“Ditado Popular É o Bicho!”
JUSTIFICATIVA DO ENREDO:
Para o carnaval de 2018 a Colibri encontrou na sabedoria
popular um tema divertido, irreverente e que faz parte do nosso folclore
nacional. Buscamos um tom de leveza e brincadeira, para desfilarmos com esse
espírito ao clarear do dia. Levaremos para a avenida os ditos populares que
citam alguns animais, afinal, temos um Colibri em nossa bandeira, e por isso a
inspiração do enredo.
Esses ditados são, obrigatoriamente, frases e expressões
faladas, passadas de boca a boca, de geração para geração. São provérbios que
utilizam figuras de linguagem, como alegoria e metáfora, e por isso caem no
gosto popular.
Sem um autor definido, fruto da criatividade de um povo, que
de tanto ser falado e repetido, viram corriqueiros, ou populares, como o
próprio nome indica. São ditos com significados bem variados, mas são
facilmente identificados quando pronunciados. Por conta do tempo, alguns vão se
perdendo e dando lugares a outros, mas, tem uns, e não são poucos, que, por
utilizarmos sempre no nosso dia-a-dia, sobrevivem.
E é isso que a Colibri também deseja: sobreviver ao tempo e
permanecer fazendo história no carnaval, alçando sempre voos maiores. A alegria
e a descontração serão a nossa marca de comunicação e interação com o público.
Entraremos na avenida com essa espontaneidade, desvendando,
através de nossas fantasias e alegorias, esses ditos tão falados em Mesquita e
em qualquer lugar do nosso país. Vamos fazer uma grande festa na Intendente!!!
Nós viemos para ficar na boca do povo.
SINOPSE:
O presidente cobrou – Cadê o enredo, seu carnavalesco?
“Macacos me mordam”, pensei. Ainda não tinha algo definido,
e se eu demorasse a apresentar alguma coisa “a cobra ia fumar”.
E como “jacaré que fica parado vira bolsa”, corri atrás do
prejuízo.
Alguns “amigos da onça” até sugeriram variados temas e quase
que caí na deles “comprando gato por lebre”. Só que “quem não tem cão caça com
gato”. Parei de “pensar na morte da bezerra” e coloquei a cuca pra funcionar,
afinal: “camarão que dorme a onda leva”. Até que um dia, finalmente…
– É isso! Eureca! “Caiu na rede é peixe”. E fui logo falar
com o presidente:
– Olha chefia, é um enredo cultural, irreverente e alto
astral. Não é nenhum “elefante branco”, pode ficar tranquilo.
– Sou todo ouvidos! Espero que venha algo bom. Não quero
chorar “lágrimas de crocodilo” no final, entendeu? – Ele respondeu.
– Sem chances. “Nem que a vaca tussa”. Deixa isso pra lá. O
senhor sabe como é, “de grão em grão a galinha enche o papo”.
– O que você tá falando?
– Então: eu vi um “passarinho verde”. Na verdade, gosto de
pensar que era um colibri verde-vermelho-branco.
– Desembucha logo!
– Ditado popular, comandante.
– Ditado popular?
– Não só isso. Ditado popular com animais.
– Olha! Esse enredo vai ser o bicho!
– “Ditado popular é o bicho”! Hummm… Isso daria um bom
título.
– Fechado! “Acertou na mosca”! Agora, mãos à obra. Chama a
comunidade toda, pois “uma andorinha só não faz verão”.
– Pode deixar patrão!
– Bora então voar bem alto…
– Vamos lá… “soltar a franga” e as suas “feras” neste
carnaval!
– Ihh! Alto lá! “Quem fala muito dá bom dia a cavalo” hein?
– Deixa comigo presidente! “Colibri voa pra frente fazendo
festa na Intendente”.
– Aí sim eu vi vantagem!
Comissão de Carnaval – Carnavalescos
Danilo Couto, Fábio Granville e Marcos Couto – Autores do
Enredo
UM PEQUENO GLOSSÁRIO DOS DITADOS E EXPRESSÕES POPULARES
UTILIZADOS NA SINOPSE:
“É o bicho”: O mesmo que dizer que algo é legal, incrível,
único, etc.
