Enredo 2017
“E Todo Menino É um Rei”
“Todo menino é um rei
Eu também já fui re
Mas quá!
Despertei!…
…Por cima do mar da ilusão
Eu naveguei! Só em vão
Não encontrei
O amr que eu sonhei
Nos meus tempos de menino
Porém menino sonha demais
Menino sonha com coisas
Que a gente cresce e não vê jamais…”
Eu também já fui re
Mas quá!
Despertei!…
…Por cima do mar da ilusão
Eu naveguei! Só em vão
Não encontrei
O amr que eu sonhei
Nos meus tempos de menino
Porém menino sonha demais
Menino sonha com coisas
Que a gente cresce e não vê jamais…”
Treco da música “Todo menino é um
Rei”
Autores: Nelson Rufino e Zé Luiz,
Imortalizada na voz de Roberto Ribeiro
Autores: Nelson Rufino e Zé Luiz,
Imortalizada na voz de Roberto Ribeiro
A Viradouro abre a roda da
ciranda e traz consigo a luz da infância, o reino de cada criança que habita em
nossos corações. Inspirada nos acordes da canção de Nelson Rufino e Zé Luiz,
imortalizada na voz de Roberto Ribeiro, nosso pavilhão convida cada menino a
tomar posse de seu trono, junto a pureza de sua juventude. Os poetas
registraram em seus versos a grandeza do universo da criança, onde cada um é
regente de seu próprio mundo lírico.
Cada criança guarda em si um
reino próprio, uma fantasia muito particular, tecida cuidadosamente pelos fios
de seus sonhos, suspensa numa aura iluminada: sua imaginação. Nesse espaço
poético reside o encanto que a infância permite. Um reino cercado de amigos
imaginários que permeiam a vivência de cada menino: um lugar de beleza,
sutileza, brilho e vivacidade. Por mais que os anos nos levem para longe desse
lugar especial que todos nós construímos um dia, ele permanece lá: guardado
pelas sentinelas de nossa memória.
O quarto de Sua Majestade
Dentro da infância cabe o mundo
inteiro. A poesia que reside nos sonhos de um menino ganha vida através de seus
desenhos, brinquedos e brincadeiras. O quarto torna-se uma extensão de sua
mente fervilhante, cenário de aventuras sem fim. Em seu pequeno mundo
fortalezas e castelos se transformam no fundo do mar ou no espaço sideral na
velocidade de sua vontade. Não importa o limite físico: a bordo de seus sonhos,
cada criança constrói um pequeno palco imaginário, onde seu olhar brilha cheio
de vida e pureza.
Os desejos de Sua Majestade
É de sonhos que se vive a
infância, “porém menino sonha demais”, sem limites dentro de seu mundo. Sonha
em ser rápido como uma flecha e ser sempre o vencedor. Não importa a
brincadeira, ele sempre quer cortar o vento e chegar primeiro. Sonha em ser
grande logo! Pobre menino… Se soubesse como é bom se manter criança…
Menino teimoso, que insiste em
ficar acordado até mais tarde, só para ver as estrelas, como se elas fossem uma
extensão do céu, invadindo a janela de seu quarto. Em seu encanto, se faz
super-herói! Guardião do bem e da justiça, combatendo as forças do mal. A
infância é o momento das vontades imperativas de Sua Majestade! A liberdade de
sua pequenina mente lhe permite querer tudo que quiser: “menino sonha com
coisas que a gente cresce e não vê jamais…”
Um banquete para Sua Majestade
E como tem energia esse moleque!
Mas saco vazio não para em pé! “Não se encha de besteiras, menino!”... Como
resistir às tentações dos sabores que vem da infância? As cores e aroma dos
doces fazem os sentidos de Sua Majestade – o Reizinho – acenderem feito
espoleta! É comida de festa, comida de criança: pirulito, jujuba, pipoca, sorvete,
algodão-doce e brigadeiro! Um verdadeiro banquete! Sonhos confeitados de muito
açúcar e carinho de vovó. É a energia que enche de alegria os olhos brilhantes
de cada menino. Infância açucarada, adornada de deliciosos confeitos coloridos.
Sua Majestade decreta a
felicidade!
Menino é anjo de Deus, espelho da
pureza. A infância é um tempo eterno no coração de quem se mantém menino.
“Nada mais do que menino, menino
pensando só, no reino do amanhã”. Todo reizinho merece ser feliz. Em seu mundo,
não há espaço para tristeza nem “Bicho-Papão”. Toda criança tem o direito
inalienável de brincar de bola e de viver cada sonho. Cada pequenino deve tomar
lápis e papel e tecer seus contos de heróis e dias ensolarados, campos verdes,
rendilhados de flores. Ler e aprender com cada página da fantasia, uma lição
para escrever uma página de sua vida.
Cada criança é um pequenino Rei e
a ele pertence seu reino inventado: seu castelo multicolorido, que abriga a
poesia viva de sua imaginação. É seu direito e dever exercer a realeza de ser
criança.
É com leveza e simplicidade, que
a Viradouro, essa jovem criança de 70 anos, vem coroar cada menino com um
abraço carinhoso. Vem saudar o trono de Sua Majestade, a Infância, que mora num
castelo de blocos coloridos, onde cada tijolo é um sonho nascido de sua
imaginação.
Jorge Luiz Silveira
carnavalesco
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