passavam, eram temidos por alguns moradores e respeitados por outros, como ritmistas.
Cartola percebeu que o potencial dos Arengueiros, deveria ser canalizado somente para o samba, deixando de lado as brigas e confusões no morro. Teve a ideia de criar uma escola de samba numa casa do “Buraco Quente”, onde se reuniu com sete antigos arengueiros e lá teve a incumbência de escolher o nome e as cores da escola. Em homenagem ao Rancho dos Arrepiados lembrança de sua infância, decidiu que as cores do estandarte seria verde e rosa e o nome “Estação Primeira”, pelo fato que a Mangueira era a primeira parada do trem que partia da Central do Brasil em direção a Zona Norte, onde o samba era forte.
Com o samba "Vale do São Francisco", último criado por ele para a Mangueira, a escola sagrou-se campeã em 1948.
Aos vinte anos de idade o jovem Cartola desfrutava a animada vida noturna no morro, conhecidos como a época de ouro da musica brasileira. Com o surgimento do radio comercial, o samba passou a ser valorizado no mercado.
Músicas que falavam de amor sempre foram às preferidas do compositor, "gosto de fazer samba de dor de cotovelo, falando de mulher, de amor, de Deus, porque é isso que acho importante e acaba se tornando uma coisa importante", declarou certa vez.
Cartola se consagrou como compositor, gravado pelos principais cantores do País. Sua composição mais famosa dessa época foi “Divina Dama”. A sua discografia teve um sucesso estrondoso, além de grandes shows com artistas renomados por todo o País. Duas composições que se tornariam grandes clássicos. “As Rosas Não Falam” e “O Mundo é um Moinho”.
Com dificuldades financeiras, Cartola não consegue se sustentar como compositor e então resolve desaparecer do mundo musical. Cartola passa a viver de biscates, como pintor de paredes, pedreiro, vendedor de picolé e entre outros. Entre muitos amores e romances que viveu quem definitivamente conquistou o seu coração foi Euzébia Silva Nascimento, mais conhecida como Dona Zica, com quem se casou mais tarde.
Sua casa tornou-se ponto de encontro entre sambistas. Abriu um restaurante o Zicartola, que oferecia alem de uma boa cozinha, a presença constante de alguns dos melhores representantes do morro. O lugar foi fundamental para o ressurgimento de grandes sambistas esquecidos.
Cansado do assédio constante, deixou a mangueira e foi morar em Jacarepaguá. Morreu aos 72 anos longe de sua escola do coração.
Mestre Cartola morreu em 30 de novembro de 1980. Atendendo a seu pedido, no dia 1º de dezembro, data de seu funeral, Waldemiro, ritmista da Mangueira, que havia aprendido com ele a encourar seu instrumento, marcou o ritmo para o coro de "As Rosas não Falam", cantada por uma pequena multidão de sambistas, amigos, políticos e intelectuais, presentes em sua despedida. Em seu caixão a bandeira do Fluminense, time do seu coração.
Para que seja lembrado, nos vestimos hoje de verde e rosa cantando numa só voz, homenageando aquele que agora descansa entre as estrelas. Mestre Cartola, o Divino Poeta do Samba.
Angenor de Oliveira, nascido no dia 11 de outubro de 1908 no catete e com oito anos de idade mudou-se com a família para as laranjeiras, onde cresceu e apaixonou-se pelo Fluminense Football Club.
Angenor costumava acompanhar os jogadores nos gramados do então campo da Rua Guanabara, que mais tarde viera a se chamar Estádio das Laranjeiras. Carregava consigo, não somente a paixão pelo futebol, como também pelo samba.
Devido a dificuldades financeiras, Angenor com onze anos de idade, muda-se com sua família para o morro da Mangueira, que na época havia menos do que cinquenta barracos, indo morar no “Buraco Quente”, onde os sambistas se reuniam para cantar nos botequins. Ali, Angenor começou a conviver intensamente com o universo da cultura negra do morro, participando das rodas de samba e do batuque, um jogo de pernas praticados pelos bambas e valentes.
