sexta-feira, 18 de maio de 2012

GRES MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL (RIO DE JANEIRO/RJ)

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Carnaval 2013: sinopse da Mocidade Independente de Padre Miguel (Grupo Especial)

Enredo: Eu vou de Mocidade. Com Samba e Rock In Rio - Por um mundo melhor

Carnavalesco: Alexandre Louzada


Sinopse:
Rasgando o espaço, como um cometa,
Que viaja na contramão,
Neste universo de sambas,
De estrelas “bambas”
Como rocha que rola solta ao léu,
Um coração aberto, alado,
Com asas de liberdade
Que se abrem pra Mocidade,
E se desfaz no céu,
Faço-me um “PULSAR”, “SUPER NOVA”,
A “Pop Star”, com luz que irradia,
A energia que atrai e guia

Sou o Rock and Roll, a rebeldia,
Independente de Padre Miguel.
Num “Big-Bang” musical,
Venho trazer algo de novo,
Romper barreiras, invadir a festa,
Pra contagiar o povo,
E com o poder da criação,
Como a terra assim se fez,
Imaginar... que bom seria,
“Se a vida começasse agora”,
“E o mundo fosse nosso outra vez...”

Num gesto de estender a mão,
Venho apagar preconceitos
E com ousadia, conduzir com bravura
Todos numa só direção,
 “Uma só voz, uma canção...”,
Canção de amor e respeito,
Que propõe união,
Uma doce mistura,
Fazer um “swing” bacana,
Do “Chiclete com Banana”,
Da Guitarra e do Pandeiro,
Do teclado e do Tamborim,
Do Roqueiro e do Sambista,
Num encontro maneiro,
“Pro meu samba ficar assim”.
Bebop, baticumbum
“É o Samba-Rock, meu irmão...”,
Juntos, na mesma praça,
Num sonho de carnaval,
Vem me dá tua mão,
Somos “dois em um”, que o Rio abraça,
E que nos mostra, mundo afora,
Vem, vamos juntos com a Mocidade,
Mudar de vez a história,
E nela, escrever mais um capítulo,
No sonho que começa agora
Era uma vez...
Houve um tempo,
Que uma cortina de chumbo,
O Brasil envolvia,
Porém, um sonho verde esperança,
Também nascia,
Vislumbrando um horizonte novo,
E dele, um brado forte e direto se ouvia,
Livre e jovem, na voz de seu povo,
Foi então, que um certo homem,
Com um sonho certo,
Imaginou o Rio, um palco aberto,
A taba de todas as tribos

Unidas num festival,
A celebração da música
Da arte e da cultura
E da vida, em alto astral
E o sonho se construiu em aço
E da lama se fez brotar a flor,
Um belo lírio de paz,
Uma ideia feliz de futuro,
Um pensamento capaz,
De unir o mundo através da música,
Num pequeno planeta a se formar,
Diverso, repleto,
Daquilo que há de mais profundo,
Ou, que imaginamos sonhar,
De tudo um pouco,
Um pouco de tudo e mais,
Muito de música, muito de gente,
Diferentes, juntos, iguais,
E foram dias de felicidade,
Incandescentes,
Noites inesquecíveis,
Envolventes,
Noites de estrelas,
Que iluminaram legiões,
Preencheram mentes e corações,
Com o que há de bom de vida,
O melhor que dela flui,
Sentimento que ficou como tatuagem,
Naqueles que seguiram em frente,
A lembrar com alegria e orgulho,
E a dizer simplesmente: Eu Fui!

E assim se passaram 6 anos...
E a vida segue, o mundo roda,
Solto como uma bola,
E no templo do futebol,
É o rock que rola,
No tempo marcado, o tempo de cantar,
Levei craques da música,
A pisar o gramado,
Driblando a rivalidade,
Fiz de cada lance, um momento encantado,
E todo estádio se transformar,
Era como um anel de luz, aliança,
A se envolver e se encontrar,
Como uma linha de passe,
A sintonia,
O “que antes dividia,” “versus”,
Uniu-se em versos, numa canção,
E virou sinergia,
E o som se tornou uma só bandeira,
A balançar na melodia,
Como um show à parte,
Ou parte do show

