Beija-Flor não toma conhecimento da chuva
O público de mais de vinte mil pessoas que foi ao sambódromo, assim como a imprensa que cobriu o primeiro ensaio técnico da temporada deixou a Sapucaí com a certeza de que só um terremoto para a Beija-Flor de Nilópolis.A estrutura do Sambódromo ainda precária, com problemas visíveis como asfalto desnivelado e áspero, as poças que se formaram no meio da pista devido a chuva, a iluminação sofrível do local não fizeram nem cócegas na atual campeã, que desfilou como uma pluma pela avenida.
Não se pode dizer que a escola não cantou o samba-enredo, fruto de uma fusão das duas músicas finalistas, mas a tonalidade muito baixa usada na execução pode ser preocupante para o entendimento dos julgadores do quesito Harmonia no dia do desfile oficial, mas é só isso…
A evolução esteve perfeita como sempre, com as alas passando muito leves, sem muitas coreografias. O importante foi ver que o componente ficou solto, podendo pular e brincar muito, principalmente nos estribilhos. A bateria apresentou apenas as paradinhas que foram gravadas nos CD, sem muitas surpresas. O ponto positivo foi a introdução do Pandeirão, instrumento típico maranhense, que deu nova vida ao segmento.
Outro destaque foi a apresentação do casal número da Beija-Flor, Claudinho e Selminha Sorriso. As apresentações em frente as cabines foram perfeitas, mas nas duas últimas, Selminha se livrou dos sapatos e descalça foi até o fim da Passarela.
A emoção também esteve presente no ensaio de ontem com as homenagens ao carnavalesco Joãosinho Trinta, que nos deixou em dezembro. Um enorme faixa com a frase “Joãosinho Trinta, a Família Beija-Flor se orgulha de ter feito parte da sua história” foi carregada por componentes antes da Comissão de Frente.
Está dado o pontapé inicial naquele clima de carnaval que todo mundo gosta. E sexta-feira tem mais. Nesta sexta-feira, União da Ilha e Império Serrano farão seus ensaios técnicos a partir das 8 da noite.
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