“Macacos me mordam”: Expressão antiga que demonstra espanto,
algo que você não acredita.
“A cobra vai fumar”: É o mesmo que dizer “O bicho vai
pegar”. Quando algo muito importante, geralmente ruim e ameaçador, vai
acontecer em breve. Previsão de castigo, advertência, problema, etc.
“Jacaré que fica parado vira bolsa”: Expressão que nos
remete a movimento, a não ficar parado no tempo.
“Amigo da onça”: Diz-se daquele amigo falso ou traidor.
“Comprar gato por lebre”: Significa ser enganado, a
expressão nasceu durante a guerra muitos comerciantes realmente vendiam carne
de gato no lugar de lebre, para isso eles deixavam a carne felina na água
temperada para disfarçar seu cheiro.
“Quem não tem cão caça com gato”. Originalmente a expressão
era “Quem não tem cão caça como gato”, ou seja, da mesma forma que os felinos
(traiçoeiramente, astutamente, esgueirando-se), e com o passar com tempo o
ditado sofreu está modificação.
“Pensar na morte da bezerra”: A história mais razoável para
explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os
bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um
filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada.
Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da
bezerra. Expressão popular utilizada quando alguém aparenta estar distraído,
introspectivo, alheio a tudo e muito pensativo.
“Camarão que dorme a onda leva”: É o mesmo que dar bobeira,
se distrair, precipitar-se, agir com displicência.
“Caiu na rede é peixe”: Expressão popular que significa:
tudo serve; tudo vale; tudo é bom, aproveita-se tudo.
“Elefante branco”: Algo grande e notável, mas que é quase
inútil e que atrapalha.
“Nem que a vaca tussa”: A frase original é “Nem que a vaca
tussa e o boi espirre”, significa de jeito nenhum, não, nunca, jamais,
impossível, de forma alguma. Porém, este provérbio não tem nenhum fundo de
verdade, já que uma vaca tossir e um boi espirrar não é algo difícil de
acontecer.
“Lágrimas de crocodilo”: Expressão popular que significa:
choro não sincero; choro falso, fingido.
“De grão em grão a galinha enche o papo”: Significa dizer
que de pouco em pouco se alcança o objetivo. Usa-se a expressão também no
sentido financeiro de que se poupar recursos pode-se adquirir algo desejado.
“Ver passarinho verde”: Expressão usada quando vemos alguém
feliz, alegre e apaixonado. O verde é a cor da esperança e da paz. De acordo
com o folclorista Luís da Câmara Cascudo, no livro Locuções Tradicionais no
Brasil, a tal ave era o periquito, muito usado para levar no bico mensagens
trocadas por casais. Para a escola é o próprio colibri, símbolo da agremiação.
“Acertar na mosca”: Significa acertar em cheio; ter
aprovação.
“Uma andorinha só não faz verão”: Diz-se para exemplificar
que um trabalho feito em conjunto rende muito mais ou que uma pessoa sozinha
não faz grandes coisas.
“Soltar a franga” e as “feras”: Expressões usadas no sentido
de desinibir-se, não ter vergonhas. Divertir-se.
“Quem fala muito dá bom dia pra cavalo”: Ditado usado para
àquela pessoa que fala demais, explica tudo nos mínimos detalhes, mas ninguém
entende nem dá atenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://onda21.com.br/as-expressoes-ou-ditados-mais-populares-que-o-povo-usa-saiba-suas-origens/
http://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/69799-30-ditados-e-expressoes-populares-antigos-e-sabios.htm
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/proverbios.htm
https://pt.slidesharehttps://atalibaneto.wordpress.com/2009/05/10/origem-dos-ditados-populares/.net/ganzelevitch/ditos-populares-11431031
http://www.qualeagiria.com.br/giria/macacos-me-mordam/
http://www.dicionarioinformal.com.br/
http://www.dicionariodeexpressoes.com.br/busca.do?expressao=Uma%20andorinha%20s%F3%20n%E3o%20faz%20ver%E3o
http://baby-fazendodiferenca.blogspot.com.br/2009/09/viu-passarinho-verde.html
https://www.significados.com.br/pensar-na-morte-da-bezerra/
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