quinta-feira, 26 de maio de 2016

GRCES ESTRELA DO TERCEIRO MILÊNIO (SÃO PAULO/SP)

Enredo 2017

Para Bom Entendedor um Pingo É Letra e o Símbolo Uma Palavra!



Introdução
Desde os tempos mais remotos que o homem utiliza os símbolos para comunicar. Esta forma de linguagem universal de raiz milenar encontra-se imbuída de significados ocultos e constitui um testemunho histórico de índole identidária. O termo símbolo, tem sua origem no grego (SYMBOLON), e serve para designar um tipo de signo, em que o significado (realidade concreta) representa algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo etc.) por força da convenção, semelhança ou contiguidade semântica (como no caso da cruz que representa o cristianismo, porque ela é uma parte do todo que é imagem do Cristo morto). Da psicanálise à antropologia, da ciência às artes e estudiosos com algumas técnicas tentam, cada vez mais, decifrar a linguagem dos símbolos.
O “símbolo” é um elemento importantíssimo no processo comunicação, encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do nosso saber. Embora existam símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural, etc.). Ele intensifica a relação com o transcendente. Sendo o simbolismo uma forma de linguagem antiga e universal, que se define como catalítica e que estimula uma série intrincada de ideias e de associações, ao mesmo tempo em que pretende veicular informações e ser sugestiva, frequentemente com base numa simples observação. Esta é uma forma de comunicação internacional que transcende as barreiras linguísticas, nacionais, históricas, culturais e religiosas. Por que razão adquiriu esta forma de comunicação abreviada tanto poder? Por que razão evoca reações de caráter instintivo? O que é, afinal, um símbolo?
DESENVOLVIMENTO O que representam os símbolos? Como classificá-los? Qual a definição? Como interpretá-los? Muitas perguntas poderiam ser feitas e muitas respostas a elas dadas. Mas segundo o pai da psicanálise Sigmund Freud os símbolos é um conotativo que sugere uma resposta de caráter emotivo. As definições apresentadas em dicionários são normalmente sucintas e superficiais, consistindo na representação de um objeto, ainda que, o significado seja permutável. A origem da palavra “SÍMBOLO” reveste-se de um interesse especial e remonta aos rituais da Grécia antiga, quando as peças de ardósia eram partidas pelos membros de uma assembleia antes de abandonarem a reunião, na assembleia seguinte, as peças eram novamente reunidas – “SUMBALLEIN” (juntar as peças) tal como um puzzle (quebra cabeças), com o intuito de consolidar a identidade do grupo. Assim surge a palavra grega “SUMBOLON” (símbolo de reconhecimento), que viria a dar origem à palavra “SYMBOLUM” EM LATIM. Contudo devido às limitações linguísticas, as esparsas definições apresentadas pelos lexicógrafos nunca poderão abranger a multiplicidade de significados dos símbolos, nem, do mesmo modo, descrever ou clarificar determinadas formas de comunicação de mensagens ou explicar porque motivos se tornam apelativas. Confúcio já afirmava que os símbolos regem o mundo, não as palavras ou as leis.
OS SÍMBOLOS EM VERSO E PROSA
Os primeiros vestígios são pinturas rupestres
Que foram interpretados por grandes mestres
Do Egito a China demonstram adoração
As Índia a Tailândia revelam veneração
São considerados como sagrados
Nas religiões são exaltados
Inerentes à personalidade ou complexidade
Eles refletem a identidade
De família, tribo ou nação
Conotam união
Salientam-se comunicação
Não desempenham alienação
A seriedade da magia está na perfeição
Assim como a alquimia para a transformação
No tarô, zodíaco ou astrologia
O importante é encontrar a analogia
De todos os constituintes inspiradores e universais
O que mais nos apraz
Além de tudo nos traz
A ligação e a proeza
Sem sombra de dúvidas é a natureza
Inspiradora e mística ficam as observações
Fonte de poder e atribuições
Nunca perdendo a tradição
Muito menos fazendo oposição
Sempre usando a imaginação
Onde o conceito e explicação
Evidenciam a lição
Que aprendemos sem limitação
Onde ser fabuloso, irreal
Personificam o surreal
O inenarrável ou imensurável
Mais que óbvio o papel do simbolismo é complexo e conexo
Sempre de orientação
Ora de libertação ora de inspiração
Emoção...
Criação...
Iluminação...
Solução...
Transposição...
Ilusão...
Tentação...
Celebração...
Modificação...
Manipulação...
CONCLUSÃO

Os símbolos foram se desenvolvendo em lugares longínquos ao longo dos séculos em todo o mundo e de forma cada vez mais complexa, conjuntos e significados interligados. A maioria dos símbolos apresentados neste enredo é de grande relevância para as suas áreas. Os conceitos estão inter-relacionados e podem ser identificados pelo recurso do dia a dia. Nesta noite quando a coruja (símbolo adotado por nossa agremiação como mascote), revestida suntuosamente de sua FANTASIA de penas que lembra o minucioso trabalho de uma ALEGORIA, alçar seu voo coreográfico (como uma COMISSÃO DE FRENTE) ao som do SAMBA ENREDO e sua cabeça realizar um giro de 360º (como o bailado de um casal de MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA) em busca de alimento para a HARMONIA do corpo, para a alma como status de EVOLUÇÃO, possa levar alegria para os sambistas presentes sentirem o pulsar do coração, no ritmo da BATERIA. Após todo o ENREDO da apuração a mesma ao regressar para a Zona Sul, mais especificamente o Grajaú, venha acompanhada de outro símbolo (o troféu), que representa a vitória. Que o sonho transmita uma mensagem simbólica ao ego de fortalecimento, de emoção e acima de tudo paz. Assim, quando acordarmos, olharmos para esse troféu, acreditaremos que o sonho tornou-se realidade, que irmanados honramos nosso pavilhão e o samba. Que a luta travada na pista não passou de uma experiência para ficar arquivada no inconsciente e que esta conquista foi forjada de amor, paixão e luz, construída com muita fé no interior do nosso coração. 

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