Angenor ainda menino, tornou-se grande amigo de Carlos Cachaça, que viria a ser seu principal parceiro. Como era o mais novo, Angenor o seguia pelos becos e vielas da mangueira, desbravando seus mistérios e segredos.
Aos quinze anos de idade, abandonara os estudos e vai trabalhar como aprendiz de tipografo. Mais adiante, começa a trabalhar como ajudante de pedreiro, muito vaidoso, não gostava de sujar os cabelos com cimento e passou a usar um chapéu coco, onde os colegas diziam parecer uma cartolinha. Assim passou a ser popularmente conhecido como Cartola.
Com outros jovens sambistas, fundou o Bloco dos Arengueiros que desfilavam no morro da Mangueira e pela Praça Onze, para brincar carnaval. Fazendo arruaça por onde passavam, eram temidos por alguns moradores e respeitados por outros, como ritmistas.
Cartola percebeu que o potencial dos Arengueiros, deveria ser canalizado somente para o samba, deixando de lado as brigas e confusões no morro. Teve a ideia de criar uma escola de samba numa casa do “Buraco Quente”, onde se reuniu com sete antigos arengueiros e lá teve a incumbência de escolher o nome e as cores da escola. Em homenagem ao Rancho dos Arrepiados lembrança de sua infância, decidiu que as cores do estandarte seria verde e rosa e o nome “Estação Primeira”, pelo fato que a Mangueira era a primeira parada do trem que partia da Central do Brasil em direção a Zona Norte, onde o samba era forte.
Com o samba "Vale do São Francisco", último criado por ele para a Mangueira, a escola sagrou-se campeã em 1948.
Aos vinte anos de idade o jovem Cartola desfrutava a animada vida noturna no morro, conhecidos como a época de ouro da musica brasileira. Com o surgimento do radio comercial, o samba passou a ser valorizado no mercado.
Músicas que falavam de amor sempre foram às preferidas do compositor, "gosto de fazer samba de dor de cotovelo, falando de mulher, de amor, de Deus, porque é isso que acho importante e acaba se tornando uma coisa importante", declarou certa vez.
Cartola se consagrou como compositor, gravado pelos principais cantores do País. Sua composição mais famosa dessa época foi “Divina Dama”. A sua discografia teve um sucesso estrondoso, além de grandes shows com artistas renomados por todo o País. Duas composições que se tornariam grandes clássicos. “As Rosas Não Falam” e “O Mundo é um Moinho”.
Com dificuldades financeiras, Cartola não consegue se sustentar como compositor e então resolve desaparecer do mundo musical. Cartola passa a viver de biscates, como pintor de paredes, pedreiro, vendedor de picolé e entre outros. Entre muitos amores e romances que viveu quem definitivamente conquistou o seu coração foi Euzébia Silva Nascimento, mais conhecida como Dona Zica, com quem se casou mais tarde.
Sua casa tornou-se ponto de encontro entre sambistas. Abriu um restaurante o Zicartola, que oferecia alem de uma boa cozinha, a presença constante de alguns dos melhores representantes do morro. O lugar foi fundamental para o ressurgimento de grandes sambistas esquecidos.
Cansado do assédio constante, deixou a mangueira e foi morar em Jacarepaguá. Morreu aos 72 anos longe de sua escola do coração.
Mestre Cartola morreu em 30 de novembro de 1980. Atendendo a seu pedido, no dia 1º de dezembro, data de seu funeral, Waldemiro, ritmista da Mangueira, que havia aprendido com ele a encourar seu instrumento, marcou o ritmo para o coro de "As Rosas não Falam", cantada por uma pequena multidão de sambistas, amigos, políticos e intelectuais, presentes em sua despedida. Em seu caixão a bandeira do Fluminense, time do seu coração.
Para que seja lembrado, nos vestimos hoje de verde e rosa cantando numa só voz, homenageando aquele que agora descansa entre as estrelas. Mestre Cartola, o Divino Poeta do Samba.
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