E se propagou no agito,
De pura emoção e de alegria
A explodir o coração,
Numa imensa “hola”, como magia,
Num mesmo grito
É Maraca, Rock in Rio,
É massa!
É gol!
Uma década se passa...
E na roda do tempo,
O amanhã é incerto,
De um mundo disperso,
Sem atenção,
Eu fiz soar um sino de alerta,
O silêncio que desperta,
À conscientização,
Tempo de refletir,
Hora de pensar,
E fazer a música impedir,
O progresso que avança,
Lançar o som que alcança,
O mundo que corre,
E fazê-lo parar,
Era hora de acordar,
De usar a mente, em cena aberta,
E fazer do rock, a voz da razão,
Ecoar sons por todo o planeta,
Amplificar a canção

Em música e letra,
Como instrumento de ação,
Ser acordes do bem maior,
Acordes pela vida,
Por um futuro de paz,
E me fiz à rocha, um marco,
De um “Rock in Rio” que faz,
Cantar “por um mundo melhor”

Tempo que avança, tempo de mudança,
Mas “navegar é preciso”
E foi preciso mudar,
Jogar-me ao mar e esquecer,
Outro, de lágrimas,
Daqueles que aqui deixei ficar,
E segui os ventos,
Pra respirar outros ares,
Onde a música pode levar,
E “por mares nunca dantes navegados”

Ao contrario dos descobridores,
Eu fui o navegante inverso,
Rumo ao velho porto de além-mar,
Num mar de fados e de versos,
Pronto a me aventurar,
Seria o acaso,
Ou uma brisa boa?
Descrito por “Camões”
Ou num poema de “Pessoa”
Que fez do Tejo Lusitano,
Outro Rio por abraçar?

A resposta não tarda,
O poeta faz explicar,
“tudo vale a pena
Se a alma não é pequena”
Valeu a pena navegar,
E descobrir numa boa,
Que apesar do grande mar que nos separa,
Maior é o coração que nos une,
E a alma que nos ampara,
Na mesma língua, a voz que ecoa,
Na música, no Rock in Rio ou em Lisboa,
E a Europa jamais seria a mesma...

E assim... Eu segui meu caminho,
E o velho mundo se abriu,
E abraçou o sonho novo,
O sonho por viver,
De se entregar, se dar,
Um mundo a se entender,
Através da música sem fronteiras,
Cigana sem pátria, sem bandeiras,
Livre a percorrer estradas,
E por elas se deixar levar,
Como linhas da vida, do destino,
Portas abertas por adentrar,
E rompi a terra de sangue e areia,
Com a força implacável de um touro,
Indomável Rock, “olé” que incendeia,
O chão ibérico de rubro e ouro,
Tangendo as guitarras flamencas,
Na arena feita de aço,
Eu desbravei, conquistei passo a passo,
A terra madre, Madrid,
“España, soñada”
De Galdi, Miró e Picasso

E foram mais 10 anos...
Sim, tudo na vida passa,
Só não passa a saudade,
Da cidade-mãe que um dia deixei,
E cruzei novamente o oceano,
Como um filho a correr pro abraço,
Pra dizer feliz pro meu Rio:
Estou aqui, “Eu voltei!”,
Voltei renovado, ainda mais forte,
Tanto quanto eu sempre quis,
Fiz do meu sonho, realidade,
Da Taba, uma cidade-diversidade,
A fórmula para um mundo mais feliz,
Sou o “Rock In Rio”, rocha em fusão,
Amálgama a ligar culturas,
Em constante transformação,
A cidade eterna da alegria,
Sou a magia em forma de emoção,
Na arte viva de luz e som,
De corpo, alma e coração,
Ponto a romper a linha do horizonte
Pra levar ao mundo a minha mensagem.

Eu irei!
Seguir a minha viagem, essa história sem ponto final
Que se escreve a cada momento
Como som que hoje bate em meu peito,
Um sentimento,
Um desafio, um novo sonho, um ideal,
De ver juntos, “na Apoteose”,
Numa só voz, no carnaval,
O samba e o rock, uma overdose,
De união, paz e felicidade,
Uma insólita mistura, delírio, loucura,
Que com certeza não faz mal,
O futuro a Deus pertence,
O nosso começa agora,
A Mocidade traz o novo, de novo,
Indiferente aos velhos preconceitos,
Abre o seu coração ao povo,
Independente de ser samba ou rock,
É a arte, é a música, é o presente,
Ou melhor, um presente,
Para o mundo inteiro receber
E perceber
Como seria bom imaginar
“Que a vida começasse agora,
E a gente não parasse de amar,
De se dar, de viver...”
ÔÔÔÔÔÔÔÔ ROCK IN RIO...


Alexandre Louzada.
Carnavalesco

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