XANGÔ
Abram alas ao Homem que
nasce do poder e morre em nome do poder. Apodera-se do trono de seu
irmão para se tornar o verdadeiro líder de uma nação.
Sàngó, Rei absoluto,
forte, imbatível, Aláàfìn Òyó, o Homem do Palácio; o grande
Obá, o grande Rei.
Batam cabeça pro orixá dos
raios, trovões e do fogo. “Senhor do Raio” ou “Senhor das
Almas”. Viril e atrevido, violento e justiceiro; implacável com os
mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Xangô é a representação
máxima do poder de Olorum. O desafio é feito sempre para confirmar
seu poder. O seu machado duplo, seu Oxé, é o símbolo da
imparcialidade. É uma divindade da vida, representado pelo fogo
ardente e por essa razão não tem afinidade com a morte e nem com os
outros orixás que se ligam à morte.
Sàngó, Ioruba Orisà;
Nzazi / Loango, Bantu Nkisi; Xangô, Ketu Orixá; Heviossô, Jeje
Vodum; Chango / Jebioso, Santeria Cubana; Ogoun Shango , Vodou Haiti.
É a realeza nas vestes e a
sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. Usa o vermelho da nobreza
e - se grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho - Xangô pisa
sobre o fogo.
Três esposas: Oya, que
divide o domínio sobre o fogo. Oxum, a mais amada. E Oba, que por
amor ao seu rei, foi capaz do seu próprio corpo mutilar.
Chega ao Brasil por seus
devotados filhos. É cultuado como religião. No Nordeste,
influenciado por Daomé, é denominado também de Xangô, em virtude
da popularidade e importância da entidade nessa região. A raiz é
do Sitio de Pai Adão. É o Xangô de Pernambuco, Xangô do Recife,
Xangô do Nordeste e Nagô Egbá.
Sincretizado: das Pedreiras
à São Jerônimo, que amansa o leão e que tem o poder da escrita e
escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Na cachoeira, com São
João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na
água doce para se purificar. Com o poder do fogo, queima, destruindo
tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação, trazendo tudo o que
é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento.
Isso é o que pedimos nas fogueiras do mês de junho.
São Judas Tadeu, por ter um
livro na mão ligado a trabalhos e pedidos de estudos. São Miguel
Arcanjo é guerreiro, não das guerras sem propósito, mas, da guerra
de cada um contra seu próprio “demônio”. Miguel desce dos céus
com o vermelho em suas roupas, em sua árdua batalha contra o mal,
quase sempre apontando de cima para baixo seu golpe. A autoridade
máxima de São Pedro, a pedra. O primeiro papa, que tem as chaves da
igreja e do céu.
Hoje os meus olhos estão
brilhando, minha querida Bahia, terra abençoada pelos deuses.
Felicidade também mora no Salgueiro. Naquela manhã de 1969, o
saudoso professor, na escola tijucana, se incorporou pela primeira
vez, ao se trajar como o orixá. E daí à eternidade, consagrado
como o Xangô do Salgueiro.
Senhor do que é justo e
correto, como o respeito à igualdade de todos. Se a justiça dos
homens tem olhos vendados, onde "todos seriam iguais perante a
lei". Os de Xangô estão sempre bem abertos. Apelamos ao
supremo tribunal, com seus doze Obás- Ministros de Xangô do Axé
Opó Afonjá. Todos serão julgados sem privilegios! Presidido pelo
Grande Juiz, que bate o martelo e dá seu veredicto: Chega de
impunidade! Seus filhos pedem justiça. Cumpra-se!
Xangô é nosso pai é nosso
Rei ! Kawó Kabiesilé!!!
Alex de Souza
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