sábado, 26 de março de 2011

CARNAVAL DE GUAÍBA/RS - A VERDADE APARECEU (EM PARTE)

Conforme eu já havia comentado:
, a verdade do Carnaval de Guaíba iria aparecer. Transcrevo abaixo a reportagem publicada no Jornal O Guaíba, de 26 de março. Em breve darei a minha versão, pois sendo da Comissão de Carnaval, e redator da ata do Desfile, não foi chamado a participar da reunião com a imprensa, não podendo dar a minha versão sobre os fatos.

APURAÇÃO DO CARNAVAL TEVE TRÊS DESFECHOS DIFERENTES

Valdir do Carmo

Antes da abertura dos envelopes na noite de domingo, as torcidas da Escola Império Serrano e Academia Cohab/Santa Rita (em grande número) e da Tradição, estavam agitadas com gritos e cantorias. Nos bastidores, os integrantes da Associação das Entidades Carnavalescas (AECGUA) e presidentes das escolas de samba estavam decidindo o resultado do carnaval ainda sem chegar perto da urna com as pontuações. “A gente podia pegar o caneco e ir embora”, disse Tiago Andriotti no microfone para os componentes da sua Academia tão logo a contagem de pontos foi finalizada.
Ninguém entendeu as palavras do presidente naquele momento, mas, de acordo com o Regulamento do Carnaval, as três escolas estavam sumariamente desclassificadas. Conforme o Presidente da AECGUA, Vilson Pereira Jerônimo da Rosa, o Chicão, e do Diretor de Carnaval da entidade, Tiaraju Ricardo da Silva, a Tradição e a Colina estavam com dívidas acumuladas sem prestar contas à Associação. “Não cumpriram e não deram satisfação”, explicou Chicão. “Mas nós abrimos mão de aplicar essa punição”, complementou Tiaraju. Esse fato não habilitava as duas escolas a realizarem o desfile. “Elas estavam inaptas ao desfile”, complementou Chicão, explicando que as entidades desfilaram sabendo que não poderiam competir, porém tudo ocorreu em respeito ao público. A Império Serrano também teria sido desclassificada porque queimou pólvora em sua comissão de frente. De acordo com dirigentes da agremiação foi uma decisão dos componentes da ala, sem consultar a diretoria. O ato contrariava o artigo 18 do regulamento, conforme mostrou Tiaraju em reunião na quarta-feira dessa semana.
Por causa do próprio evento a gente abriu os envelopes”, explicou o presidente Chicão, lembrando de uma possível comoção que poderia se formar no ginásio.

Depois da discussão, urnas foram abertas

Terminada essa discussão com anuência das infrações pela AECGUA e da Academia, começaram as discussões sobre as penalidades administrativas. A Colina atrasou, mas também teve o atraso desculpado, perdendo 20 pontos por falta de componentes obrigatórios. O Império perdeu seis pontos por ter menos componentes na bateria que os 50 exigidos. A Tradição perdeu um ponto por não apresentar a ficha técnica em tempo hábil e ter menos quatro elementos em sua bateria. Sobre as contagens de integrantes na avenida, cada escola deveria ter um representante para fazer o trabalho juntamente com um elemento da associação e um funcionário da Prefeitura.
Com todos esses entraves comprovados pela AECGUA os envelopes foram abertos, contudo o campeonato estava fadado a ser da Academia. “Eu parabenizo o Tiago pelas atitudes tomadas”, comentou o presidente da AECGUA. “Fomos campeões três vezes”, contabilizou o diretor de Carnaval Itto Jackson. Tiago externou ter certeza do trabalho desenvolvido pela equipe, mas permitiu a abertura dos envelopes, embasado na perda dos pontos administrativos. Mesmo que não houvesse esses descontos, a Academia ainda seria campeã com a vantagem de um ponto e meio em relação à segunda colocada.

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