O SÉCULO DO SAMBA NO
CARNAVAL DE PORTO ALEGRE
CETE reúne quatro compositores para um bate-papo musical e
para mostrar que a capital gaúcha tem samba, sim senhor
O samba, centenário gênero musical característico do Brasil,
será abordado na quarta aula do curso do CETE – Centro de Estudos e Pesquisas
de Tema Enredo e Memória do Carnaval neste sábado, dia 29 de julho, a partir
das 14 horas, na Casa de Cultura Mario Quintana.
Com o tema “100 anos de samba. Porto Alegre tem samba, sim
senhor!”, o CETE reúne para um bate-papo musical com o público ceteano quatro
compositores cujas obras já fazem parte da história no carnaval de Porto
Alegre: Alessandro Anthunes “Fofo”, Joaquim Lucena, Vinicius Brito e Wilson
Ney.
Fofo começou no carnaval ainda menino como ritmista e
percussionista, acompanhando seu pai, o diretor de bateria Jorge Tarol. Músico
profissional é integrante do grupo de pagode Louca Sedução e autor de quase 60 sambas
enredo, no período de 1992 a 2012, levados na avenida por Imperadores do Samba,
União da Vila do IAPI, Imperatriz Dona Leopoldina, Embaixadores do Ritmo, União
da Tinga, Acadêmicos da Orgia, Academia de Samba Puro, entre outras. Conquistou
cinco prêmios Estandarte de Ouro na categoria Samba Enredo.
Professor de música e advogado, Joaquim Lucena vem de uma
tradicional família carnavalesca de Porto Alegre. Na capital gaúcha, fundou e
presidiu a Academia de Samba Relâmpago. Em diferentes agremiações foi passista,
mestre de bateria, diretor de harmonia e compositor. É autor de slogans de
algumas escolas da capital, como “Sou Imperador até morrer”, da Imperadores do
Samba, além de outros nas escolas Estado Maior da Restinga, Academia de Samba
Praiana e Embaixadores do Ritmo. Entre os anos de 2005 a 2016 foi titular da
Coordenação das Manifestações Populares da Prefeitura de Porto Alegre.
Vinicius Brito começou no carnaval desfilando como mascote
da velha guarda dos Imperadores do Samba, no início da década de 90. Atua na
cobertura jornalística do Carnaval da Rádio Gaúcha e foi criador do extinto
Samblog, além de ter assinado colunas sobre a folia nos jornais Diário Gaúcho e
Zero Hora e ter dirigido a transmissão dos desfiles do Grupo Especial de Porto
Alegre pela RBS TV. Como compositor, desde 2008 assinou sambas para Imperatriz
Dona Leopoldina, Império da Zona Norte, Embaixadores do Ritmo, Praiana, Vila
Isabel, Samba Puro, Império do Sol e União da Vila do IAPI. Já conquistou os
troféus Estandarte de Ouro, Setor 1, Personagens da Folia, Udesca, Camarote
Cultural e Tamu Junto.
Denominado no meio musical porto-alegrense como o “poeta do
samba”, Wilson Ney já dedica mais de 50 anos à música, com canções de sucesso
gravadas por vozes consagradas como Leci Brandão, Dominguinhos do Estácio,
Neguinho da Beija-Flor, entre outros. Sua estreia no carnaval veio em 1971,
quando foi convidado a compor um samba de exaltação para a Sociedade Floresta
Aurora, mas que foi para a avenida com os Acadêmicos da Orgia. Nos anos seguintes,
assinou sambas-enredo para escolas como Imperadores do Samba, Acadêmicos,
Beija-Flor do Sul, Império da Zona Norte e Copacabana. Foi enredo dos Fidalgos
e Aristocratas e passou pela direção de harmonia da maioria das entidades
carnavalescas locais. É autor do clássico “Convite ao povo” (1975), também
conhecido como “Povo meu”, até hoje um dos sambas-exaltação mais cantados do
carnaval de Porto Alegre.
Os interessados em assistir à quarta aula da 9ª edição do
curso de tema-enredo podem se inscrever antecipadamente pelo e-mail do CETE
(informando nome, endereço, e-mail e telefone
de contato) ou na hora e no local do evento, que tem entrada gratuita.
PROGRAMAÇÃO 9º CURSO DE TEMA ENREDO - 4ª AULA
Dia 29 de julho de 2017.
Local: Sala C2 – 2º andar da Casa de Cultura Mario Quintana
(Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico), em Porto Alegre.
Das 14h às 17h30:
- “100 anos de samba. Porto Alegre tem samba, sim senhor!”
Convidados: ALESSANDRO “FOFO” ANTUNES, JOAQUIM LUCENA, VINÍCIUS BRITO e WILSON
NEY (compositores).
Nenhum comentário:
Postar um comentário