terça-feira, 26 de junho de 2018

GRCSES UNIDOS DO PERUCHE (SÃO PAULO/SP)

Sinopse

Nascem do Ventre Africano os Valores do Mundo. África, um Passado Presente no Futuro da Humanidade


1º Setor
África… Berço da humanidade… O início de tudo!
Moldado em barro surge um ser, o nosso ser… O ponto de partida.
Num lugar místico e belo onde floresce a vida!
Une-se o céu e a terra no bailar da criação, “Orum Aiyê.
Tambores ecoam na batida precisa das mãos negras
Tribos em rituais dançam e contemplam cada descoberta que o mundo lhe oferece
Uma força feminina e maternal embala a continuidade da vida!
É a fertilidade desta terra contagiando o homem que brinca de viver…
Que descobre a vida e desvenda o mundo!
Nossos ancestrais adormecem com o passar dos tempos, vidas se renovam…
Mas em um futuro distante, “Lucy” despertará!
Revelando à humanidade os segredos da nossa existência.
2º Setor
Terra de tantos impérios.
De um povo a frente de seu tempo, que observou o ciclo da vida
Plantou sementes e dela se fez o pão
Símbolos e grafias escreveram mais um legado ao mundo.
Desbravando fronteiras alcançou os astros
Na busca do autoconhecimento remediou e preservou o corpo
Explorou o solo, extraiu dele a matéria prima
E em cada passo um novo traço, agregando à vida um toque de arte!
Externando conceitos e valorizando a etnia, a moral e também a religião.
A mão que esculpiu e modelou, valorizou a própria espécie.
Talhou a madeira recriando a criação
Edificando matematicamente o mundo!
De novo bate forte o tambor, faz tremer esse chão, ritualiza…
Dança… E traz na dança a sensibilidade e a força que só negro tem
Prepara sua mala oh negro!
Pois uma longa viagem está por vir…
O mundo te espera!
3º Setor
Página infeliz da nossa história!
Mares de lamento e dor
Brota a lágrima clara… Escorre sobre a pele escura… Aguenta!
Pisa firme em outras terras, em um mundo outrora tão distante dos olhos
Traz nas mãos as marcas da lida, no peito a saudade e na cabeça sua bagagem.
É hora de plantar em outro chão, dar ao branco outro tom
Ginga na roda negro! Arisco, esperto… Finge que é dança!
Bota a lenha pra queimar, prepara o cuscuz, acarajé e o abará… Alimenta este mundo!
Canta mãe preta! Nina… Ensina essa brincadeira de ser negro… Valoriza!
“Bota o Rei Congo no Congado” e traduz o seu saber.
Picassos rendem-se a sua arte “meu nego”… É primitivo? É futurista? É a arte!
Lança ao mundo seus dons e seus tons
Toca charangueiros, mostra o afoxé, traz também agogô, xequerê e atabaque
Vem Ciata, socorre meu samba… Não deixa esse samba morrer…
Bate no terreiro… Será que é macumba?
Chama o orixá! Vem “Menininha”…
Encanta Verger… É o canto, é a dança…
É o meu Candomblé!
4º Setor
Nosso presente projeta o futuro, o futuro é nosso!!!
E o meu orgulho é negro!
Sábios trazem o novo, mostrando a capacidade deste povo.
Criam, remodelam e traduzem ao mundo sua sapiência
Mestres nos mostram a resistência. Clamam pela liberdade e pela igualdade
E só seguindo estes ensinamentos semearemos o bem e louvaremos a paz…
Teremos uma humanidade livre!
E liberdade é a arte de transitar pela vida…
A paz na terra há de reinar… Não é utopia, já dizia Sun Rá!
Vamos acorrentar todo o preconceito construído ao longo do tempo
Recriaremos o passado e ele estará presente em nosso futuro
Veremos brilhar o sol que ilumina as mentes
Que respeita o verde, e que extingue os males
Onde a tolerância seja plena e credos sejam respeitados.
Uma nova era se aproxima, resgatando outra consciência
Pois está nascendo uma nova África com alicerces ancestrais
E diante de seus mais primitivos conhecimentos
Partilhará ao mundo seus mais belos conceitos.
Pois se todos nós nos alimentamos do fruto de uma evolução negra
Por que tanto preconceito?
Raça não está na cor… Raça não está na dor…
Minha raça é humana!
África, o futuro da humanidade!
“O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece.” (Morgan Feeman)
Carnavalesco: Amauri Santos

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