“Os
Maués – Origem Divina, Destino Humano – Trinta Anos Depois...”
“Sinto um aroma no ar...”
O que mais amo na vida é fazer carnaval. Nisso, sei que
eu, e os meus, somos muito felizes. Nasci, nascemos felizes. Desde o carnaval
belo de 81, somos uma família feliz.
Eu, muitos de nós, vencemos a tudo. Não sabemos se isso
acontece também pela fé que temos em DEUS, pela fé que temos em Nossa Senhora
Aparecida, Nossa Padroeira. Se pelo nome que carrego em mim, se por tanto amor
que sentimos e por tanta esperança que temos, por tanta certeza de que sempre
estaremos em condições, custe o que custar, de realizar um grande desfile.
Tem sido assim desde os tempos primeiros, com algumas
derrotas, quase sempre, nestes casos, comigo ficando como vice, mas honrosas 22
vitórias que alcançamos, nos 37 anos que eu tenho, de existência, de vida....
O certo é que tem sido assim, desde os tempos primeiros
e dos primeiros guerreiros da nossa tribo chamada GRESMIA, Aparecida, dali de
onde eu nasci, no Beco Carolina das Neves, no boteco do saudoso Armindo, dos
nossos queridos fundadores, aos ensaios que fiz, meio forte, meio tímida, na
quadra da Xavier, desde o primeiro presidente ao atual, uma história, com
certeza, de muita alegria, de muita felicidade.
Todos nós somos muito amados, pois, de toda a minha
história, que é a história de tantos, histórias de todos nós, histórias de
vida, algumas dessas entregues inteiras a mim, histórias de vida dos que ainda
por aqui estão, baluartes meus, do carnaval, histórias de vida dos que chegam
para somar, dos que, por algum motivo se afastaram de mim, em vida, se
afastaram de nós, e dos que se foram para fazer desfiles lindos entre as nuvens
do paraíso, ao lado de NOSSO SENHOR, fica a certeza fina, suave e doce, ao
mesmo tempo latente e forte, violenta, de que sempre, eu fui vestida a mais
bonita, de que cantamos juntos, os mais belos sambas, com os mais fortes nomes
da música, com os mais fortes nomes do carnaval.
Não posso, aqui, neste momento, citar alguém. Se citasse
apenas um, dez, vinte, cinquenta nomes, de todos os que me fizeram uma cabrocha
de alta classe, como diz o poeta em sua canção, posso estar dançando na avenida
com a ingratidão, aquela que tem entre as faces feias, a mais feia face. Por
isso, deixo para citar nomes, no decorrer do tempo. Não serei desonesta, como
nunca fui. Tenho o respeito como norte. Por isso, citarei um a um, de alguma
forma, no Carnaval que se anuncia... quando, de novo, como sempre me vestirem
linda, me vestirem indígena, cabocla, robótica, sabe-se lá o que vai sair das
nossas mentes, quando eu, de novo, e os meus, sairmos pela passarela a
cantarolar: “Sinto um aroma no ar, o cheiro bom da minha terra...”, e
continuaremos: “É a Aparecida a exalar, raro perfume, na passarela...”, e a
gente se vestir de novo de “Os Maués – Origem Divina, Destino Humano – Trinta
Anos Depois...”
Até logo, gente! Estaremos juntos, como sempre
estivemos, em mais essa temporada de felicidade... Mas eu tenho pressa, como
sempre tive. É que tenho algo para mostrar para vocês, agora.
Já começou, claro, há muito tempo. Mas é agora que vão
começar mesmo a colocar, como se diz na festa que amamos, o bloco na rua, e que
vão traçar o que farão de mim... Desenhos, corres, traços... Sonhos! Aliás, é
agora que vãi se mostrar o que farão de nós, no Carnaval que se aproxima..., de
como vão me vestir do mais puro amor, dos mais nobres sentimentos.
Até!
Ah, para os que não me conhecem, ainda, se é que tem
alguém que ainda não sentiu o meu perfume, muito prazer, sou Aparecida, e vos
apresento, honrosamente, o meu próximo carnaval, trago de novo, com um novo
olhar, um carnaval campeão, a minha cara, a nossa cara:
“Os Maués – Origem Divina, Destino Humano – Trinta Anos
Depois...”
“Sinto um aroma no ar...”
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